Utilizador:MiguelDuarte: diferenças entre revisões
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[[Utilizador:MiguelDuarte|MiguelDuarte]] ([[Utilizador Discussão:MiguelDuarte|discussão]]) 01h30min de 4 de fevereiro de 2016 (CET) | [[Utilizador:MiguelDuarte|MiguelDuarte]] ([[Utilizador Discussão:MiguelDuarte|discussão]]) 01h30min de 4 de fevereiro de 2016 (CET) | ||
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=Extração de Conhecimento de Dados= | =Extração de Conhecimento de Dados= | ||
“We study the past to understand the present; we understand the present to guide the future.” - William Lund | “We study the past to understand the present; we understand the present to guide the future.” - William Lund | ||
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A aprendizagem automática passa também pela procura num conjunto de possíveis opções. A esta procura está associado também um viés, o viés de procura. Este viés representa o atrito e erro associado à procura de hipóteses num espaço de soluções.<ref name="citação5"/> | A aprendizagem automática passa também pela procura num conjunto de possíveis opções. A esta procura está associado também um viés, o viés de procura. Este viés representa o atrito e erro associado à procura de hipóteses num espaço de soluções.<ref name="citação5"/> | ||
== Árvores de decisão e Regressão == | == Árvores de decisão e Regressão == | ||
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Um modelo de árvore de regressão é utilizado para resolver problemas com base na regressão. Este modelo utiliza a mesma estratégia de dividir que a árvore de decisão, mas neste caso para valores contínuos.<ref name="citação6">J. R. Quinlan and Q. J.R, “Simplifying decision trees,” Int. J. Hum. Comput. Stud., vol. 51, no. 2, pp. 497–510, 1999. [http://paperpile.com/b/93BCcV/K7Dz]</ref> | Um modelo de árvore de regressão é utilizado para resolver problemas com base na regressão. Este modelo utiliza a mesma estratégia de dividir que a árvore de decisão, mas neste caso para valores contínuos.<ref name="citação6">J. R. Quinlan and Q. J.R, “Simplifying decision trees,” Int. J. Hum. Comput. Stud., vol. 51, no. 2, pp. 497–510, 1999. [http://paperpile.com/b/93BCcV/K7Dz]</ref> | ||
Alguns dos algoritmos baseados em árvores de decisão e regressão são: ID3 ( | No caso destes valores contínuos, existem duas formar de se tratar da divisão: discretização para formar um atributo ordinal categórico (estático, em que se discretiza uma vez no início ou dinâmico em que os intervalos podem ser determinados por tamanho, frequência ou clustering) ou decisão binária (considera todas as divisões possíveis e considera a melhor). | ||
Alguns dos algoritmos baseados em árvores de decisão e regressão são: ID3 (Quinlan, 1979), ASSISTANT (Cestnik et al., 1987), CART (Breiman et al., 1984), C4.5 (Quinlan, 1993). O algoritmo mais utilizado para a classificação é o CART, seguido do seu competidor C4.5. <ref name="citação7">T. Hastie, R. Tibshirani, and J. Friedman, The Elements of Statistical Learning: Data Mining, Inference, and Prediction. Springer Science & Business Media, 2013.</ref> | |||
Tanto uma árvore de decisão como uma árvore de regressão são um grafo acíclico direcionado constituído por nós de divisão com dois ou mais sucessores, ou nós folha. | Tanto uma árvore de decisão como uma árvore de regressão são um grafo acíclico direcionado constituído por nós de divisão com dois ou mais sucessores, ou nós folha. | ||
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Um nó folha é uma função. Em problemas de classificação, a constante que minimiza a função de custo é 0-1 e é a moda. Em problemas de regressão, a constante é a média. | Um nó folha é uma função. Em problemas de classificação, a constante que minimiza a função de custo é 0-1 e é a moda. Em problemas de regressão, a constante é a média. | ||
=== Ganho de Informação === | |||
O ganho de informação está subjacente ao conceito de entropia. A entropia é uma medição da aleatoriedade de uma variável aleatória, cuja função é: | |||
