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* Estabelecer uma terminologia para descrever a prática de enfermagem, no sentido de melhorar a comunicação “entre enfermeiros” e entre “os enfermeiros e os outros”;  
* Estabelecer uma terminologia para descrever a prática de enfermagem, no sentido de melhorar a comunicação “entre enfermeiros” e entre “os enfermeiros e os outros”;  
* Descrever os cuidados de enfermagem às pessoas (indivíduos, famílias e comunidades) em vários cenários, tanto institucionais como não-institucionais;  
* Descrever os cuidados de enfermagem às pessoas (indivíduos, famílias e comunidades) em vários cenários, tanto institucionais como não-institucionais;  
* Permitir a comparação dos dados de enfermagem em todas as populações clínicas, cenários, áreas geográficas e de tempo;  
* Permitir a comparação dos dados de enfermagem em todas as populações clínicas, em todos os cenários, em diferentes áreas geográficas e em vários espaços temporais;  
* Demonstrar ou projetar tendências na prestação de tratamentos e cuidados de enfermagem e a alocação de recursos a doentes, de acordo com suas necessidades com base em diagnósticos de enfermagem;  
* Demonstrar ou projetar tendências na prestação de tratamentos e cuidados de enfermagem e a alocação de recursos a doentes, de acordo com suas necessidades com base em diagnósticos de enfermagem;  
* Estimular a pesquisa em enfermagem através de links para os dados disponíveis nos [[Sistemas de Informação em Enfermagem]] e [[Sistemas de Informação em Saúde]]
* Estimular a pesquisa em enfermagem através de links para os dados disponíveis nos [[Sistemas de Informação em Enfermagem]] e [[Sistemas de Informação em Saúde]]

Revisão das 01h05min de 7 de junho de 2015

ICNP
Designação International Classification For Nursing Practice (ICNP®)
Sigla
Ano de Criação 1995
Entidade Criadora International Council of Nurses (ICN)
Entidade Gestora International Council of Nurses (ICN)
Versão Atual Versão 2
Área(s) de Aplicação Registo clínico; Recuperação, agregação e análise de dados; Apoio à decisão e indexação; Ferramentas de terminologia


DEFINIÇÃO

A International Classification For Nursing Practice (ICNP) ou, em português, Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE®) é desenvolvida pelo Conselho Internacional de Enfermeiros (International Council of Nurses – ICN) [1] e consiste numa terminologia formal para a prática de enfermagem. Fornece um quadro em que os vocabulários e classificações existentes podem ser cruzados/mapeados para permitir a comparação dos dados de enfermagem [2], constituindo-se numa terminologia padronizada que permite suportar a prática de enfermagem e a assistência aos doentes em todo o mundo [3]. Enquanto quadro de referência unificador, a CIPE® pode cruzar-se com outras terminologias para expandir os conjuntos de dados. Os resultados dos cuidados prestados aos doentes ou clientes podem ser avaliados relativamente aos diagnósticos e às intervenções de Enfermagem, de modo a que aquilo que os enfermeiros fazem e aquilo que faz diferença nos resultados do doente ou cliente possa ser avaliado quantitativamente e comparado entre pontos de prestação de cuidados em todo o mundo [4].


OBJECTIVOS

Os objetivos foram definidos numa proposta inicial do ICN (1991), continuam a dirigir o programa da CIPE e são indicativos da sua importância. Assim, os objetivos são [2]:

  • Estabelecer uma terminologia para descrever a prática de enfermagem, no sentido de melhorar a comunicação “entre enfermeiros” e entre “os enfermeiros e os outros”;
  • Descrever os cuidados de enfermagem às pessoas (indivíduos, famílias e comunidades) em vários cenários, tanto institucionais como não-institucionais;
  • Permitir a comparação dos dados de enfermagem em todas as populações clínicas, em todos os cenários, em diferentes áreas geográficas e em vários espaços temporais;
  • Demonstrar ou projetar tendências na prestação de tratamentos e cuidados de enfermagem e a alocação de recursos a doentes, de acordo com suas necessidades com base em diagnósticos de enfermagem;
  • Estimular a pesquisa em enfermagem através de links para os dados disponíveis nos Sistemas de Informação em Enfermagem e Sistemas de Informação em Saúde
  • Fornecer dados sobre a prática de enfermagem no sentido de influenciar a elaboração de políticas de saúde.


