Centro Hospitalar Cova da Beira: diferenças entre revisões

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Na tabela 1 apresentam-se as aplicações informáticas em uso mais gerais e fornecidas pelo Ministério da Saúde/Administração Central do Sistema de Saúde, I.P. (ou pelo antigo IGIF) no âmbito de contratos celebrados pelos serviços centrais, já na tabela 2 encontram-se os sistemas de informação (SI) mais específicos deste Centro Hospitalar.
Na tabela 1 apresentam-se as aplicações informáticas em uso mais gerais e fornecidas pelo Ministério da Saúde/Administração Central do Sistema de Saúde, I.P. (ou pelo antigo IGIF) no âmbito de contratos celebrados pelos serviços centrais, já na tabela 2 encontram-se os sistemas de informação (SI) mais específicos deste Centro Hospitalar.


TABELA 1 - APLICAÇÕES INFORMÁTICAS FORNECIDAS PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE/SERVIÇOS PARTILHADOS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE, E.P.E./ADMINISTRAÇÃO CENTRAL DO SISTEMA DE SAÚDE
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Revisão das 09h36min de 4 de maio de 2018

Introdução

O Centro Hospitalar da Cova da Beira, EPE é constituído por dois hospitais, o hospital da Covilhã̃ e o hospital do Fundão. A sua proximidade com a Universidade da Beira Interior caracteriza-o como um Hospital Universitário. Este centro hospitalar organiza-se em cinco áreas de atuação: Área de Prestação de Cuidados, Área de Suporte à Prestação de Cuidados, Área de Inovação, Ensino e Formação, Área de Apoio à Gestão e Logística Geral e Área de Consultoria. A Área de Prestação de Cuidados, à qual demos um enfoque natural, é constituída por 13 departamentos/serviços: Departamento da Saúde da Criança e da Mulher, Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental, Serviços Médicos, Unidade de Cuidados Paliativos, Serviços de Medicina Preventiva, Serviços de Cuidados Agudos, Serviços Cirúrgicos, Serviços de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica, Serviços Farmacêuticos, Unidade de Psicologia Clínica, Unidades Gestoras de Atividade, Unidade de Apoio ao Doente e Unidade de Gestão de Cirurgia de Ambulatório [[[6]]].

Organograma Centro Hospitalar da Cova da Beira, EPE

Organograma chcb.jpg

Unidades

  • Hospital do Fundão
  • Hospital Pêro da Covilhã

Objetivo

A Medicina Baseada em Evidência, praticada atualmente, é altamente dependente do modo como a informação é recolhida, guardada, processada, consultada e utilizada. Com a proliferação e especialização dos Sistemas de Informação em Saúde (SIS) e a forte aposta nos Registos Clínicos Eletrónicos para melhor gestão de dados clínicos, estes têm vindo a crescer em grande escala. Um SIS trata-se de um sistema que reúne, guarda, processa e faculta a informação de uma organização de saúde. Consiste, portanto, numa combinação de procedimentos, pessoas, tecnologias e informação com o objetivo de promover e proteger a saúde da população. É por tal motivo que, quando nos referimos a um sistema de informação, não nos referimos apenas às tecnologias da informação, já que deveremos considerar também outros fatores que são igualmente importantes, nomeadamente os processos e utilizadores [1-3]. Nos centros hospitalares, que são organizações complexas que possuem diversas estruturas e diversos profissionais de acordo com as diferentes especialidades que dão resposta a diferentes necessidades na prestação de cuidados de saúde, é especialmente evidente a coexistência de SIS. Este tema apresenta algumas questões que são importantes compreender para se perceber a dimensão dos desafios que são colocados às instituições de saúde. Numa altura em que estas organizações têm orçamentos restritos [4], de que forma acomodam os compromissos de aquisição de software? Qual o investimento envolvido? Paralelamente colocam-se outras questões igualmente importantes, como por exemplo: que mecanismos existem para garantir a interoperabilidade entre esses sistemas? De que forma é garantido o cumprimento dos Service Level Agreements (SLA)? Qual é o retorno do investimento para a saúde da população? Reichertz (2006) salientou a relevância de um bom Sistema de Informação para obter elevados níveis de qualidade na saúde. Quando não se tem um acesso apropriado a dados, praticamente não se podem tomar quaisquer decisões nos diagnósticos e nos procedimentos causando possíveis problemas aos doentes e à instituição [5]. Por este motivo, é importante perceber a complexidade e as características dos SIS instalados na organização.

O estudo realizado teve como objetivo fazer um retrato do panorama atual dos Sistemas de Informação da Saúde utilizados no Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB). O presente trabalho incidiu tanto nos que foram desenvolvidos internamente como nos que foram adquiridos a fornecedores externos. Como informação complementar para se compreender a dimensão do esforço financeiro desenvolvido pela entidade hospitalar, procurou-se associar à informação encontrada o seu custo para, como já referido, se perceber a dimensão do investimento nas tecnologias de informação e perceber o seu impacto no orçamento do centro hospitalar.