[[Image:image11.png|image11.png]] | |||
Neste caso, p seria a probabilidade de observar A=0 e p-1 a probabilidade de observar A=1. | |||
No caso das árvores de decisão, a entropia representa a aleatoriedade do atributo alvo, ou seja, a dificuldade para predizer determinado atributo. O índice Gini é uma regra de ganho de informação usado no CART.Este índice de Gini pode ser considerado uma medida de impureza ou como método de divisão na árvore. Na divisão de atributos categóricos, o índice de Gini pode realizar um multi-way split ou um binary split. Este índice é representado pela seguinte fórmula:<ref name="citação5"/> | |||
[[Image:image12.png|image12.png]] | |||
=== Estratégias de Poda === | === Estratégias de Poda === | ||
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# Valores ausentes – Se um valor de atributo é desconhecido, não poderá ser continuado o ramo. | # Valores ausentes – Se um valor de atributo é desconhecido, não poderá ser continuado o ramo. | ||
# Atributos contínuos – A ordenação de cada atributo contínuo estima-se que consuma 70% do tempo necessário para induzir uma árvore de decisão. | # Atributos contínuos – A ordenação de cada atributo contínuo estima-se que consuma 70% do tempo necessário para induzir uma árvore de decisão. | ||
# Instabilidade – Breiman (1996) e Kohavi e Kunz (1997) apontaram que variações no conjunto de treino podem produzir grande variações na árvore final. Mudando um nó, todas as | # Instabilidade – Breiman (1996) e Kohavi e Kunz (1997) apontaram que variações no conjunto de treino podem produzir grande variações na árvore final. Mudando um nó, todas as sub-árvores abaixo desse nó mudam. | ||
[[Image:image07.jpg| center| frame | Figura 1. Representação de uma árvore de decisão efetuada no Rapidminer com dados dos sobreviventes do “Titanic”.]] | [[Image:image07.jpg| center| frame | Figura 1. Representação de uma árvore de decisão efetuada no Rapidminer com dados dos sobreviventes do “Titanic”.]] | ||
O [http://%20https://archive.ics.uci.edu/ml/datasets.html UCI Machine Learning Repository] constitui uma excelente fonte de bases de dados que poderão ser utilizadas de forma gratuita para a aprendizagem da utilização de softwares como rapidminer e weka. | |||
== Regras de Decisão == | == Regras de Decisão == | ||
Uma regra de decisão tem a forma de Se X Então Y (if X then Y), em que X pode ser uma ou várias condições. Cada condição relaciona um atributo com valores do seu domínio, múltiplas condições podem-se juntar com um dos operadores: e ou ou. A relação pode ser uma do conjunto [[Image:image03.png]]. | Uma regra de decisão tem a forma de Se X Então Y (if X then Y), em que X pode ser uma ou várias condições. Cada condição relaciona um atributo com valores do seu domínio, múltiplas condições podem-se juntar com um dos operadores: e ou ou. A relação pode ser uma do conjunto [[Image:image03.png]].<ref name="citação5"/> | ||
Um exemplo de uma regra de decisão, com base na figura 1, é if Sex = Male then No | Um exemplo de uma regra de decisão, com base na figura 1, é if Sex = Male then No | ||
Linha 574: | Linha 483: | ||
De seguida é apresentado o algoritmo de cobertura | De seguida é apresentado o algoritmo de cobertura <ref name="citação5"/> | ||
<blockquote style="background-color: whitesmoke;"> | |||
* Entrada: Um conjunto de treino D = {(xi, yi), i = 1, ..., n } | * Entrada: Um conjunto de treino D = {(xi, yi), i = 1, ..., n } | ||
* Saída: Um conjunto de regras: Regras | * Saída: Um conjunto de regras: Regras | ||
Linha 582: | Linha 490: | ||
* Seja Y o conjunto das classes em D; | * Seja Y o conjunto das classes em D; | ||
* para cada yi ∈ Y faça | * para cada yi ∈ Y faça | ||
** repita | ** repita | ||
*** Regra = Aprende_Regra(D, yi); | *** Regra = Aprende_Regra(D, yi); | ||
*** Regras ← Regras ∪ {Regra}; | *** Regras ← Regras ∪ {Regra}; | ||
*** D ← Remove exemplos cobertos pela Regra em D; | *** D ← Remove exemplos cobertos pela Regra em D; | ||
** até não haver exemplos de yi; | ** até não haver exemplos de yi; | ||
* fim | * fim | ||
