Processamento de Imagem: diferenças entre revisões
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[[Ficheiro:Quantizacao_P&B.png|thumb|Figura 2: Processo de quantização numa imagem em tons de cinza.]] | |||
[[Ficheiro:Quantizacao_cor.png|thumb|Figura 3: Processo de quantização numa imagem a cores.]] | |||
<p align="justify">Após a fase de amostragem, segue-se o processo onde cada observação real (ou contínua) é discretizada, transformando de um espaço contínuo num espaço discreto. Este processo denomina-se por quantização, que consiste em dividir e aproximar o valor da função para o nível de escala mais próximo, sendo por isso um processo irreversível de destruição de informação. <ref name="um">http://wiki.icmc.usp.br/images/1/13/DIP_01_Fundamentos.pdf</ref><ref name="dois">http://equipe.nce.ufrj.br/thome/p_grad/nn_img/transp/c2_aquis_v2.pdf</ref><ref name="tres">https://books.google.pt/books?hl=pt-PT&lr=&id=UM_GCfJe88sC&oi=fnd&pg=PP1&dq=quantization+image+processing&ots=-grvQmWVJa&sig=1URnwg-fH9EcKG9fzth2vA7ivX4&redir_esc=y#v=onepage&q&f=false</ref></p> | <p align="justify">Após a fase de amostragem, segue-se o processo onde cada observação real (ou contínua) é discretizada, transformando de um espaço contínuo num espaço discreto. Este processo denomina-se por quantização, que consiste em dividir e aproximar o valor da função para o nível de escala mais próximo, sendo por isso um processo irreversível de destruição de informação. <ref name="um">http://wiki.icmc.usp.br/images/1/13/DIP_01_Fundamentos.pdf</ref><ref name="dois">http://equipe.nce.ufrj.br/thome/p_grad/nn_img/transp/c2_aquis_v2.pdf</ref><ref name="tres">https://books.google.pt/books?hl=pt-PT&lr=&id=UM_GCfJe88sC&oi=fnd&pg=PP1&dq=quantization+image+processing&ots=-grvQmWVJa&sig=1URnwg-fH9EcKG9fzth2vA7ivX4&redir_esc=y#v=onepage&q&f=false</ref></p> | ||
<p align="justify">Por uma questão de conveniência e facilidade de formatação digital, os valores dos níveis de escala são geralmente mapeados por uma transformação linear num conjunto finito de números inteiros não negativos, onde Q=2B, onde Q é o número de níveis de cinza admitidos e B o número de bits alocados para o nível de cinza. Normalmente, B varia entre 1 e 8 (inclusive), onde B=1 (usado para imagens binárias) e B= 8 (cada nível de cinza ocupa um byte. Imagens a cores, requerem uma quantificação dos componentes individualmente ou coletivamente ("quantização de vetor”). <ref name="tres"/></p> | <p align="justify">Por uma questão de conveniência e facilidade de formatação digital, os valores dos níveis de escala são geralmente mapeados por uma transformação linear num conjunto finito de números inteiros não negativos, onde Q=2B, onde Q é o número de níveis de cinza admitidos e B o número de bits alocados para o nível de cinza. Normalmente, B varia entre 1 e 8 (inclusive), onde B=1 (usado para imagens binárias) e B= 8 (cada nível de cinza ocupa um byte. Imagens a cores, requerem uma quantificação dos componentes individualmente ou coletivamente ("quantização de vetor”). <ref name="tres"/></p> | ||
== Técnicas de Processamento de Imagem == | == Técnicas de Processamento de Imagem == | ||
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<h4> - Negativo de uma imagem </h4> | <h4> - Negativo de uma imagem </h4> | ||
[[Ficheiro:MRI cerebral.jpg|thumb|Figura 4: Negativo de uma imagem de uma ressonância magnética ao cérebro]] | |||
<p align="justify">O negativo de uma imagem que varia entre [0,L-1], pode ser útil em situações onde a imagem original é escura, ficando os objetos brilhantes fracos aparecem como objetos escuros contra um fundo claro, tornando a visualização mais intuitiva. Um exemplo bastante comum desta operação são as imagens médicas. </p> | <p align="justify">O negativo de uma imagem que varia entre [0,L-1], pode ser útil em situações onde a imagem original é escura, ficando os objetos brilhantes fracos aparecem como objetos escuros contra um fundo claro, tornando a visualização mais intuitiva. Um exemplo bastante comum desta operação são as imagens médicas. </p> | ||
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<p align="justify">onde r é o valor original do pixel.</p> | <p align="justify">onde r é o valor original do pixel.</p> | ||
<h4> - Histograma </h4> | <h4> - Histograma </h4> | ||
[[Ficheiro:Histogramas.png|thumb|Figura 5: Exemplos de histogramas]] | |||
<p align="justify">A base de várias técnicas de processamento de imagem no domínio espacial é o histograma. A manipulação do histograma pode ser utilizada para o melhoramento de imagem. </p> | <p align="justify">A base de várias técnicas de processamento de imagem no domínio espacial é o histograma. A manipulação do histograma pode ser utilizada para o melhoramento de imagem. </p> | ||
