HL7: diferenças entre revisões

Fonte: aprendis
Saltar para a navegaçãoSaltar para a pesquisa
Sem resumo de edição
m (atualizadas referencias)
 
(Há 4 revisões intermédias de 2 utilizadores que não estão a ser apresentadas)
Linha 9: Linha 9:


====Descrição====
====Descrição====
O HL7 é uma organização fundada em 1987 sem fins lucrativos, como um grupo ad hoc, com o objectivo de desenvolver normas e padrões de modo a facilitar a integração de informação na saúde. Esta organização é sediada nos Estados Unidos e acreditada pela [[ANSI]] (American National Standards Institute) como desenvolvedora oficial de padrões para a informação da área médica [1,2,3].  
O HL7 é uma organização fundada em 1987 sem fins lucrativos, como um grupo ad hoc, com o objetivo de desenvolver normas e padrões de modo a facilitar a integração de informação na saúde. Esta organização é sediada nos Estados Unidos e acreditada pela [[ANSI]] (American National Standards Institute) como desenvolvedora oficial de padrões para a informação da área médica <ref name="E. H. Shortliffe">E. H. Shortliffe and J. J. Cimino, Biomedical Informatics: Computer Applications in Health Care and Biomedicine. 2013</ref><ref name="D. S. Fonseca">D. S. Fonseca, “Análise do padrão hl7 para sistemas de informação hospitalares,” 2008.</ref><ref name="Health Level Seven International">“Health Level Seven International - Homepage.” [Online]. Available: http://www.hl7.org/. [Accessed: 08-Jun-2015].</ref>.  
Objectivamente, a principal missão desta organização é desenvolver e discutir normas e padrões que permitam a troca, integração, partilha e recuperação de informação médica electrónica na área da saúde que, de igual modo, auxilie toda uma prática médica e administrativa, permitindo assim, um maior controle dos serviços de saúde. Para além disto, esta organização propõe-se a criar metodologias, padrões e directrizes que sejam suficientemente flexíveis, viáveis economicamente, e do mesmo modo permitir a interoperabilidade e a partilha de informações clinicas armazenadas electronicamente [2,4].
Objetivamente, a principal missão desta organização é desenvolver e discutir normas e padrões que permitam a troca, integração, partilha e recuperação de informação médica electrónica na área da saúde que, de igual modo, auxilie toda uma prática médica e administrativa, permitindo assim, um maior controle dos serviços de saúde. Para além disto, esta organização propõe-se a criar metodologias, padrões e diretrizes que sejam suficientemente flexíveis, viáveis economicamente, e do mesmo modo permitir a interoperabilidade e a partilha de informações clinicas armazenadas eletronicamente <ref name="D. S. Fonseca">D. S. Fonseca, “Análise do padrão hl7 para sistemas de informação hospitalares,” 2008.</ref><ref name="R. H. Dolin">R. H. Dolin, L. Alschuler, C. Beebe, P. V. Biron, S. L. Boyer, D. Essin, E. Kimber, T. Lincoln, and J. E. Mattison, “The HL7 Clinical Document Architecture,” J. Am. Med. Informatics Assoc., vol. 8, no. 6, pp. 552–569, 2001.</ref>.


A norma de HL7 é baseada num modelo base que usa uma acção que inicia o sistema de envio a transmitir uma mensagem específica para a unidade receptora, com uma resposta dessa mesma unidade após a recepção da mesma. As mensagens são definidas assim por vários eventos de disparo [1].
A norma de HL7 é baseada num modelo base que usa uma ação que inicia o sistema de envio a transmitir uma mensagem específica para a unidade receptora, com uma resposta dessa mesma unidade após a recepção da mesma. As mensagens são definidas assim por vários eventos de disparo <ref name="E. H. Shortliffe">E. H. Shortliffe and J. J. Cimino, Biomedical Informatics: Computer Applications in Health Care and Biomedicine. 2013</ref>.
Os principais responsáveis, e envolvidos neste processo de manipulação de informação médica foram, essencialmente, médicos, engenheiros de sistemas de informação médica, fabricantes dos equipamentos e indivíduos do governo [2].  
Os principais responsáveis, e envolvidos neste processo de manipulação de informação médica foram, essencialmente, médicos, engenheiros de sistemas de informação médica, fabricantes dos equipamentos e indivíduos do governo <ref name="D. S. Fonseca">D. S. Fonseca, “Análise do padrão hl7 para sistemas de informação hospitalares,” 2008.</ref>.  