MODELO DE SETE EIXOS DA CIPE®

A CIPE® desenvolveu-se ao longo de várias versões. O desenvolvimento da Versão 1.0 permitiu a transição das duas classificações de oito eixos para um modelo de sete eixos. A nova estrutura simplificou imenso a representação e isso resolveu, em larga medida, a redundância e ambiguidade inerentes à versão Beta 2 [4].

  • Foco: área de atenção relevante para a Enfermagem;
  • Juízo: opinião clínica ou determinação relativamente ao foco da prática de Enfermagem;
  • Recursos: forma ou método de concretizar uma intervenção;
  • Acão: processo intencional aplicado a/ou desempenhado por um cliente;
  • Tempo: o ponto, período, instante, intervalo ou duração de uma ocorrência;
  • Localização: orientação anatómica ou espacial de um diagnóstico ou intervenção;
  • Cliente: sujeito a quem o diagnóstico se refere e que é o beneficiário da intervenção.


ORIENTAÇÕES PARA A CONSTRUÇÃO DE ENUNCIADOS COM A CIPE®

A CIPE® é usada para representar: diagnósticos de Enfermagem (estado do cliente, problemas, necessidades, potencialidades); intervenções de Enfermagem (ou ações de enfermagem); e resultados de enfermagem e pretende-se que o Modelo de Sete Eixos facilite a composição dos mesmos. Estes enunciados podem ser organizados em grupos significativos para a prática de enfermagem e para os Catálogos CIPE®. As orientações para a criação de enunciados com a CIPE® foram desenvolvidas usando a norma da International Organization for Standardization (ISO): Integração de um Modelo de Terminologia de Referência para a Enfermagem (ISO 18104, 2003) [4]. Assim, na utilização do Modelo de 7 Eixos da CIPE® para criar enunciados de diagnósticos de enfermagem e resultados de enfermagem, são recomendadas as seguintes diretrizes: 1) deve incluir um termo do Eixo do Foco; 2) deve incluir um termo do Eixo do Juízo; 3) pode incluir termos adicionais, conforme o necessário, dos eixos do Foco, Juízo ou de outros eixos [4]. Na utilização do Modelo de Sete Eixos da CIPE® para criar enunciados de intervenções de enfermagem, são recomendadas as seguintes diretrizes: 1) deve incluir um termo do Eixo da Acão; 2) deve incluir pelo menos um termo Alvo (um termo alvo pode ser um termo de qualquer eixo exceto do Eixo do Juízo); 3) pode incluir termos adicionais, conforme necessário, do eixo da Ação ou de qualquer outro eixo [4].


CATÁLOGOS CIPE®

Os catálogos CIPE® colmatam uma necessidade prática na construção de sistemas de informação de saúde ao descreverem os diagnósticos, resultados e intervenções de Enfermagem apropriadas para áreas particulares de cuidados [4]. Os catálogos CIPE® fornecem subconjuntos da CIPE® aos enfermeiros que trabalham com clientes com prioridades de saúde selecionadas. Em 2008, disponibilizaram-se as «Linhas de Orientação para a Elaboração de Catálogos CIPE®» para uso a nível mundial [4]. Os catálogos podem ser dirigidos a quadros clínicos ou diagnósticos médicos (por ex. diabetes), especialidades ou serviços (por ex. Enfermagem na comunidade) ou resultados dos clientes que sejam sensíveis a intervenções de Enfermagem (por ex. adesão) [4].


TRADUÇÕES

As traduções são essenciais para a implementação da CIPE® na prática e são, geralmente, realizadas numa base de voluntariado, pelos enfermeiros, em cooperação com a Associação Nacional de Enfermagem. No início de qualquer projeto de tradução, o ICN pede que o Programa CIPE® seja contactado para que a permissão para traduzir a CIPE® possa ser concedida e um "Acordo de Tradução" possa ser assinado. As “Translation Guidelines for International Classification for Nursing Practice (ICNP®)” fornecem informações conceptuais sobre a tradução, os métodos de tradução e as equivalências transculturais [5].