<p align="justify">Histograma é uma função que mostra a frequência com que um nível de cinza aparece na imagem. </p> | <p align="justify">Histograma é uma função que mostra a frequência com que um nível de cinza aparece na imagem. </p> | ||
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<h4> - Filtro Gaussiano</h4> | <h4> - Filtro Gaussiano</h4> | ||
[[Ficheiro:Filtro_gaussiano.png|thumb|Figura 6: Aplicação de um filtro gaussiano com para diferentes valores σ]] | |||
<p align="justify">Este filtro é muito útil uma vez que elimina o ruído gaussiano, caracterizado por modelar a soma de várias pequenas fontes de ruído e por este motivo ser muito idêntico à realidade. Na imagem que se segue poder-se-á ver o efeito deste filtro aplicado a uma mesma imagem com diferentes valores σ (média). Como mostra a figura à medida que o σ aumenta as estruturas com menor relevância vão acabando por ser eliminadas. </p> | <p align="justify">Este filtro é muito útil uma vez que elimina o ruído gaussiano, caracterizado por modelar a soma de várias pequenas fontes de ruído e por este motivo ser muito idêntico à realidade. Na imagem que se segue poder-se-á ver o efeito deste filtro aplicado a uma mesma imagem com diferentes valores σ (média). Como mostra a figura à medida que o σ aumenta as estruturas com menor relevância vão acabando por ser eliminadas. </p> | ||
<h4> - Filtro Mediana</h4> | <h4> - Filtro Mediana</h4> | ||
<p align="justify">Quando estamos perante um ruído sal e pimenta caracterizado por transformar pixels aleatórios de uma imagem em valores extremos (ponto branco ou preto) é normal aplicar-se o filtro mediana à imagem uma vez que este parte da imagem original onde os pixels estão afetados por valores ''outliers'', e transforma o seu valor pelo valor mediano da sua vizinhança, eliminado, deste modo estes pontos.</p> | [[Ficheiro:Filtro_Mediana.png|thumb|Figura 7:Aplicação de um filtro mediana na eliminação de ruído sal e pimenta]] | ||
<p align="justify">Quando estamos perante um ruído sal e pimenta caracterizado por transformar pixels aleatórios de uma imagem em valores extremos (ponto branco ou preto) é normal aplicar-se o filtro mediana à imagem uma vez que este parte da imagem original onde os pixels estão afetados por valores ''outliers'', e transforma o seu valor pelo valor mediano da sua vizinhança, eliminado, deste modo estes pontos.<ref name="seis">http://www.ic.unicamp.br/~cpg/material-didatico/mo815/9802/curso/node49.html</ref></p> | |||
==Referências Bibliográficas== | ==Referências Bibliográficas== | ||
<references/> | <references/> |
Revisão das 14h40min de 6 de abril de 2017
O processamento de imagem consiste em transformar a imagem original de modo a que se consiga obter uma baseada nesta mas realçando um conjunto de características de interesse.
Imagem
DIANA
Amostragem
Quantização
Após a fase de amostragem, segue-se o processo onde cada observação real (ou contínua) é discretizada, transformando de um espaço contínuo num espaço discreto. Este processo denomina-se por quantização, que consiste em dividir e aproximar o valor da função para o nível de escala mais próximo, sendo por isso um processo irreversível de destruição de informação. [1][2][3]
Por uma questão de conveniência e facilidade de formatação digital, os valores dos níveis de escala são geralmente mapeados por uma transformação linear num conjunto finito de números inteiros não negativos, onde Q=2B, onde Q é o número de níveis de cinza admitidos e B o número de bits alocados para o nível de cinza. Normalmente, B varia entre 1 e 8 (inclusive), onde B=1 (usado para imagens binárias) e B= 8 (cada nível de cinza ocupa um byte. Imagens a cores, requerem uma quantificação dos componentes individualmente ou coletivamente ("quantização de vetor”). [3]
Técnicas de Processamento de Imagem
O processamento de imagens divide-se essencialmente em quatro grupos: [4]
- Operações Pontuais
- Operações Espaciais ou de Vizinhança
- Transformadas
- Filtros
Operações Pontuais
As operações pontuais caracterizam-se por ser um método no domínio do espaço onde cada pixel da imagem resultante é o resultado direto da operação efetuada no pixel idêntico da imagem original. Entre as operações deste tipo encontram-se: negativo de uma imagem, alteração de contraste, histograma, equalização do histograma e as operações aritméticas. [4]
- Negativo de uma imagem
O negativo de uma imagem que varia entre [0,L-1], pode ser útil em situações onde a imagem original é escura, ficando os objetos brilhantes fracos aparecem como objetos escuros contra um fundo claro, tornando a visualização mais intuitiva. Um exemplo bastante comum desta operação são as imagens médicas.
Matematicamente, o negativo de uma imagem define-se por:
s= L-1-r,
onde r é o valor original do pixel.
- Histograma
A base de várias técnicas de processamento de imagem no domínio espacial é o histograma. A manipulação do histograma pode ser utilizada para o melhoramento de imagem.