Linha 23: Linha 23:


A primeira versão HL7 apareceu em Setembro de 1987 e surgiu, essencialmente, para definir o âmbito e formato em que as normas deveriam assentar. Esta primeira versão fornecia um layout de mensagens para a troca entre duas ou mais aplicações “triggered” através de um evento particular.
A primeira versão HL7 apareceu em Setembro de 1987 e surgiu, essencialmente, para definir o âmbito e formato em que as normas deveriam assentar. Esta primeira versão fornecia um layout de mensagens para a troca entre duas ou mais aplicações “triggered” através de um evento particular.
Esta versão especificava a informação a ser enviada, o tipo e o tamanho de cada campo. Mostrava também se é um dado requerido ou opcional no processo ou se pode ser repetido ou não. Estas mensagens porém eram de caráter experimental, com muitas ideias relevantes, mas poucas aplicações sólidas e acabaram por não se difundir da forma desejada [1,2].
Esta versão especificava a informação a ser enviada, o tipo e o tamanho de cada campo. Mostrava também se é um dado requerido ou opcional no processo ou se pode ser repetido ou não. Estas mensagens porém eram de caráter experimental, com muitas ideias relevantes, mas poucas aplicações sólidas e acabaram por não se difundir da forma desejada <ref name="E. H. Shortliffe">E. H. Shortliffe and J. J. Cimino, Biomedical Informatics: Computer Applications in Health Care and Biomedicine. 2013</ref><ref name="D. S. Fonseca">D. S. Fonseca, “Análise do padrão hl7 para sistemas de informação hospitalares,” 2008.</ref>.




''Versão 2''
''[[HL7 v2|Versão 2]]''


Versão 2.0 surgiu em Setembro de 1988 e foi a base para várias demostrações de intercâmbio de dados que envolviam mais de dez fornecedores. Nas versões 2.X, as mensagens são compostas por campos de comprimento variável e separados por um caracter específico (normalmente “|”). Cada tipo de dado tem uma forma específica de codificação assim como as condições de repetição. Os campos de informação que compõe uma mensagem HL7 são agrupados segundo uma estrutura específica designada de segmento. Cada segmento individualmente inicia-se com um código de três caracteres que define a sua função. Assim, vários segmentos, divididos pelos respectivos separadores (normalmente <cr>), compõe uma mensagem HL7 [1,2].
A versão 2.0 surgiu em setembro de 1988 e foi a base para várias demonstrações de intercâmbio de dados que envolviam mais de dez fornecedores. Nas versões 2.X, as mensagens são compostas por campos de comprimento variável e separados por um carácter específico (normalmente “|”). Cada tipo de dado tem uma forma específica de codificação, bem como condições de repetição. Os campos de informação que compõem uma mensagem HL7 são agrupados segundo uma estrutura específica designada de segmento. Cada segmento inicia-se com um código de três caracteres que define a sua função. Assim, vários segmentos, divididos pelos respetivos separadores (normalmente <cr>), compõem uma mensagem HL7 <ref name="E. H. Shortliffe">E. H. Shortliffe and J. J. Cimino, Biomedical Informatics: Computer Applications in Health Care and Biomedicine. 2013</ref><ref name="D. S. Fonseca">D. S. Fonseca, “Análise do padrão hl7 para sistemas de informação hospitalares,” 2008.</ref>.
 
Apesar de terem sido publicadas versões mais recentes, o [[HL7 v2]] continua a ser, de longe, '''a norma mais amplamente utilizada em ambiente hospitalar''', especialmente em sistemas laboratoriais, administrativos e de comunicação entre sistemas locais. A sua flexibilidade e a grande base instalada contribuíram para a sua longevidade e continuidade na prática clínica <ref name="X. Lu">X. Lu, Y. Gu, J. Zhao, N. Yu and W. Jia, "Research and implementation of medical information format conversion based on HL7 Version 2.x," 2011 International Conference on Computer Science and Service System (CSSS), Nanjing, China, 2011, pp. 2440-2443, doi: 10.1109/CSSS.2011.5974909</ref>.