* Retorna: Regras; | * Retorna: Regras; | ||
</blockquote> | |||
Têm sido usadas duas estratégias básicas de procura | Têm sido usadas duas estratégias básicas de procura de regras<ref name="citação5"/>. Uma baseada numa estratégia top-down que começa na regra mais geral tornando-se depois mais específica acrescentando condições. A segunda começa pela regra mais específica e vai removendo condições tornando-se mais generalizada, é uma estratégia bottom-up e orientada pelos dados.<ref name="citação5"/> | ||
Linha 600: | Linha 504: | ||
=== Algoritmo top-down === | === Algoritmo top-down === | ||
<blockquote style="background-color: whitesmoke;"> | |||
* Entrada: Um conjunto de treino D = {(xi, yi), i = 1, ..., n } | * Entrada: Um conjunto de treino D = {(xi, yi), i = 1, ..., n } | ||
* y: classe da regra | * y: classe da regra | ||
Linha 624: | Linha 528: | ||
* fim | * fim | ||
* Retorna: Regra; | * Retorna: Regra; | ||
</blockquote> | |||
=== Algoritmo Bottom-up === | === Algoritmo Bottom-up === | ||
<blockquote style="background-color: whitesmoke;"> | |||
* Entrada: Um conjunto de treino D = {(xi, yi), i = 1, ..., n } | * Entrada: Um conjunto de treino D = {(xi, yi), i = 1, ..., n } | ||
* y: classe da regra | * y: classe da regra | ||
Linha 651: | Linha 555: | ||
* fim | * fim | ||
* Retorna: Regra; | * Retorna: Regra; | ||
</blockquote> | |||
A diferença fundamental entre os dois algoritmos é que o método top-down gera regras ordenadas pela ordem que são induzidas enquanto o método bottom-up gera um conjunto não ordenado. Esta diferença implica que a aplicação do conjunto de regras a exemplos não classificados seja, no caso do top-down, cada exemplo é classificado pela primeira regra satisfeita, no caso bottom-up, todas as regras satisfeitas são utilizadas para classificar o exemplo, optando pela regra com melhor qualidade. | A diferença fundamental entre os dois algoritmos é que o método top-down gera regras ordenadas pela ordem que são induzidas enquanto o método bottom-up gera um conjunto não ordenado. Esta diferença implica que a aplicação do conjunto de regras a exemplos não classificados seja, no caso do top-down, cada exemplo é classificado pela primeira regra satisfeita, no caso bottom-up, todas as regras satisfeitas são utilizadas para classificar o exemplo, optando pela regra com melhor qualidade. | ||
Linha 663: | Linha 568: | ||
= Métodos Probabilísticos: = | = Métodos Probabilísticos: = | ||
Uma das maneiras de lidar com tarefas preditivas em extração do conhecimento de dados; | Uma das maneiras de lidar com tarefas preditivas em extração do conhecimento de dados; | ||
Útil quando as informações disponíveis são incompletas ou imprecisas; | Útil quando as informações disponíveis são incompletas ou imprecisas; | ||
Uso de algoritmos baseados no Teorema de Bayes (Métodos Probabilísticos Bayesianos): a probabilidade de um evento A dado um evento B não depende apenas da relação entre A e B, mas também da probabilidade de observar A independentemente de observar B. | Uso de algoritmos baseados no Teorema de Bayes (Métodos Probabilísticos Bayesianos): a probabilidade de um evento A dado um evento B não depende apenas da relação entre A e B, mas também da probabilidade de observar A independentemente de observar B. | ||
Probabilidade de ocorrer o evento A, dado que foi observado o evento B: P(A|B), onde A representa a classe e B o valor observado dos atributos para um exemplo de teste.<ref name="citação5"/> | Probabilidade de ocorrer o evento A, dado que foi observado o evento B: P(A|B), onde A representa a classe e B o valor observado dos atributos para um exemplo de teste.<ref name="citação5"/> | ||