Histograma é uma função que mostra a frequência com que um nível de cinza aparece na imagem.
O histograma de uma imagem é um conjunto de números que indica a quantidade de pixéis em cada um dos níveis de cinza da imagem.
Um histograma pode ser visto como uma função de distribuição de frequência ou como uma função de distribuição de probabilidade. A exibição gráfica do histograma para todos os valores de níveis de cinza K providenciam uma descrição global de uma imagem.
Existem alguns indicadores que podem ser retirados do histograma, tais como o nível global de intensidade, a gama dinâmica, o contraste, informação estática (média, desvio padrão, etc.) e outras informações úteis para outras aplicações de processamento de imagem como a compressão e a segmentação.
INSERIR IMAGEM 5
Se o histograma da imagem é estreito, significa que a imagem é pouco visível, pois a diferença nos níveis de cinzento presente na imagem é baixa.
Uma distribuição uniforme dos níveis de cinzento de um histograma significa um maior contraste e uma melhor visibilidade.
- Equalização de histograma
A equalização de histograma é uma técnica que consiste no ajustamento da escala de cinzentos de uma imagem que visa a aumentar o intervalo dinâmico melhorando o contraste das imagens adquiridas.
O que se procura é obter um mapeamento não linear dos níveis de cinza da imagem de entrada de tal forma que a imagem resultante contenha uma distribuição mais uniforme dos seus níveis de cinza, ou seja, um histograma plano.
Transformadas
As grandes aplicações das transformadas em processamento de imagem são a extração de características e redução do problema da dimensionalidade no processamento de imagem e atuam na imagem no domínio da frequência. Neste tipo de técnica, os pixels da imagem resultante são fruto de uma operação em vários pixels na imagem original. Entre várias vertentes desta técnica estão a Transformada de Fourier, Transformada de Hartley e a Transformada de Hadamard. [4]
- Transformada de Fourier
A transformada de Fourier é uma das mais importantes ferramentas para a compreensão de uma imagem, a sua formação e processamento. Sendo uma imagem um sinal de duas dimensões, é possível a sua representação como uma superfície num espaço 2D. Através da transformada de Fourier, é possível analisar uma imagem como um conjunto de sinusoides espaciais em várias direções, tendo cada sinusoide uma frequência precisa.
Em codificação e compressão de imagens, a transformada de Fourier não é tão eficiente como outras transformadas.
Filtros
O processo de filtragem atua principalmente quando é necessário restaurar uma imagem que foi degradada pela compressão e pelo ruído na obtenção do sinal assim como na transmissão do mesmo, ou seja, com esta técnica será possível reduzir o ruído de uma imagem e realçar as suas bordas ou limites. Entre os filtros mais conhecidos encontram-se o filtro Gaussiano, filtro Mediana e filtro de Wiener e filtro de Kalman. [4] [5]
- Filtro Gaussiano
Este filtro é muito útil uma vez que elimina o ruído gaussiano, caracterizado por modelar a soma de várias pequenas fontes de ruído e por este motivo ser muito idêntico à realidade. Na imagem que se segue poder-se-á ver o efeito deste filtro aplicado a uma mesma imagem com diferentes valores σ (média). Como mostra a figura à medida que o σ aumenta as estruturas com menor relevância vão acabando por ser eliminadas.
- Filtro Mediana
Quando estamos perante um ruído sal e pimenta caracterizado por transformar pixels aleatórios de uma imagem em valores extremos (ponto branco ou preto) é normal aplicar-se o filtro mediana à imagem uma vez que este parte da imagem original onde os pixels estão afetados por valores outliers, e transforma o seu valor pelo valor mediano da sua vizinhança, eliminado, deste modo estes pontos.[6]
Referências Bibliográficas
- ↑ http://wiki.icmc.usp.br/images/1/13/DIP_01_Fundamentos.pdf
- ↑ http://equipe.nce.ufrj.br/thome/p_grad/nn_img/transp/c2_aquis_v2.pdf
- ↑ 3,0 3,1 https://books.google.pt/books?hl=pt-PT&lr=&id=UM_GCfJe88sC&oi=fnd&pg=PP1&dq=quantization+image+processing&ots=-grvQmWVJa&sig=1URnwg-fH9EcKG9fzth2vA7ivX4&redir_esc=y#v=onepage&q&f=false
- ↑ 4,0 4,1 4,2 4,3 Gonzalez, R., Woods, R., “Digital Image Processing”, Prentice-Hall, 3ª ed, 2007
- ↑ http://s3.amazonaws.com/academia.edu.documents/33333156/MENESES___ALMEIDA_2012_INTRO_AO_PROCESSAMENTO_DE_IMAGEM.pdf?AWSAccessKeyId=AKIAIWOWYYGZ2Y53UL3A&Expires=1491417750&Signature=%2FO1HWqOetWN6b%2FpLYtOgBpiBM%2FQ%3D&response-content-disposition=inline%3B%20filename%3DMENESES_and_ALMEIDA_2012_INTRO_AO_PROCES.pdf
- ↑ http://www.ic.unicamp.br/~cpg/material-didatico/mo815/9802/curso/node49.html