PERMISSÃO PARA USO DA CIPE®

O copyrighted da CIPE® é detido pelo ICN que está interessado em facilitar o acesso à CIPE® e promover a sua utilização. Qualquer uso da CIPE®, seja ele comercial ou não, requer a assinatura de um acordo que autoriza o seu uso pelo que todos aqueles que desejam utilizar a CIPE®, qualquer que seja a finalidade, necessitam da permissão do ICN [6].


MANUTENÇÃO DA CIPE®

A manutenção e atualização contínua da CIPE® são de importância crucial para garantir que a terminologia representa o domínio da Enfermagem de forma fiável e exata. A CIPE® é lançada a cada dois anos, para coincidir com o Congresso ou Conferência do ICN. O lançamento faz-se através dos recursos web do ICN, considerando-se o uso de outros meios conforme necessário [4].


DIVULGAÇÃO DA CIPE®

As publicações internas do ICN relativas à CIPE® incluem um Boletim da CIPE® bianual, linhas de orientação, catálogos, contagens decrescentes, comunicados de imprensa, entre outros materiais [4].


ENSINO DA CIPE®

O ensino da CIPE® tem lugar através de consultadorias, parcerias, colaborações no local de trabalho, conferências, entre outros [4].


CENTROS DE INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA CIPE® ACREDITADOS PELO ICN

Um Centro do ICN é uma instituição, faculdade, departamento, associação nacional ou outro grupo que cumpra os critérios do ICN e tenha sido nomeado pelo ICN como um Centro de Investigação e Desenvolvimento. Os Centros ICN com áreas de investigação semelhantes estão organizados num consórcio [4]. As vantagens de ser um Centro Acreditado pelo ICN para a Investigação e Desenvolvimento da CIPE® incluem o reconhecimento internacional e oportunidades de colaboração através da participação no Consórcio de Centros CIPE® [4]. O Centro de Investigação e Desenvolvimento em Sistemas de Informação em Enfermagem da Escola Superior de Enfermagem do Porto - Portugal (CIDESI-ESEP) foi acreditado pelo ICN em Agosto de 2010 (ICN Accredited Centre for ICNP® Research & Development) [4].


SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE QUE UTILIZAM A CIPE®

O SClínico (SClínico) é um software evolutivo, desenvolvido pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), que une o Sistema de Apoio ao Médico (SAM) e o Sistema de Apoio à Prática de Enfermagem (SAPE), de forma a existir uma aplicação única comum a todos os prestadores de cuidados de saúde. A aplicação mantém as funções dos “velhos” softwares, organizadas dentro de um novo layout gráfico que facilita a usabilidade da aplicação [7]. Outros sistemas de informação em saúde que utilizam a CIPE® são: ACOS AS; ALERT®; Glintt; Grupo A; HP Enterprise Services Portugal , Lda.; Siemens; entre outros [8].

Referências

[1] J. J. Warren and A. Coenen, “International classification for nursing practice (ICNP): Most-frequently Asked Questions,” J. Am. Med. Inform. Assoc., vol. 5, no. 4, pp. 335–336, 1998.

[2] ICN - International Council of Nurses, “International Council of Nurses (ICN) International Classification For Nursing Practice (ICNP ®) - Information Sheet,” 2014.

[3] ICN - International Council of Nurses, “Technical Implementation Guide - International Classification for Nursing Practice (ICNP®),” Swi, 2014.

[4] ICN - International Council of Nurses, CIPE® Versão 2011 - Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem. 2014.

[5] ICN - International Council of Nurses, “ICNP® Translations,” 2015. [Online]. Available: http://www.icn.ch/what-we-do/icnpr-translations/.

[6] ICN - International Council of Nurses, “Permission to Use ICNP®,” 2015. [Online]. Available: http://www.icn.ch/what-we-do/permission-to-use-icnpr/.

[7] E. P. E. SPMS - Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, “Hospitais do norte e centro são os primeiros a usar o SClínico,” 2013. [Online]. Available: http://spms.min-saude.pt/blog/2013/10/24/hospitais-do-norte-e-centro-sao-os-primeiros-a-usar-o-sclinico/.

[8] ICN - International Council of Nurses, “Implementing ICNP®,” 2014. [Online]. Available: http://www.icn.ch/what-we-do/health-information-systems-using-icnpr/.

Links Externos