Métodos

O estudo teve como ponto de partida o levantamento das características do CHCB com o intuito de perceber a dimensão e complexidade do centro hospitalar. Após o levantamento das áreas, serviços e especialidades foi realizado o estudo sobre os sistemas de informação utilizados em cada área e serviço por forma a ser feito um mapeamento entre serviço/especialidade e SIS adotados. Para se compilar a informação sobre os SIS utilizados no centro hospitalar em questão, foram realizadas três etapas para a recolha dos dados necessários: 1) procedeu-se inicialmente à realização de pesquisa no site www.base.gov.pt para uma análise inicial de informação disponível: sistema de informação adquirido, serviço para o qual foi adquirido, fornecedor do sistema e valor do contrato; 2) foram estabelecidas várias tentativas de contacto com o conselho de administração e com o departamento de Sistemas e Tecnologias de Informação, para a realização de uma entrevista ou questionário. No entanto face à ausência de resposta não foi possível a sua realização. 3) Na impossibilidade de recolher informação por entrevista ou questionário e in loco foi realizada uma pesquisa de informação em documentação oficial do CHCB (Relatórios de contas 2013, 2014, 2015, 2016 e Relatório de controlo de acesso de 2017), no site oficial da entidade e noutras fontes da web (como especificado nos resultados).

Resultados

Levantamento dos Sistemas de Informação

Para melhor se perceber a abrangência dos sistemas de informação à frente descritos, importa, antes de mais, esclarecer que cada sistema pode estar orientado para ter os seguintes tipos de utilizadores, de acordo com o seu âmbito dentro da instituição:

- Pessoal administrativo;

- Profissionais de saúde - médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde;

- Gestores - diretores de serviço, administração clínica;

- Utentes.

Assim, apresentamos abaixo duas tabelas com os diferentes SIS utilizados, classificados como Registo Médico Eletrónico (RME), Registo de Paciente Eletrónico (RPE) e Registo de Saúde Eletrónico (SER). Serão ainda definidos quanto ao seu tipo, bem como à sua aplicação. Deve-se desde já definir que, quanto ao tipo podem ser: ADT (Admission-Discharge-Transfer), Financeiros e Recursos Humanos, Departamentais Clínicos (ex: LIS - Lab Information Systems, RIS - Radiology Information Systems, PACS - Picture Archiving and Communication System), de Documentação Clínica e de Comunicação (ver tabelas 1 e 2). Na tabela 1 apresentam-se as aplicações informáticas em uso mais gerais e fornecidas pelo Ministério da Saúde/Administração Central do Sistema de Saúde, I.P. (ou pelo antigo IGIF) no âmbito de contratos celebrados pelos serviços centrais, já na tabela 2 encontram-se os sistemas de informação (SI) mais específicos deste Centro Hospitalar.

TABELA 1 - APLICAÇÕES INFORMÁTICAS FORNECIDAS PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE/SERVIÇOS PARTILHADOS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE, E.P.E./ADMINISTRAÇÃO CENTRAL DO SISTEMA DE SAÚDE

Sistemas de Informação
Nome Tipo de sistema Aplicação Data inicio contrato Fornecedor Valor de aquisição Fonte
SONHO RPE ADT Cuidados de Saúde Primários e Cuidados Hospitalares -- SPMS (manutenção 3.750,00 €/ano) [7, 8]
SINUS RPE ADT Cuidados de Saúde Primários -- SPMS -- [7, 8]
SCLINICO RPE ADT Registos clínicos a realizar por médicos e enfermeiros -- SPMS -- [7, 8]
CTH - Alert P1 RSE Documentação Clínica Consulta a tempo e horas -- SPMS/Alert - Life Sciences Computing, SA -- [7, 8]
SIGLIC -- ADT Gestão das Listas de Inscritos para Cirurgia -- ACSS -- [7, 8]
VAI RPE ADT/Comunicação Via de Acesso Integrado – Sistema de Referenciação -- SPMS -- [7, 8]
GESTCARE CCI -- ADT/Comunicação Registo e monitorização da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados -- ACSS -- [7, 8]
PDS RSE Documentação Clínica Plataforma de Dados da Saúde (registo de cirurgia segura, Prescrição eletrónica e outros) -- SPMS -- [7, 8]
SGES -- ADT Sistema de Gestão de Entidades de Saúde -- SPMS -- [7, 8]
SICA -- Financeiro Contratualização e acompanhamento -- SPMS -- [7, 8]
SIDC -- Financeiro Contabilidade -- ACSS -- [7, 8]
ASIS -- Documentação Clínica/ Comunicação Base de Dados para gestão dos Serviços de Sangue -- IPS -- [7, 8]
WEBGDH -- Documentação Clínica/Financeiro Plataforma de Codificação clínica – ICD-9 -- SPMS -- [7, 8]
FHS -- Financeiro Faturação de Hospitais a Seguradoras -- SPMS -- [7, 8]
RNU -- ADT Registo Nacional de Utentes -- SPMS -- [7, 8]
SIARS -- Financeiro e Recursos Humanos Administrativo -- ARSLVT, I.P -- [7, 8]
SIMH -- Documentação Clínica/Financeiro Sistema de Informação para a Morbilidade Hospitalar – codificação – ICD-10 -- SPMS -- [7, 8]
SIM@SNS -- ADT/Documentação Clínica Monitorização do Serviço Nacional de Saúde com três componentes: SDM@SNS, SIARS e MIM@UF -- SPMS -- [7, 8]
CIT -- Documentação Clínica Certificado de Incapacidade Temporário -- ACSS -- [7, 8]
ROR -- ADT/Documentação Clínica Registo Oncológico Regional -- ACSS -- [7, 8]

Deve-se agora esclarecer que os SI apresentados na tabela seguinte foram adquiridos para satisfazer necessidades mais específicas dos diferentes departamentos/serviços do Centro Hospitalar estudado, pelo que se pode entender no conteúdo apresentado na coluna “aplicação” da tabela 2.

Discussão

Bibliografia