Monitorização Ambulatorial de Pressão Arterial: diferenças entre revisões

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A Monitorização Arterial de Pressão Arterial - MAPA é o método que permite a aferição indireta da pressão arterial de um indivíduo, em um período de 24 horas ou mais, para obtenção do registro da pressão arterial (PA) durante as atividades habituais na vigília e durante o sono. MAPA está se tornando cada vez mais recomendada para a prática clínica de rotina, sendo particularmente útil na avaliação de pacientes com leituras pressóricas variáveis no atendimento ambulatorial ou em pacientes com discrepâncias entre as aferições em domicílio e no consultório. As aferições noturnas da pressão sanguínea podem também oferecer informações prognósticas.
A Monitorização Arterial de Pressão Arterial - MAPA é o método que permite a aferição indireta da pressão arterial de um indivíduo, em um período de 24 horas ou mais, para obtenção do registro da pressão arterial (PA) durante as atividades habituais na vigília e durante o sono. A MAPA está se tornando cada vez mais recomendada para a prática clínica de rotina, sendo particularmente útil na avaliação de pacientes com leituras pressóricas variáveis no atendimento ambulatorial ou em pacientes com discrepâncias entre as aferições em domicílio e no consultório. As aferições noturnas da pressão sanguínea podem também oferecer informações prognósticas.


== Histórico ==
== Histórico ==

Revisão das 21h01min de 19 de novembro de 2015

Definição de MAPA (Monitorização Ambulatorial de Pressão Arterial)


A Monitorização Arterial de Pressão Arterial - MAPA é o método que permite a aferição indireta da pressão arterial de um indivíduo, em um período de 24 horas ou mais, para obtenção do registro da pressão arterial (PA) durante as atividades habituais na vigília e durante o sono. A MAPA está se tornando cada vez mais recomendada para a prática clínica de rotina, sendo particularmente útil na avaliação de pacientes com leituras pressóricas variáveis no atendimento ambulatorial ou em pacientes com discrepâncias entre as aferições em domicílio e no consultório. As aferições noturnas da pressão sanguínea podem também oferecer informações prognósticas.

Histórico


Desde 1890, o exame inicial para o diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica (HAS) baseia-se na aferição casual da PA, em consultório, através do esfigmomanômetro, sendo este método considerado procedimento-padrão para o diagnóstico e seguimento de pacientes hipertensos. Entretanto, encontra-se sujeito a inúmeros erros, tanto por influência do observador e do ambiente, quanto por fornecer um número limitado de leituras para aferir adequadamente os efeitos das ondas de reflexão e para identificar a presença de doença vascular arterial (inclusive podendo superestimar o valor verdadeiro da PA), não apresentando boa reprodutibilidade a longo prazo. À partir de meados de 1960, iniciou-se a realização da monitorização ambulatorial da pressão arterial, entretanto somente nos últimos anos sua grande importância clínica foi demonstrada por possibilitar a obtenção de valores de PA que mais se aproximem da habitual dos indivíduos, com boa reprodutibilidade e por identificar vários fenômenos que não são avaliados por outros métodos.


Vantagens para o uso da MAPA


Em relação à medida casual da PA, a realização da MAPA apresenta alguma vantagens como atenuação do efeito do observador, eliminação do viés de registro, avaliação da PA durante o sono e atividades cotidianas, dentre outras.


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Indicações


A sua realização encontra-se indicada para investigação da hipertensão do avental branco (valores anormais na medida da PA no consultório e valores normais obtidos pela MAPA durante a vigília) e da hipertensão mascarada (pacientes normotensos no consultório com lesões de orgãos-alvo), avaliação da eficácia terapêutica anti-hipertensiva, hipertensão episódica (ex: feocromocitoma), diagnóstico e manejo da hipertensão durante a gravidez, avaliação de sintomas de hipotensão, disfunção autonômica, dentre outras. Algumas entidades de especialistas recomendam o uso da MAPA para confirmação de um novo diagnóstico de hipertensão em pacientes ambulatoriais apresentando medidas pressóricas elevadas. Devido aos custos e inconveniências, outras não recomendam a MAPA para avaliação de pacientes com hipertensão não complicada ou para o rastreamento de hipertensão.

Parâmetros para sua realização


A instalação dos aparelhos deve ser realizada em local apropriado, por pessoal treinado, com equipamentos validados, calibrados e com manguitos adequados à circunferência do braço do paciente, devendo obedecer as normas internacionalmente recomendadas. Devem ser programados para medir a PA no mínimo a cada 30 minutos, de forma que ao final das 24 horas, obtenham-se ao menos, 16 medidas válidas durante a vigília e 8 durante o sono. Habitualmente são programados para obter medidas pressóricas por períodos de 24 a 48 horas, a cada 15 a 20 minutos durante a vigília e a cada 30 a 60 minutos durante o sono. As pressões sanguíneas são registradas pelo dispositivo e as médias pressóricas são computadorizadas. Os percentuais das medidas pressóricas acima do limite superior da normalidade também podem ser calculados.

Limitações


As principais limitações para sua realização encontram-se em pacientes portadores de distúrbios do movimento (parkinsonismo) ou arritmias cardíacas, com braços que não permitam ajustes adequados do manguito ou com valores muito elevados de pressão sistólica. A limitação da disponibilidade inclui fatores como falta de conhecimento da sua utilidade, custo e reembolso. Além disso, o método é ainda uma avaliação em tempo único de fatores variáveis que devem ser seguidos longitudinalmente.

Referências Bibliográficas


. V Diretrizes de Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) e III Diretrizes de Monitorização Residencial da Pressão Arterial (MRPA). Arq. Bras. Cardiol. vol.97 no.3 supl.3 São Paulo, Setembro 2011.[1]

. COSTA, L.S. et al. Interpretação e limitações da MAPA:análise crítica. Revista da SOCERJ, Rio de Janeiro, v.XV, n.4, p.234-240, 2002.

. KAPLAN N. M. & TOWNSEND R. R. Ambulatory and home blood pressure monitoring and white coat hypertension in adults. Oct., 2015. Disponível em <www.uptodate.com/store>. Acesso em: 18 nov. 2015, 12:25.

. WECER M. A., SCHIFFRIN E. L. , WHITE W. BB, et al. Clinical practice guidelines for the management of hypertension in the community a statement by the American Society of Hypertension and the International Society of Hypertension. J Hypertens 2014; 32:3.

. MANCIA G., FAGARD R., NARKIEWICZ K., et al. 2013 ESH/ESC Guidelines for the management of arterial hypertension: the Task Force for the management of arterial hypertension of the European Society of Hypertension (ESH) and of the European Society of Cardiology (ESC). J Hypertens 2013; 31:1281.

. PIPER M. A., EVANS C. V., BURDA B. U., et al. Diagnostic and predictive accuracy of blood pressure screening methods with consideration of rescreening intervals: a systematic review for the U.S. Preventive Services Task Force. Ann Intern Med 2015; 162:192.


--Mariana Neves (discussão) 17h44min de 5 de outubro de 2015 (CEST)--Mariana Neves (discussão) 23h35min de 17 de novembro de 2015 (CET)