Monitorização remota aplicada ao seguimento de doentes com dispositivos electrónicos cardiovasculares implantáveis: diferenças entre revisões

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Edição atual desde as 16h23min de 19 de maio de 2016

Monitorização remota aplicada ao seguimento de doentes com dispositivos electrónicos cardiovasculares implantáveis
Autor Paulo Jorge Fernandes Dias da Costa
Orientador Pedro Pereira Rodrigues
Co-Orientador António Cândido de Freitas Fernandes Hipólito dos Reis
Data de Entrega 2010/12
URL http://hdl.handle.net/10216/55353
Palavras-chave Follow-up, Seguimento clínico, Avaliação remota, Estudo observacional, Dispositivo eletrónico cardiovascular implantável
Resumo

O follow-up tradicional é ainda uma actividade que, além de servir uma população cada vez maior, requer um gasto considerável de tempo e recursos técnicos e humanos diferenciados.


O objectivo nuclear deste estudo é avaliar a aplicabilidade do sistema de monitorização remota CareLink™ como alternativa de seguimento nos doentes portadores de dispositivos de cardioversão-desfibrilhação e/ou ressincronização, entre consultas presenciais. Foram definidos outcomes em dois grupos de análise: a.) aspectos clínicos e b.) aspectos não-clínicos.


A metodologia deste estudo foi definida a priori, com recurso a um painel de peritos, que a validou. Enquadra-se como um estudo observacional, prospectivo e longitudinal, sendo a população amostrada por conveniência. A recolha dos dados foi realizada em quatro momentos: duas visitas clínicas presenciais (no início e no final do estudo) e duas avaliações remotas (aos seis e nove meses de follow-up), pretendendo reproduzir um ano de seguimento clínico. A obtenção dos dados foi efectuada por consulta do processo clínico, relatório de implantação, recolha inicial de dados sócio-demográficos, resumo das interrogações das consultas de follow-up e inquérito aplicado no último momento de avaliação presencial.


Em termos clínicos, verificou-se uma associação entre sintomatologia do evento e a forma de identificação do evento, sendo também de considerar a importância desta tecnologia na antecipação do diagnóstico. Em termos não clínicos, observamos que o tempo médio de espera pela consulta poderá influenciar o tipo de seguimento preferido. Em termos de custos, a utilização do método remoto teve a capacidade de reduzir os custos totais do seguimento nesta população.


Este estudo teve algumas limitações, fundamentalmente relacionadas com o tamanho da amostra. Pensamos ser necessária mais investigação neste domínio, em particular com estudos experimentais.


Em conclusão, a utilização deste sistema de monitorização remota é uma alternativa de seguimento nesta população, entre consultas presenciais.