Exemplo: P(A) = probabilidade de ocorrência de uma determinada doença; P(B) = probabilidade de resultado num exame de raio X; sendo a variável A não observável e diante da evidência do resultado do exame de raio X, podemos inferir o valor mais provável de A estimando: | Exemplo: P(A) = probabilidade de ocorrência de uma determinada doença; P(B) = probabilidade de resultado num exame de raio X; sendo a variável A não observável e diante da evidência do resultado do exame de raio X, podemos inferir o valor mais provável de A estimando: | ||
== Aprendizagem Bayesiana: == | == Aprendizagem Bayesiana: == | ||
{| | {| class="wikitable" style="width: 85%; text-align: center; margin:auto;" | ||
|- | |- | ||
| | | | ||
Doença | Doença | ||
|- | |- | ||
| | | | ||
Presente | Presente | ||
| | | | ||
8% | 8% | ||
|- | |- | ||
| | | | ||
Ausente | Ausente | ||
| | | | ||
92% | 92% | ||
|} | |} | ||
Quantitativa (a probabilidade a priori de observar a doença): | Quantitativa (a probabilidade a priori de observar a doença): | ||
<pre style="white-space: pre-wrap; white-space: -moz-pre-wrap; white-space: -pre-wrap; white-space: -o-pre-wrap; word-wrap: break-word;"> | |||
P(Doença = Presente) = 0,08, | P(Doença = Presente) = 0,08, | ||
P(Doença = Ausente) = 0,92. | P(Doença = Ausente) = 0,92. | ||
</pre> | |||
{| class="wikitable" style="width: 85%; text-align: center; margin:auto;" | |||
{| | |||
|- | |- | ||
| | | | ||
Doença | Doença | ||
|- | |- | ||
| | | | ||
Teste | Teste | ||
| | | | ||
Presente | Presente | ||
| | | | ||
Ausente | Ausente | ||
|- | |- | ||
| | | | ||
Positivo | Positivo | ||
| | | | ||
75% | 75% | ||
| | | | ||
4% | 4% | ||
|- | |- | ||
| | | | ||
Negativo | Negativo | ||
| | | | ||
25% | 25% | ||
| | | | ||
96% | 96% | ||
|} | |} | ||
Probabilidades condicionais (a partir de experiências passadas na utilização do teste): | Probabilidades condicionais (a partir de experiências passadas na utilização do teste): | ||
<pre style="white-space: pre-wrap; white-space: -moz-pre-wrap; white-space: -pre-wrap; white-space: -o-pre-wrap; word-wrap: break-word;"> | |||
P(Teste = Positivo |Doença = Presente) = 0,75, | P(Teste = Positivo |Doença = Presente) = 0,75, | ||
P(Teste = Negativo |Doença = Ausente) = 0,96. | P(Teste = Negativo |Doença = Ausente) = 0,96. | ||
</pre> | |||
Qual é o poder preditivo do Teste com respeito à Doença? | Qual é o poder preditivo do Teste com respeito à Doença? | ||
Se A e B são eventos disjuntos, então [[Image:image13.png|image13.png]]; | |||
Lei da probabilidade total: [[Image:image14.png|image14.png]] | |||
Lei da probabilidade condicional:<ref name="citação5"/> | |||
[[Image:image15.png|image15.png]] | |||
Dedução: | |||
[[Image:image16.png|image16.png]] | |||
[[Image:image17.png|image17.png]] | |||
[[Image:image18.png|image18.png]] | |||
Já que P(A) = P(A|B) X P(B), então: | |||
P(Teste = | <pre style="white-space: pre-wrap; white-space: -moz-pre-wrap; white-space: -pre-wrap; white-space: -o-pre-wrap; word-wrap: break-word;"> | ||
P(Teste = Positivo) = P(Teste = Positivo |Doença = Presente) X P(Doença = Presente) + P(Teste = Positivo |Doença = Ausente) X P(Doença = Ausente) = 0,75 X 0,08 + 0,04 X 0,92 = 0,0968. | |||
</pre> | |||
P(Teste = Negativo |Doença = Ausente) X P(Doença = Ausente) = | <pre style="white-space: pre-wrap; white-space: -moz-pre-wrap; white-space: -pre-wrap; white-space: -o-pre-wrap; word-wrap: break-word;"> | ||
P(Teste = Negativo) = P(Teste = Negativo |Doença = Presente) X P(Doença = Presente) + P(Teste = Negativo |Doença = Ausente) X P(Doença = Ausente) = 0,25 X 0,08 + 0,96 X 0,92 = 0,9032. | |||
</pre> | |||
0,25 X 0,08 + 0,96 X 0,92 = 0,9032.< | |||
O problema de Inferência e o Teorema de Bayes: a sua aplicabilidade é reduzida devido ao grande número de exemplos necessários para calcular, de forma viável. | O problema de Inferência e o Teorema de Bayes: a sua aplicabilidade é reduzida devido ao grande número de exemplos necessários para calcular, de forma viável. | ||
== O classificador Naïve Bayes == | |||
== O classificador | |||
Um dos classificadores Bayesianos mais populares; | Um dos classificadores Bayesianos mais populares; | ||
