Protein Data Bank: diferenças entre revisões
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Revisão das 09h58min de 6 de abril de 2017
Protein Data Bank | |
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Designação | Protein Data Bank |
Sigla | PDB |
Ano de Criação | Final dos anos 60 |
Entidade Criadora | Robert B. Fetter e John Thompson da Universidade de Yale (EUA)) |
Entidade Gestora | |
Versão Atual | All Patient DRG, versão 21 (AP-DRG) |
Área(s) de Aplicação | Classificação de Doentes |
O que é o PDB?
O PDB foi criado em 1972 e, atualmente, constitui um importante reservatório de conhecimento científico. Tal como o seu nome indica, o PDB é um “portfólio” de proteínas. As proteínas são complexos macromoleculares que, a temperatura fisiológica, apresenta um conjunto de estruturas que estão intimamente ligadas à função que estas desempenham [1]. Na sua génese, este portal apenas possuía a estrutura tridimensional acerca de 7 proteínas. Enquanto que, no início, a disponibilização da informação fosse voluntária, constitui nos dias de hoje um pré-requisito para uma possível publicação científica [2]. Atualmente, o volume de informação presente no PDB ultrapassa as 120,000 estruturas macromoleculares, englobando as mais variadas estruturas proteicas, desde ribossomas a vírus, incluído estruturas moleculares que ascende, na sua constituição, aos milhares de átomos [3] , [4].
Que tipo de informação disponibiliza o PDB?
A informação presente no portal PDB encontra-se agrupada em ficheiros PDB. Estes ficheiros são constituídos por três componentes[3]:
1. Informação sobre as condições de obtenção da estrutura tridimensional;
2. Coordenadas de todos os átomos que constituem a estrutura;
3. Fatores estruturais de todos os pontos de difração;
Os ficheiros PDB podem ser exportados em dois formatos. O primeiro, a extensão .cif, permite exportar a informação cristalográfica. A extensão ”.cif” faz a ponte da informação contida nos ficheiros PDB com softwares de visualização de moléculas, como o RasMol. O RasMol é uma ferramenta que permite a visualização de estruturas tridimensionais moleculares[5]. É possível também exportar sob a forma de extensão “.pdb”. Esta extensão consiste num ficheiro texto, com toda a informação acerca da macromolécula, dos autores responsáveis pelo input da informação, das condições de obtenção da estrutura cristalográfica, das coordenadas dos átomos, entre outros parâmetros[3].
Quais os passos que são tomados quando é depositada informação?
Esta base de dados possui um determinado protocolo para os vários passos necessários para criar um ficheiro PDB (deposição, integração, validação e disseminação). Toda a cadeia de processos encontra-se esquematizada na figura 1.
[[Ficheiro: pdb.jpg]
Figura 1. Esquema dos processos que são necessários para a criação de um ficheiro PDB. Adaptado [2]
Como é extraída a informação que compõe os ficheiros PDB?
A grande maioria das contribuições para este portal provêm da difração de raio-x [3] .
A difração por raio-x é uma técnica utilizada na determinação da estrutura das proteínas. Baseia-se na interação entre raios-x monocromáticos e a amostra proteica. O padrão da radiação difratada permite identificar o composto, pois cada composto tem um padrão único, como se tratasse de uma impressão digital da proteína A ressonância magnética nuclear (NMR) é também uma técnica muito importante na produção de ficheiros PDB Esta técnica consiste na interação entre os vários momentos magnéticos de um núcleo com os vários átomos em seu redor e o campo magnético produzido por estes [6] [3] [7]
Data Mining e o PDB
O PDB tem sido cada vez mais utilizado para data mining de modelos estruturais. Enquanto que numa primeira fase, o PDB suscitava maior interesse na área da cristalografia e a sua informação era mais direccionada para essa mesma área (com maior enfâse na descrição do tipo de folding e motivos estruturais), posteriormente, a procura por novos compostos por parte da área farmacêutica transformou este portal num depósito de estruturas biológica [3].
Referências
- ↑ 1,0 1,1 V. M. Burger, D. O. Nolasco, and C. M. Stultz, “Expanding the Range of Protein Function at the Far End of the Order-Structure Continuum.,” J. Biol. Chem., vol. 291, no. 13, pp. 6706–13, Mar. 2016.
- ↑ 2,0 2,1 2,2 H. M. Berman, S. K. Burley, G. J. Kleywegt, J. L. Markley, H. Nakamura, and S. Velankar, “The archiving and dissemination of biological structure data,” Curr. Opin. Struct. Biol., vol. 40, pp. 17–22, 2016.
- ↑ 3,0 3,1 3,2 3,3 3,4 3,5 3,6 D. Coles, “The Young Person’s Guide to the Data,” pp. 242–249, 1968.
- ↑ 4,0 4,1 RCSB Protein Data Bank - RCSB PDB.” [Online]. Available: http://www.rcsb.org/pdb/home/home.do. [Accessed: 30-Mar-2017].
- ↑ 5,0 5,1 RasMol and OpenRasMol. [Online]. Available: http://www.openrasmol.org/. [Accessed: 30-Mar-2017].
- ↑ 6,0 6,1 V. Mlynárik, “Introduction to nuclear magnetic resonance,” Anal. Biochem., May 2016.
- ↑ 7,0 7,1 A. A. Bunaciu, E. gabriela Udriştioiu, and H. Y. Aboul-Enein, “X-Ray Diffraction: Instrumentation and Applications,” Crit. Rev. Anal. Chem., vol. 45, no. 4, pp. 289–299, Oct. 2015.