Telessaúde: diferenças entre revisões

Fonte: aprendis
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Na literatura, ainda encontramos a citação de outros termos para designar a sua utilização, como por exemplo: e-saúde, cibermedicina, telemedicina, dentre outros (WEN, 2006). E, à medida em que a tecnologia se evolui, são criadas novas terminologias. Contudo, o importante, segundo Bashshur (2002), é entender que a proposta da pesquisa neste campo é apoiar a cura, a prevenção de doenças, a redução de enfermidades e o aumento da qualidade de vida da população.
Na literatura, ainda encontramos a citação de outros termos para designar a sua utilização, como por exemplo: e-saúde, cibermedicina, telemedicina, dentre outros (WEN, 2006). E, à medida em que a tecnologia se evolui, são criadas novas terminologias. Contudo, o importante, segundo Bashshur (2002), é entender que a proposta da pesquisa neste campo é apoiar a cura, a prevenção de doenças, a redução de enfermidades e o aumento da qualidade de vida da população.
=='''Evolução Histórica'''
Não existe um consenso na literatura sobre o início da utilização da telessaúde. Entretanto, desde a criação do telefone os médicos já a utiliza para auxiliar em seus diagnósticos, incluindo uma tentativa de transmissão de imagens radiológicas, na década de 1940. (ZUNDEL, 1996; SEABRA, 2003)
Uma das principais influências para o desenvolvimento da telessaúde foi por volta de 1960, através de um programa espacial da Nasa. Esse programa foi criado para monitorar a saúde de seus astronautas durante o vôo, mostrando que era possível controlar as funções fisiológicas dos astronautas no espaço (ZUNDEL, 1996; WHO, 2010; WEN, 2008 ).
De forma geral, a história da Telemedicina pode ser caracterizada por três grandes períodos, cada um resultante do avanço significativo das tecnologias da informação e comunicação.
O primeiro período foi denominado como a Era das Telecomunicações, que teve um início tímido com o uso da telefonia e alcançou o auge entre os anos 70 e 80, devido à evolução da radiodifusão e da teledifusão, além do barateamento dos equipamentos eletrônicos. Este período foi caracterizado pela dependência da radiodifusão e tecnologias de televisão, com sistemas de comunicação precários. Com exceção de alguns sistemas muito caros, dados de áudio e vídeo não eram completamente integrados. Como o cuidado médico era a única finalidade da Telessaúde, ela era tratada como Telemedicina. (WHO, 2010; TULU and LAXMINARAYAN, 2005)
O segundo período ou Era Digital, ocorreu no início dos anos 80, tendo grande crescimento nos anos 90. Ele se caracterizou pela integração das telecomunicações e dos computadores com transmissão de quantias relativamente altas de informações em largura de banda limitada. Seus principais avanços foram devidos à tecnologia ISDN (Integrated Service Digital Network) que permitia a transmissão de dados em linha telefônica a uma velocidade de até 128Kbps. Com o uso dessa tecnologia foi possível efetuar a transmissão de voz, vídeo e dados, simultaneamente, em uma rede universal a uma velocidade relativamente alta.
A Internet foi o marco do terceiro período. As vantagens de permitir o armazenamento e consultas de informações de áudio, vídeo e texto, através de um meio de comunicação global, menos caro e mais acessível a um maior número de pessoas, atraiu os usuários da Telemedicina. Porém, por causa da sua popularidade, o acesso à internet se tornou frequentemente demorado e sua largura de banda limitada impediu o armazenamento e a transmissão de grandes volumes de dados requeridos para algumas aplicações clínicas e corretos diagnósticos. Tais problemas foram um dos fatores que fomentou a Next Generation Internet - NGI (Internet 2) a investir em pesquisas na área, já que, devido ao aumento da velocidade e qualidade oferecida, ela provê novas possibilidades em Telemedicina.
== '''Referências Bibliográficas''' ==
HADDAD, A. E.; SKELTON-MACEDO, M. C.; SILVA, D. G. Telemedicina e Telessaúde. 2014. Disponível em:  <https://is.uab.unifesp.br/mod/resource/view.php?id=1623>. Acesso em: 02 jun. 2014.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual de Telessaúde para Atenção Básica / Atenção Primária à Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.
WHO - WORLD HEALTH ORGANIZATION. Telemedicine: opportunities and developments  in member states. Global Observatory for eHealth Series. v. 2, 2010. Disponível em:  <http://www.who.int/goe/publications/goe_telemedicine_2010.pdf>.  Acessado em 21 nov. 2013.
BASHSHUR, R. L. Telemedicine and health care. Telemedicine Journal and e-Health. v. 8, n.1, 2002, p. 5-12.
WEN, C. L.Telemedicina e a Telessaúde - Uma abordagem sob a visão de estratégia de saúde apoiada por tecnologia. Informática Pública. v.2, ano 10, 2008. p.7-15.
TULU, B., C. S.; LAXMINARAYAN, S. A taxonomy of telemedicine with respect to applications, infrastructure, delivery tools, type of setting and purpose. In: 38th Annual Hawaii International Conference on System Sciences: HICSS'05, Piscataway. IEEE Computer Society Press, 2005.
KRUPINSKI, E.; NYPAVER, N.; POROPATICH, R.; ELLIS, D. R S. and SAPCI, H. Clinical applications in telemedicine/telehealth. Telemedicine Journal and e-Health, 2002.