Assume que os valores de atributos são independentes entre si dada a classe; | Assume que os valores de atributos são independentes entre si dada a classe; | ||
Todas as probabilidades necessárias para a obtenção do classificador são calculadas a partir dos dados de treino; | Todas as probabilidades necessárias para a obtenção do classificador são calculadas a partir dos dados de treino; | ||
Não há a busca explícita por uma hipótese, mas o produto das probabilidades de cada atributo individual (porém é necessário manter um contador para cada classe para o cálculo da probabilidade a priori); | Não há a busca explícita por uma hipótese, mas o produto das probabilidades de cada atributo individual (porém é necessário manter um contador para cada classe para o cálculo da probabilidade a priori); | ||
Para o cálculo da probabilidade condicional é necessário distinguir entre atributos nominais e atributos contínuos; | Para o cálculo da probabilidade condicional é necessário distinguir entre atributos nominais e atributos contínuos; | ||
Atributos nominais: conjunto de valores possíveis é um conjunto enumerável – um contador para cada valor de atributo por classe; | Atributos nominais: conjunto de valores possíveis é um conjunto enumerável – um contador para cada valor de atributo por classe; | ||
Atributos contínuos (número de valores possíveis infinito): | Atributos contínuos (número de valores possíveis infinito): | ||
# Assumimos uma distribuição normal; | # Assumimos uma distribuição normal; | ||
# Discretizar o atributo no pré-processamento (melhores resultados do que assumir distribuição normal): | # Discretizar o atributo no pré-processamento (melhores resultados do que assumir distribuição normal): | ||
# Número de intervalos fixado em um k = mínimo / intervalos do mesmo tamanho; | # Número de intervalos fixado em um k = mínimo (que pode ou não ser igual a 10) / intervalos do mesmo tamanho; | ||
# Depois de discretizar um atributo podemos calcular a probabilidade condicional ao utilizar um contador para cada classe e para cada intervalo.<ref name="citação5"/> | # Depois de discretizar um atributo podemos calcular a probabilidade condicional ao utilizar um contador para cada classe e para cada intervalo.<ref name="citação5"/> | ||
== Análise do algoritmo | == Análise do algoritmo == | ||
# Superfície de decisão linear ( | # Superfície de decisão linear (Naïve Bayes num problema de duas classes definidos por atributos booleanos é um hiperplano); | ||
# As probabilidades exigidas pela equação que determina a probabilidade de um exemplo pertencer à classe em questão podem ser calculadas a partir do conjunto de treino numa única passagem; | # As probabilidades exigidas pela equação que determina a probabilidade de um exemplo pertencer à classe em questão podem ser calculadas a partir do conjunto de treino numa única passagem; | ||
# Processo de construção do modelo bastante eficiente; | # Processo de construção do modelo bastante eficiente; | ||
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# Problema da frequência = 0. Se uma das frequências for igual a zero devemos adicionar 1 a todos os valores da tabela;<ref name="citação5"/> | # Problema da frequência = 0. Se uma das frequências for igual a zero devemos adicionar 1 a todos os valores da tabela;<ref name="citação5"/> | ||
== Desenvolvimentos (técnicas para melhorar o desempenho do classificador | == Desenvolvimentos (técnicas para melhorar o desempenho do classificador Naïve Bayes) == | ||
== | # [http://www.springer.com/us/book/9783540566021 Langley (1993)] = recursivamente constrói uma hierarquia das descrições dos conceitos probabilísticos; | ||
