Aplicativos para Educação em Saúde: diferenças entre revisões

Fonte: aprendis
Saltar para a navegaçãoSaltar para a pesquisa
Sem resumo de edição
Sem resumo de edição
Linha 24: Linha 24:
desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos.''"
desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos.''"


Essa definição da Educação a Distância é complementada pelo primeiro do mesmo artigo, onde é  
Essa definição da Educação a Distância é complementada pelo primeiro parágrafo do mesmo artigo, onde é  
evidenciado que esta deve ter obrigatoriamente momentos presenciais, como se segue:
evidenciado que esta deve ter obrigatoriamente momentos presenciais, como se segue:



Revisão das 22h58min de 7 de outubro de 2016

Aplicativos para Educação em Saúde
Designação Educação à Distância
Sigla EAD
Ano de Criação Marco Inicial 1728 - Caleb Philipps
Entidade Criadora
Entidade Gestora
Versão Atual
Área(s) de Aplicação Educação

EAD Saude.jpg


Introdução

A educação à distância (EAD) é uma modalidade educacional que difere da educação convencional ou presencial. A modalidade à distância é caracterizada pelo uso de tecnologias de informação e comunicação (TIC), onde alunos e professores interagem entre si, de forma virtual, podendo ainda, em alguns casos, haverem encontros presenciais (1). O conceito de EAD é definido oficialmente no Brasil por meio do Decreto nº 5.622 de 19 de dezembro de 2005 (2):

" Art. 1° Para os fins deste Decreto, caracteriza-se a Educação a Distância como modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos."

Essa definição da Educação a Distância é complementada pelo primeiro parágrafo do mesmo artigo, onde é evidenciado que esta deve ter obrigatoriamente momentos presenciais, como se segue:

§ 1° - A Educação a Distância organiza-se segundo metodologia, gestão e avaliação peculiares, para as quais deverá estar prevista a obrigatoriedade de momentos presenciais para:

  • I – avaliações de estudantes;
  • II – estágios obrigatórios, quando previstos na legislação pertinente;
  • III – defesa de trabalhos de conclusão de curso, quando previstos na legislação pertinente e
  • IV – atividades relacionadas a laboratórios de ensino, quando for o caso.

Breve Histórico

O primórdio da educação à distância aconteceu em 1728, através do curso de aprendizagem e tutoria por correspondência, oferecido pelo Caleb Philipps, professor do " New Method of Short Hand ". Este curso foi anunciado pela Gazeta de Boston, edição de 20 de março do mesmo ano (3) (4) (5).

Gazeta de Boston.jpg

" Persons in the Country desirous to Learn this Art, may by having the several Lessons sent weekly to them, be as perfectly instructed as those that live in Boston."

Quase exatos cem anos após o anúncio em Boston, o Instituto Líber Hermondes, na Suécia, disponibiliza a modalidade à distância para mais de 150 mil pessoas. Onze anos depois, em 1840, é inaugurada no Reino Unido, a Faculdade Sir Isaac Pitman, escola pioneira na Europa.

Isaac.jpg

Com o passar dos anos, outras localidades aprimoraram a oferta de educação à distância, até que em 1969 e 1985 são criadas a Fundação da Universidade Aberta no Reino Unido e Fundação da Associação Europeia das Escolas por Correspondência, respectivamente. No Brasil, em 1976, foi criado o Sistema Nacional de Teleducação e a Universidade de Brasília, a primeira universidade brasileira a oferecer a modalidade à distância para o ensino superior, cria em 1979, cursos por jornais e revistas. Em 2005, através de uma parceria entre o Ministério da Educação, estados e municípios, é criada a Universidade Aberta do Brasil (6).