''Versão 3''
''Versão 3''


A mais recente versão V3 surgiu em 2005 e baseia-se no [[RIM]] (Reference Information Model) que estabelece um modelo de desenvolvimento, baseado no paradigma orientado a objectos. Nesta versão a especificação principal deixou de ser a correcta estruturação da mensagem, passando a ser a implementação da interoperabilidade semântica dos sistemas.  
Surgiu em 2005 e baseia-se no [[RIM]] (Reference Information Model), que estabelece um modelo de desenvolvimento baseado no paradigma orientado a objetos. Nesta versão, a especificação principal deixou de ser a correta estruturação da mensagem, passando a ser a implementação da '''interoperabilidade semântica''' entre os sistemas.
O suporte a novas tecnologias para representação dos campos e segmentos na mensagem foi introduzido nesta versão. Para suprir o problema apontado na versão 2.X (que só permitia a representação [[ASCII]]), as mensagens começaram a poder ser também estruturadas a partir de XML, Corba e ActiveX.
 
Esta nova característica proporcionou a consolidação de uma arquitectura para representação de documentos [1,2].
O suporte a novas tecnologias para representação dos campos e segmentos na mensagem foi introduzido nesta versão. Para suprir as limitações da versão 2.X (que só permitia representação [[ASCII]]), as mensagens passaram a poder ser estruturadas também em XML, Corba e ActiveX. Esta nova abordagem permitiu a consolidação de uma arquitetura para representação de documentos <ref= name="E. H. Shortliffe">E. H. Shortliffe and J. J. Cimino, Biomedical Informatics: Computer Applications in Health Care and Biomedicine. 2013</ref><ref name="D. S. Fonseca">D. S. Fonseca, “Análise do padrão hl7 para sistemas de informação hospitalares,” 2008.</ref>.
 
Apesar do seu valor teórico e rigor semântico, a versão 3 '''nunca foi amplamente adotada na prática clínica''', devido à sua elevada complexidade, curva de aprendizagem acentuada e custos de implementação. Muitos projetos optaram por manter-se na versão 2 ou passaram diretamente para o [[FHIR]], que herdou os princípios semânticos da versão 3, mas com maior simplicidade e compatibilidade com tecnologias web modernas.
 




''[[FHIR]]''


Em suma, o foco desta organização está na definição de como a informação é trocada entre os diferentes sistemas, nos diferentes momentos do cuidado do paciente, definindo a estrutura, língua e tipos de dados (HL7 2013).
O [[FHIR]] (Fast Healthcare Interoperability Resources) é a mais recente especificação da HL7, criada em 2011 e publicada como padrão em 2014, com o objetivo de combinar o melhor das versões anteriores (especialmente HL7 v2 e v3) com tecnologias modernas da web, como RESTful APIs, XML e JSON <ref name="bender2013">Bender, D., & Sartipi, K. (2013, June). “HL7 FHIR: An Agile and RESTful approach to healthcare information exchange.” In *Proceedings of the 26th IEEE International Symposium on Computer‑Based Medical Systems (CBMS)*, pp. 326–331. [https://doi.org/10.1109/CBMS.2013.6627810]</ref>.
 
O [[FHIR]] foi concebido para ser mais simples de implementar e mais acessível a novos programadores e equipas técnicas, mantendo ao mesmo tempo um rigor semântico e clínico. Os seus principais pilares são:
 
- Recursos modulares ("resources"): cada recurso representa uma entidade do domínio da saúde (ex: Paciente, Observação, Encontro, Prescrição), que podem ser ligados entre si;


== Referências ==
- Suporte nativo para REST, JSON, XML, OAuth2 e terminologias como SNOMED CT e LOINC <ref name="bender2013">Bender, D., & Sartipi, K. (2013, June). “HL7 FHIR: An Agile and RESTful approach to healthcare information exchange.” In *Proceedings of the 26th IEEE International Symposium on Computer‑Based Medical Systems (CBMS)*, pp. 326–331. [https://doi.org/10.1109/CBMS.2013.6627810]</ref>;


1. E. H. Shortliffe and J. J. Cimino, Biomedical Informatics: Computer Applications in Health Care and Biomedicine. 2013
- Flexibilidade para ser usado em dispositivos móveis, aplicações na nuvem e contextos com baixa capacidade computacional;


2. D. S. Fonseca, “Análise do padrão hl7 para sistemas de informação hospitalares,” 2008.
O FHIR tem vindo a ser amplamente adotado por governos, hospitais, startups e grandes fornecedores de software de saúde, sendo a base tecnológica da iniciativa MyHealth@EU e do futuro [[Espaço_Europeu_de_Dados_de_Saúde|European Health Data Space]].