# [http://www.aaai.org/Library/KDD/kdd96contents.php Kohavi (1996)] = árvore de Naïve Bayes (algoritmo híbrido que gera uma árvore de decisão univariada regular cujas folhas contêm um classificador Naïve Bayes; | |||
# [http://www.springer.com/cn/book/9783540538165 Kononenko (1991)] = classificador semi-Naïve Bayes (combina pares de atributos, fazendo um atributo produto-cruzado); | |||
# [http://www.worldscientific.com/worldscibooks/10.1142/3251 Pazzani (1996)] = classificador construtivo, encontrar os melhores atributos do produto cartesiano a partir de atributos nominais existentes; | |||
# [http://machine-learning.martinsewell.com/feature-selection/JohnKohaviPfleger1994.pdf John (1994)] = Bayes flexível para atributos contínuos; | |||
# [http://www.springer.com/us/book/9783540412762 Gama (2000)] = Linear Bayes, distribuição normal multivariada para cada classe (atributos contínuos).<ref name="citação5"/> | |||
== Redes Bayesianas para classificação: Modelos gráficos probabilísticos == | |||
Grafo Acíclico Direcionado (DAG) (cujos nós representam variáveis aleatórias e as arestas representam dependências diretas entre as variáveis) + conjunto de tabelas de probabilidade condicional; | Grafo Acíclico Direcionado (DAG) (cujos nós representam variáveis aleatórias e as arestas representam dependências diretas entre as variáveis) + conjunto de tabelas de probabilidade condicional; | ||
Causal; escolha de nós e dependências entre variáveis na rede; probabilidades condicionadas; | Causal; escolha de nós e dependências entre variáveis na rede; probabilidades condicionadas; | ||
Casos em que existe uma relação estatística entre duas variáveis quando uma terceira variável é conhecida (independência condicional entre variáveis); | Casos em que existe uma relação estatística entre duas variáveis quando uma terceira variável é conhecida (independência condicional entre variáveis); | ||
Obter um equilíbrio entre o número de parâmetros a calcular e a representação de dependências entre variáveis; | Obter um equilíbrio entre o número de parâmetros a calcular e a representação de dependências entre variáveis; | ||
Representam a distribuição de probabilidade conjunta de um grupo de variáveis aleatórias num domínio específico; | Representam a distribuição de probabilidade conjunta de um grupo de variáveis aleatórias num domínio específico; | ||
Utilizada para tarefas de classificação de uma forma relativamente simples; | Utilizada para tarefas de classificação de uma forma relativamente simples; | ||
Uma das variáveis é selecionada como atributo alvo e todas as outras são consideradas como atributos de entrada; | Uma das variáveis é selecionada como atributo alvo e todas as outras são consideradas como atributos de entrada; | ||
Dado um conjunto de treino a aprendizagem consiste em selecionar o classificador baseado em Redes Bayesianas, isto é, a hipótese que produz a classificação com maior taxa de acerto para dados não conhecidos; | Dado um conjunto de treino a aprendizagem consiste em selecionar o classificador baseado em Redes Bayesianas, isto é, a hipótese que produz a classificação com maior taxa de acerto para dados não conhecidos; | ||
O objetivo é construir um classificador com elevada taxa de acerto preditiva;<ref name="citação5"/> | O objetivo é construir um classificador com elevada taxa de acerto preditiva;<ref name="citação5"/> | ||
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Um outro método de aprendizagem automática é o denominado metido de otimização que tem como principal objetivo minimizar (ou maximizar) uma determinada função. Este método baseia-se em duas técnicas de extração de conhecimento de dados que recorrem à optimização de uma função de custo na fase de treino e que são : Redes Neuronais Artificiais (RNA) e Máquinas de Vetores de Suporte (SBM). O nosso estudo incidirá apenas sobre as RNA. | Um outro método de aprendizagem automática é o denominado metido de otimização que tem como principal objetivo minimizar (ou maximizar) uma determinada função. Este método baseia-se em duas técnicas de extração de conhecimento de dados que recorrem à optimização de uma função de custo na fase de treino e que são : Redes Neuronais Artificiais (RNA) e Máquinas de Vetores de Suporte (SBM). O nosso estudo incidirá apenas sobre as RNA. | ||
== Redes Neuronais Artificiais == | == Redes Neuronais Artificiais == | ||
