Espirometria: diferenças entre revisões
(Criou página com: '='''PROCESSAMENTO DE SINAL MÉDICO: ESPIROMETRIA'''= =='''Conceito'''== A espirometria (do latim spirare = respirar + metrum = medida), também chamada de Prova de Função...') |
|||
Linha 4: | Linha 4: | ||
A espirometria (do latim spirare = respirar + metrum = medida), também chamada de Prova de Função Pulmonar ou Prova Ventilatória, é a medida do ar que entra e sai dos pulmões. É um exame indolor e não invasivo, mas que exige compreensão e participação do paciente para realizar corretamente as manobras respiratórias. Pode ser realizada durante respiração lenta ou durante manobras expiratórias forçadas. | A espirometria (do latim spirare = respirar + metrum = medida), também chamada de Prova de Função Pulmonar ou Prova Ventilatória, é a medida do ar que entra e sai dos pulmões. É um exame indolor e não invasivo, mas que exige compreensão e participação do paciente para realizar corretamente as manobras respiratórias. Pode ser realizada durante respiração lenta ou durante manobras expiratórias forçadas. | ||
[[Ficheiro:KOKO.jpg]] | |||
=='''Objetivos do teste'''== | =='''Objetivos do teste'''== |
Revisão das 22h40min de 23 de novembro de 2015
PROCESSAMENTO DE SINAL MÉDICO: ESPIROMETRIA
Conceito
A espirometria (do latim spirare = respirar + metrum = medida), também chamada de Prova de Função Pulmonar ou Prova Ventilatória, é a medida do ar que entra e sai dos pulmões. É um exame indolor e não invasivo, mas que exige compreensão e participação do paciente para realizar corretamente as manobras respiratórias. Pode ser realizada durante respiração lenta ou durante manobras expiratórias forçadas.
Objetivos do teste
É um teste que auxilia na prevenção, permite o diagnóstico e a quantificação dos distúrbios ventilatórios e monitorização de tratamento. A espirometria deve ser parte integrante da avaliação de pacientes com sintomas respiratórios ou doença respiratória conhecida, como asma, DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), fibrose pulmonar, bronquiectasias, fibrose cística, dentre outras.
Como realizar o exame
O exame é realizado respirando-se pela boca através de um tubo conectado a um aparelho chamado espirômetro que é capaz de registrar o volume e a velocidade do ar respirado. O paciente fica sentado e respira através desse tubo. Como não pode desperdiçar o ar que o paciente está respirando, coloca-se uma presilha de borracha no nariz enquanto o paciente respira pela boca. As etapas são, sendo repetidas no mínimo por 3 vezes:
- Respirar normalmente por algum tempo;
- Encher o peito de ar completamente;
- Assoprar com o máximo de força e rapidez possível até o final;
- Quando o ar acabar, encher o peito novamente;
- Repete as manobras assoprando lentamente;
- Após término dessa primeira parte, usa medicamento spray broncodilatador e o teste será repetido novamente após 15-20 minutos.
Essas etapas são aplicadas por pessoal especialmente treinado. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia, a responsabilidade para a realização e interpretação da espirometria é prerrogativa dos pneumologistas. Os valores obtidos são comparados a valores previstos adequados para a população avaliada. Sua interpretação deve ser feita correlacionando dados clínicos, epidemiológicos e radiológicos.
Interpretação
A espirometria, então, mede o volume de ar inspirado e expirado e os fluxos respiratórios. Os principais são:
- Capacidade vital (CV): representa o maior volume de ar mobilizado, podendo ser medido tanto na inspiração quanto na expiração.
- Capacidade vital forçada (CVF): representa o volume máximo de ar exalado com esforço máximo, a partir do ponto de máxima inspiração.
- Volume expiratório forçado de primeiro segundo (VEF1): representa o volume de ar exalado no primeiro segundo durante a manobra de CVF.
- Fluxo expiratório forçado médio (FEF25-75%): representa o fluxo expiratório forçado na faixa intermediária da CVF, isto é, entre 25 e 75% da curva de CVF.
É útil a análise dos dados derivados da manobra expiratória forçada e lenta. Os resultados espirométricos são expressos em gráficos de volume-tempo e fluxo-volume. É essencial que um registro gráfico acompanhe os valores numéricos obtidos no teste.
Referência Bibliográfica
- Pereira CAC, Neder JA. Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT). Diretrizes para Testes de Função Pulmonar. J Pneumol. 2002; 28(Supl. 3): 1-82.