3. “Health Level Seven International - Homepage.” [Online]. Available: http://www.hl7.org/. [Accessed: 08-Jun-2015].


4. R. H. Dolin, L. Alschuler, C. Beebe, P. V. Biron, S. L. Boyer, D. Essin, E. Kimber, T. Lincoln, and J. E. Mattison, “The HL7 Clinical Document Architecture,” J. Am. Med. Informatics Assoc., vol. 8, no. 6, pp. 552–569, 2001.
Em suma, o foco desta organização está na definição de como a informação é trocada entre os diferentes sistemas, nos diferentes momentos do cuidado do paciente, definindo a estrutura, língua e tipos de dados (HL7 2013).
 
== Referências ==
<references/>


== Links Externos ==
== Links Externos ==
Linha 56: Linha 68:




[[Categoria:Norma]]
[[Categoria:Norma de Comunicação]]
[[Categoria:Norma de Comunicação]]
[[Categoria:Conceitos]]

Edição atual desde as 10h01min de 24 de junho de 2025

HL7
Designação Health Level 7
Sigla
Ano de Criação 1987
Entidade Criadora Health Level Seven International
Entidade Gestora Health Level Seven International
Versão Atual
Área(s) de Aplicação Troca de informação entre sistemas, Interoperabilidade


Descrição

O HL7 é uma organização fundada em 1987 sem fins lucrativos, como um grupo ad hoc, com o objetivo de desenvolver normas e padrões de modo a facilitar a integração de informação na saúde. Esta organização é sediada nos Estados Unidos e acreditada pela ANSI (American National Standards Institute) como desenvolvedora oficial de padrões para a informação da área médica [1][2][3]. Objetivamente, a principal missão desta organização é desenvolver e discutir normas e padrões que permitam a troca, integração, partilha e recuperação de informação médica electrónica na área da saúde que, de igual modo, auxilie toda uma prática médica e administrativa, permitindo assim, um maior controle dos serviços de saúde. Para além disto, esta organização propõe-se a criar metodologias, padrões e diretrizes que sejam suficientemente flexíveis, viáveis economicamente, e do mesmo modo permitir a interoperabilidade e a partilha de informações clinicas armazenadas eletronicamente [2][4].

A norma de HL7 é baseada num modelo base que usa uma ação que inicia o sistema de envio a transmitir uma mensagem específica para a unidade receptora, com uma resposta dessa mesma unidade após a recepção da mesma. As mensagens são definidas assim por vários eventos de disparo [1]. Os principais responsáveis, e envolvidos neste processo de manipulação de informação médica foram, essencialmente, médicos, engenheiros de sistemas de informação médica, fabricantes dos equipamentos e indivíduos do governo [2].


Versões do HL7


Versão 1

A primeira versão HL7 apareceu em Setembro de 1987 e surgiu, essencialmente, para definir o âmbito e formato em que as normas deveriam assentar. Esta primeira versão fornecia um layout de mensagens para a troca entre duas ou mais aplicações “triggered” através de um evento particular. Esta versão especificava a informação a ser enviada, o tipo e o tamanho de cada campo. Mostrava também se é um dado requerido ou opcional no processo ou se pode ser repetido ou não. Estas mensagens porém eram de caráter experimental, com muitas ideias relevantes, mas poucas aplicações sólidas e acabaram por não se difundir da forma desejada [1][2].


Versão 2

A versão 2.0 surgiu em setembro de 1988 e foi a base para várias demonstrações de intercâmbio de dados que envolviam mais de dez fornecedores. Nas versões 2.X, as mensagens são compostas por campos de comprimento variável e separados por um carácter específico (normalmente “|”). Cada tipo de dado tem uma forma específica de codificação, bem como condições de repetição. Os campos de informação que compõem uma mensagem HL7 são agrupados segundo uma estrutura específica designada de segmento. Cada segmento inicia-se com um código de três caracteres que define a sua função. Assim, vários segmentos, divididos pelos respetivos separadores (normalmente <cr>), compõem uma mensagem HL7 [1][2].