O desenvolvimento das redes neuronais artificiais teve como principio a estrutura e funcionamento do sistema nervoso humano de forma a que se pudesse ter uma proximidade de simular a capacidade de aprendizagem do nosso cérebro na realização de tarefas que podem ser consideradas simples tais como pegar num objeto mas que apenas são possíveis devido à complexa estrutura do cérebro humano. | O desenvolvimento das redes neuronais artificiais teve como principio a estrutura e funcionamento do sistema nervoso humano de forma a que se pudesse ter uma proximidade de simular a capacidade de aprendizagem do nosso cérebro na realização de tarefas que podem ser consideradas simples tais como pegar num objeto mas que apenas são possíveis devido à complexa estrutura do cérebro humano. | ||
Deve-se a McCulloch e Pitts (1943) o inicio da pesquisa deste tipo de modelos computacionais tendo sido desenvolvido um primeiro modelo matemático denominado de unidades logicas com limiar (LTU em inglês). | Deve-se a McCulloch e Pitts (1943) o inicio da pesquisa deste tipo de modelos computacionais tendo sido desenvolvido um primeiro modelo matemático denominado de unidades logicas com limiar (LTU em inglês). | ||
Este modelo tem como base o Neurónio Biológico sendo que este é o principal bloco de construção do nosso cérebro conforme ilustrado na figura 2 abaixo. | |||
[[Image:image05.png|image05.png | center| frame | Figura 2 - Esquema de um neurónio e da forma como o impulso é realizado ao longo do mesmo.]] | |||
[[Image:image05.png|image05.png]] | |||
Tendo por base este modelo as RNA foram desenvolvidas com o mesmo principio tendo como componentes básicas unidades de processamento simples a que foi dado o nome de neurónios artificiais ilustrado a seguir na figura 3 : | |||
Tendo por base este modelo as RNA foram desenvolvidas com o mesmo principio tendo como componentes básicas unidades de processamento simples a que foi dado o nome de | |||
[[Image:image08.png|image08.png| center| frame | Figura 3 - Esquema de um neurónio artificial.]] | |||
As redes neuronais artificiais, consistem em programas únicos de software que imitam a ciência de um neurónio. | As redes neuronais artificiais, consistem em programas únicos de software que imitam a ciência de um neurónio. | ||
A conjugação de vários input (dendrites), num determinado centro de processamento (corpo do neurónio). | A conjugação de vários input (dendrites), num determinado centro de processamento (corpo do neurónio). | ||
Linha 921: | Linha 768: | ||
Uma rede neuronal artificial está, por norma, organizada em camadas, sendo que todos os neurônios de uma determinada camada têm de estar | Uma rede neuronal artificial está, por norma, organizada em camadas, sendo que todos os neurônios de uma determinada camada têm de estar inter-conectados com um neurônio da camada subsequente. | ||
Assim, os neurónios da primeira camada terão o nome de neurónios de input, os das camadas intermédias têm a designação de camadas escondidas e os da última camada serão neurónios de output. | |||
Assim, os | |||
Linha 933: | Linha 779: | ||
O processo de treino no caso especifico deste algoritmo assenta num processo iterativo que constituído por duas etapas ; uma para a frente (forward) e uma par trás (backward) . Na primeira fase cada objeto de entrada é dado a conhecer à rede. O mesmo é recebido por cada um dos | O processo de treino no caso especifico deste algoritmo assenta num processo iterativo que constituído por duas etapas ; uma para a frente (forward) e uma par trás (backward) . Na primeira fase cada objeto de entrada é dado a conhecer à rede. O mesmo é recebido por cada um dos neurónios da primeira camada intermediaria sendo ponderado pelo peso associado à conexão de entrada correspondente . Na camada respetiva cada neurônio pertencente à mesma aplica a função de ativação à soma das suas entradas a produz um valor de saída (output) que é utilizado como valor de entrada (input) da camada de neurónios seguinte. Este processo é continuo ate que os neurónios da camada de saída produzem eles mesmos o seu valor de saída. Este valor é então comparado com o valor de com o valor esperado para saída desse neurônio. A diferença entre os valores achados é o erro cometido pela rede para o objeto introduzido na rede. | ||