Revisão das 02h35min de 24 de novembro de 2015

Conceito:

Telessaúde é um termo utilizado para descrever todas as possíveis variações de serviços de atenção à saúde que utilizam as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs). Esses serviços são realizados por profissionais das diversas áreas da saúde e incluem a assistência, a educação continuada, a pesquisa e as avaliações. (HADDAD et al, 2014; WHO, 2010).

Dessa forma, a Telessaúde engloba a telemedicina, a teleenfermagem, a teleodontologia e as demais áreas da saúde e, conforme a sua aplicação, ela ainda pode ser subdividida em outras áreas específicas.

Na literatura, ainda encontramos a citação de outros termos para designar a sua utilização, como por exemplo: e-saúde, cibermedicina, telemedicina, dentre outros (WEN, 2006). E, à medida em que a tecnologia se evolui, são criadas novas terminologias. Contudo, o importante, segundo Bashshur (2002), é entender que a proposta da pesquisa neste campo é apoiar a cura, a prevenção de doenças, a redução de enfermidades e o aumento da qualidade de vida da população.


==Evolução Histórica

Não existe um consenso na literatura sobre o início da utilização da telessaúde. Entretanto, desde a criação do telefone os médicos já a utiliza para auxiliar em seus diagnósticos, incluindo uma tentativa de transmissão de imagens radiológicas, na década de 1940. (ZUNDEL, 1996; SEABRA, 2003) Uma das principais influências para o desenvolvimento da telessaúde foi por volta de 1960, através de um programa espacial da Nasa. Esse programa foi criado para monitorar a saúde de seus astronautas durante o vôo, mostrando que era possível controlar as funções fisiológicas dos astronautas no espaço (ZUNDEL, 1996; WHO, 2010; WEN, 2008 ).

De forma geral, a história da Telemedicina pode ser caracterizada por três grandes períodos, cada um resultante do avanço significativo das tecnologias da informação e comunicação.

O primeiro período foi denominado como a Era das Telecomunicações, que teve um início tímido com o uso da telefonia e alcançou o auge entre os anos 70 e 80, devido à evolução da radiodifusão e da teledifusão, além do barateamento dos equipamentos eletrônicos. Este período foi caracterizado pela dependência da radiodifusão e tecnologias de televisão, com sistemas de comunicação precários. Com exceção de alguns sistemas muito caros, dados de áudio e vídeo não eram completamente integrados. Como o cuidado médico era a única finalidade da Telessaúde, ela era tratada como Telemedicina. (WHO, 2010; TULU and LAXMINARAYAN, 2005)

O segundo período ou Era Digital, ocorreu no início dos anos 80, tendo grande crescimento nos anos 90. Ele se caracterizou pela integração das telecomunicações e dos computadores com transmissão de quantias relativamente altas de informações em largura de banda limitada. Seus principais avanços foram devidos à tecnologia ISDN (Integrated Service Digital Network) que permitia a transmissão de dados em linha telefônica a uma velocidade de até 128Kbps. Com o uso dessa tecnologia foi possível efetuar a transmissão de voz, vídeo e dados, simultaneamente, em uma rede universal a uma velocidade relativamente alta.

A Internet foi o marco do terceiro período. As vantagens de permitir o armazenamento e consultas de informações de áudio, vídeo e texto, através de um meio de comunicação global, menos caro e mais acessível a um maior número de pessoas, atraiu os usuários da Telemedicina. Porém, por causa da sua popularidade, o acesso à internet se tornou frequentemente demorado e sua largura de banda limitada impediu o armazenamento e a transmissão de grandes volumes de dados requeridos para algumas aplicações clínicas e corretos diagnósticos. Tais problemas foram um dos fatores que fomentou a Next Generation Internet - NGI (Internet 2) a investir em pesquisas na área, já que, devido ao aumento da velocidade e qualidade oferecida, ela provê novas possibilidades em Telemedicina.

Referências Bibliográficas

HADDAD, A. E.; SKELTON-MACEDO, M. C.; SILVA, D. G. Telemedicina e Telessaúde. 2014. Disponível em: <https://is.uab.unifesp.br/mod/resource/view.php?id=1623>. Acesso em: 02 jun. 2014.

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual de Telessaúde para Atenção Básica / Atenção Primária à Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.

WHO - WORLD HEALTH ORGANIZATION. Telemedicine: opportunities and developments in member states. Global Observatory for eHealth Series. v. 2, 2010. Disponível em: <http://www.who.int/goe/publications/goe_telemedicine_2010.pdf>. Acessado em 21 nov. 2013.

BASHSHUR, R. L. Telemedicine and health care. Telemedicine Journal and e-Health. v. 8, n.1, 2002, p. 5-12. WEN, C. L.Telemedicina e a Telessaúde - Uma abordagem sob a visão de estratégia de saúde apoiada por tecnologia. Informática Pública. v.2, ano 10, 2008. p.7-15.

TULU, B., C. S.; LAXMINARAYAN, S. A taxonomy of telemedicine with respect to applications, infrastructure, delivery tools, type of setting and purpose. In: 38th Annual Hawaii International Conference on System Sciences: HICSS'05, Piscataway. IEEE Computer Society Press, 2005.

KRUPINSKI, E.; NYPAVER, N.; POROPATICH, R.; ELLIS, D. R S. and SAPCI, H. Clinical applications in telemedicine/telehealth. Telemedicine Journal and e-Health, 2002.