Apesar de terem sido publicadas versões mais recentes, o HL7 v2 continua a ser, de longe, a norma mais amplamente utilizada em ambiente hospitalar, especialmente em sistemas laboratoriais, administrativos e de comunicação entre sistemas locais. A sua flexibilidade e a grande base instalada contribuíram para a sua longevidade e continuidade na prática clínica [5].


Versão 3

Surgiu em 2005 e baseia-se no RIM (Reference Information Model), que estabelece um modelo de desenvolvimento baseado no paradigma orientado a objetos. Nesta versão, a especificação principal deixou de ser a correta estruturação da mensagem, passando a ser a implementação da interoperabilidade semântica entre os sistemas.

O suporte a novas tecnologias para representação dos campos e segmentos na mensagem foi introduzido nesta versão. Para suprir as limitações da versão 2.X (que só permitia representação ASCII), as mensagens passaram a poder ser estruturadas também em XML, Corba e ActiveX. Esta nova abordagem permitiu a consolidação de uma arquitetura para representação de documentos <ref= name="E. H. Shortliffe">E. H. Shortliffe and J. J. Cimino, Biomedical Informatics: Computer Applications in Health Care and Biomedicine. 2013</ref>[2].

Apesar do seu valor teórico e rigor semântico, a versão 3 nunca foi amplamente adotada na prática clínica, devido à sua elevada complexidade, curva de aprendizagem acentuada e custos de implementação. Muitos projetos optaram por manter-se na versão 2 ou passaram diretamente para o FHIR, que herdou os princípios semânticos da versão 3, mas com maior simplicidade e compatibilidade com tecnologias web modernas.


FHIR

O FHIR (Fast Healthcare Interoperability Resources) é a mais recente especificação da HL7, criada em 2011 e publicada como padrão em 2014, com o objetivo de combinar o melhor das versões anteriores (especialmente HL7 v2 e v3) com tecnologias modernas da web, como RESTful APIs, XML e JSON [6].

O FHIR foi concebido para ser mais simples de implementar e mais acessível a novos programadores e equipas técnicas, mantendo ao mesmo tempo um rigor semântico e clínico. Os seus principais pilares são:

- Recursos modulares ("resources"): cada recurso representa uma entidade do domínio da saúde (ex: Paciente, Observação, Encontro, Prescrição), que podem ser ligados entre si;

- Suporte nativo para REST, JSON, XML, OAuth2 e terminologias como SNOMED CT e LOINC [6];

- Flexibilidade para ser usado em dispositivos móveis, aplicações na nuvem e contextos com baixa capacidade computacional;

O FHIR tem vindo a ser amplamente adotado por governos, hospitais, startups e grandes fornecedores de software de saúde, sendo a base tecnológica da iniciativa MyHealth@EU e do futuro European Health Data Space.


Em suma, o foco desta organização está na definição de como a informação é trocada entre os diferentes sistemas, nos diferentes momentos do cuidado do paciente, definindo a estrutura, língua e tipos de dados (HL7 2013).

Referências

  1. 1,0 1,1 1,2 1,3 E. H. Shortliffe and J. J. Cimino, Biomedical Informatics: Computer Applications in Health Care and Biomedicine. 2013
  2. 2,0 2,1 2,2 2,3 2,4 2,5 D. S. Fonseca, “Análise do padrão hl7 para sistemas de informação hospitalares,” 2008.
  3. “Health Level Seven International - Homepage.” [Online]. Available: http://www.hl7.org/. [Accessed: 08-Jun-2015].
  4. R. H. Dolin, L. Alschuler, C. Beebe, P. V. Biron, S. L. Boyer, D. Essin, E. Kimber, T. Lincoln, and J. E. Mattison, “The HL7 Clinical Document Architecture,” J. Am. Med. Informatics Assoc., vol. 8, no. 6, pp. 552–569, 2001.
  5. X. Lu, Y. Gu, J. Zhao, N. Yu and W. Jia, "Research and implementation of medical information format conversion based on HL7 Version 2.x," 2011 International Conference on Computer Science and Service System (CSSS), Nanjing, China, 2011, pp. 2440-2443, doi: 10.1109/CSSS.2011.5974909
  6. 6,0 6,1 Bender, D., & Sartipi, K. (2013, June). “HL7 FHIR: An Agile and RESTful approach to healthcare information exchange.” In *Proceedings of the 26th IEEE International Symposium on Computer‑Based Medical Systems (CBMS)*, pp. 326–331. [1]

Links Externos