A equação seguinte indica como é feito o ajuste de pesos de uma rede MLP pelo algoritmo back-propagation | A equação seguinte indica como é feito o ajuste de pesos de uma rede MLP pelo algoritmo back-propagation | ||
[[Image:image04.png|image04.png]] | [[Image:image04.png|image04.png]] | ||
Exemplo de algoritmo de treino back-propagation | Exemplo de algoritmo de treino back-propagation | ||
<blockquote style="background-color: whitesmoke;"> | |||
* Entrada : um conjunto de n objetos de treino | * Entrada : um conjunto de n objetos de treino | ||
* Saída : Rede MPL com valores de pesos ajustados | * Saída : Rede MPL com valores de pesos ajustados | ||
* inicializar | * inicializar pesos da rede com valores aleatórios | ||
* | * inicializar erro total=0 | ||
* repita | * repita | ||
** para cada objeto xi do conjunto faça | |||
*** para cada camada de rede , a partir da primeira camada intermediaria. | |||
**** Faça para cada neurónio njl da camada: | |||
***** calcular valor da saída produzida pelo neurónio , f | |||
**** fim | |||
*** fim | |||
*** calcular erro parcial=y-f | |||
*** para cada camada de rede a partir da camada de saída faça: | |||
**** para cada neurónio njl da camada faça | |||
***** ajustar pesos do neurónio utilizando Equação | |||
**** fim | |||
*** fim | |||
*** calcular erro total = erro total + erro parcial | |||
** fim | |||
* até erro total < | |||
</blockquote> | |||
=Exemplos Rapidminer= | |||
<gallery> | |||
Ficheiro:Image19.png|Árvore de decisão e respetivo teste de performance | |||
Ficheiro:Image20.png|Cross-Validation de uma árvore de decisão | |||
Ficheiro:Image21.png|Processo de Cross-Validation | |||
Ficheiro:Image22.png|Resultado de performance de uma árvore de decisão | |||
Ficheiro:Image23.png|Exemplo com todos os métods abordados | |||
</gallery> | |||
=Conclusão= | |||
The final solution was accomplished by combining many independent models developed by different teams that joined forces. It highlights the power of using ensembles to combine a heterogeneous set of models to achieve maximum accuracy.<ref name="citação10">R. M. Bell and K. Yehuda, “Lessons from the Netflix prize challenge,” ACM SIGKDD Explorations Newsletter, vol. 9, no. 2, p. 75, 2007.</ref> | The final solution was accomplished by combining many independent models developed by different teams that joined forces. It highlights the power of using ensembles to combine a heterogeneous set of models to achieve maximum accuracy.<ref name="citação10">R. M. Bell and K. Yehuda, “Lessons from the Netflix prize challenge,” ACM SIGKDD Explorations Newsletter, vol. 9, no. 2, p. 75, 2007.</ref> | ||
=Referências= | =Referências= | ||
<references/> | <references/> | ||
Miguel Duarte, João Sabino, Mário Leal e Ricardo Lourenço 05h19min de 22 de fevereiro de 2016 (CET) | |||
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Edição atual desde as 21h30min de 21 de abril de 2016
MiguelDuarte | |
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Área(s) de Atuação | Informática Médica |
Entidade(s) Criadora(s) | Mestrado em Informática Médica |
Entidade(s) Gestora(s) | Faculdade de Medicina da Universidade do Porto |
Data de Lançamento | 2016 |
About me
Licenciado em Engenharia de Informática pelo ISEP.
A frequentar Mestrado em Informática Médica na FMUP e FCUP.
Developer no Centro Hospitalar São João, co-responsável pelo desenvolvimento de várias aplicações, móveis e desktop, para uso dos vários grupos profissionais.
Formador de iOS no ISEP com formações desde o iOS 4 até ao iOS 9.
Freelancer como Developer de iOS e Windows Phone.
Amador entusiasta no desenvolvimento de aplicações para domótica e iOT
MiguelDuarte (discussão) 01h30min de 4 de fevereiro de 2016 (CET)