Educação à Distância em Saúde

O desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação, ao longo dos anos, vem possibilitando o surgimento de novas alternativas para os processos de ensino-aprendizagem à distância. Assim, a educação à distância vem constituindo-se como uma ferramenta de grande importância para levar o conhecimento para grandes contingentes de alunos, sem afetar a qualidade metodológica dos serviços oferecidos (7). As conquistas de novas tecnologias, sendo essas disponibilizadas por meio de textos, vídeos, imagens, sons, etc, possibilita o desenvolvimento de metodologias de ensino que beneficiarão os alunos de cursos da área da saúde, sendo na modalidade à distância ou mesmo nos encontros presenciais (8). O sucesso da comunicação de informações sobre saúde parece advir da democratização do acesso à informação promovida pela internet. Essa rede mundial de disponibilização de dados, possibilita o acesso ao conhecimento por pessoas de diferentes faixas etárias, localidades, etnias, renda e escolaridade (9). O ambiente virtual de aprendizagem (AVA) oferece interação entre aprendizes, abrangendo ferramentas para atuação independente, além de disponibilizar recursos para aprendizagem individual e coletiva. O foco desses ambientes é a aprendizagem e não se pode desenvolver somente o conteúdo a ser ofertado, sobretudo, faz-se impositivo o planejamento de atividades que possibilitam a construção de novos conceitos (10). Quando é dada a oportunidade ao aluno de ser o guia de seu próprio processo de aprendizagem, o ambiente de aprendizagem virtual em saúde (AVAS) lhe assegura autodirecionamento e capacidade de organizar, de maneira autônoma, seu tempo disponível, permitindo a otimização dos processos internos de memorização e raciocínio (11). Desse modo, o professor passa a assumir o papel de mediador da construção de novos conhecimentos, deixando assim, a postura de somente detentor deste (12).

Educação em Saúde – Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG

A Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG, valoriza o seu acervo digital e tem o desafio de dar-lhe amplo acesso. A universidade mineira conta com “cursos completos, aulas, vídeos educativos, imagens, jogos e aplicativos, além de plataformas de ensino, teleconsultorias e simulação virtual, evidenciando sua influência na maneira de ensinar e denotando sua importância na formação profissional” (11). A tabela abaixo mostra as principais experiências da Faculdade de Medicina da UFMG na formação de profissionais, utilizando tecnologias digitais (11):

Tabelazilma.jpg


Referências

[1.] MORAN, J. M. O que é Educação a Distância.Universidade de São Paulo. Disponível em: <http:// www.eca.usp.br/prof/moran/dist.htm>. Acesso em:05 out. 2016.

[2.] BRASIL. Decreto nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005. In: Civil PdRC, editor. Brasilia: Ministério de Educação e Cultura; 2005.

[3.] BAATH, J.A. 1985. A note on the origin of distance education. ICDEBulletin 7, pp.61-62. BATTENBERG, RW. The Boston Gazette, Marc 20, 1728. Epistolodidaktika 1971:1, pp.44-45.

[4.] VASCONCELOS, S. P. G. Educação a Distância: histórico e perspectivas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Disponível em: . Acesso em: 06 out. 2016

[5.] GOUVÊA, G.; C. I. OLIVEIRA. Educação a Distância na formação de professores: viabilidades, potencialidades e limites. 4. ed. Rio de Janeiro: Vieira e Lent. 2006.

[6.] ALVES, Lucineia. Educação a distância: conceitos e história no Brasil e no mundo. Revista Brasileira de Aprendizagem Aberta e a Distância, v. 10, p. 83-92, 2011.

[7.] NUNES, I. B. Noções de Educação a Distância. Disponível em: < http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/EAD/NOCOESEAD.PDF>. Acesso em: 03 outubro 2016.

[8.] Vilches L. Tecnologia digital: perspectivas mundiais. Comunicação & Educação. 2008;9(26).

[9.] Brodie M, Flournoy RE, Altman DE, Blendon RJ, Benson JM, Rosenbaum MD. Health information, the Internet, and the digital divide. Health Affairs. 2000;19(6):255-65.

[10.] Vieira MB, Luciano NA. Construção e reconstrução de um ambiente de aprendizagem para educação à distância. [Internet] 2001. [citado 2006 Ago 20] Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_nlinks&ref=000094&pid=S0103-2100201100030000400003&lng=pt. Acesso em: 03 outubro 2016.

[11.] REIS, Zilma Silveira Nogueira et al. TECNOLOGIAS DIGITAIS PARA O ENSINO EM SAÚDE: relato de experiências e a convergência para o Projeto AVAS21. Revista de Saúde Digital e Tecnologias Educacionais-RESDITE, v. 1, n. 1, 2016.

[12.] Zeferino AMB, Passeri SMRR. Avaliação da aprendizagem do estudante. Cadernos da ABEM. 2007;3:39-43.