Centro Hospitalar Leiria: diferenças entre revisões

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* Hospital Distrital de Pombal (HDP)
* Hospital Distrital de Pombal (HDP)
* Hospital de Alcobaça Bernardino Lopes de Oliveira (HABLO)
* Hospital de Alcobaça Bernardino Lopes de Oliveira (HABLO)
==Organograma==
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=Métodos=
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Revisão das 15h43min de 5 de maio de 2018

Introdução

O Centro Hospitalar de Leiria, EPE (CHL), foi criado pelo Decreto-Lei nº 30/2011, de 2 de março, em funcionamento desde 1 de abril de 2011, constituído por três unidades hospitalares: o Hospital de Santo André (HSA), o Hospital Distrital de Pombal (HDP) e o Hospital de Alcobaça Bernardino Lopes de Oliveira (HABLO). Com a integração redefinida pelo Decreto-Lei nº 116/2013 houve a transferência das competências do Centro Hospitalar do Oeste também ao CHL [1,2]. Abrange uma população da ordem dos 406.217 habitantes, com área de influência dos concelhos e freguesias de Alcobaça, Alvaiázere, Ansião, Batalha, Castanheira de Pêra, Figueiró dos Vinhos, Leiria, Marinha Grande, Nazaré, Ourém, Pedrógão Grande, Pombal, Porto de Mós e Soure [3]. O CHL tem como missão prestar cuidados de saúde de forma diferenciada e com qualidade, utilizando adequadamente todos os recursos humanos e materiais necessários; desenvolver-se segundo parâmetros exigentes de qualidade, economia, eficiência e eficácia, promovendo equilíbrio económico e financeiro ao setor público; assegurar condições de investigação, de formação profissional e as condições relacionadas ao conforto, higiene e segurança para utentes e colaboradores [4]. A assistência hospitalar dispõe dos serviços de Bloco Operatório, Cirurgia Ambulatorial, Consulta Externa, Internamento, Urgência geral/urológica e Equipa de Emergência Médica Intra-Hospitalar (EEMI), Hospital de Dia e Exames Complementares de Diagnóstico e Terapêutica nas seguintes áreas: Anatomia Patológica, Anestesiologia, Cardiologia, Cirurgia geral,   Dermatologia, Dor, Endocrinologia e Nutrição, Estomatologia, Gastrenterologia, Ginecologia, Hematologia Clínica, Imagiologia, ImunoHemoterapia, Imunoalergologia, Medicina Física e Reabilitação,   Medicina Interna, Medicina Intensiva em Neonatologia, Neurologia, Neurocirurgia, Obstetrícia, Oftalmologia, Oncologia Médica, Ortopedia, Otorrinolaringologia, Patologia Clínica, Pediatria, Pneumologia, Psiquiatria, Reumatologia, Sangue e Urologia. A lotação é de 558 camas (448 em Leiria, 56 em Pombal e 54 em Alcobaça), a que acrescem 50 camas da Unidade de Internamento de Doenças de Evolução Prolongada de Psiquiatria [3]. O organograma do CHL envolve o Conselho Consultivo, Fiscal Único e o Conselho de Administração que possui as seguintes outras quatro divisões: Serviço de Auditoria Interna, Comissão de Apoio Técnico e Outros Órgãos, Serviços de Suporte à Prestação de Cuidados, Serviços de Prestação de Cuidados e Serviços de Gestão e Logística [4]. O serviço mais utilizado para o levantamento dos dados obtidos no relatório foi o de Gestão e Logística, mais especificamente, o Serviço de Sistemas de Informação. O objetivo do presente relatório foi agrupar as informações acerca dos Sistemas de Informação em Saúde (SIS) em uso no CHL, comparar os dados encontrados na base do governo com os descritos pelos responsáveis, descrever como foram os passos para identificação e levantamento dos dados essenciais e descrever as funcionalidades dos software que foram possíveis de serem identificados.

Unidades

  • Hospital de Santo André (HSA)
  • Hospital Distrital de Pombal (HDP)
  • Hospital de Alcobaça Bernardino Lopes de Oliveira (HABLO)

Organograma

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Métodos

Foi realizada uma pesquisa no site base do governo que contém os contratos públicos online através do Número de Identificação Fiscal (NIF) do CHL, obtendo assim, os contratos como adjudicantes para esta instituição em específico. A busca resultou em 3220 contratos, sendo estes reduzidos a 32 contratos ligados de forma direta ou indiretamente a software em saúde. Em paralelo, uma pesquisa exploratória foi feita em sites do Sistema Nacional de Saúde (SNS), das instituições associadas e governamentais-legais para reconhecimento e validação dos dados encontrados. Os dados obtidos foram descritos e consolidados no Excel para análise dos software utilizados na prestação de cuidados e por cada especialidade, além daqueles disponíveis como serviços de suporte ao CHL. Na tabela foi descrito o nome de cada fornecedor contratado e dos software identificados com os respectivos valores, data, descrição e número do contrato quando foi possível o levantamento dessas informações. Para a confirmação dos dados e sua validação, foi encaminhado um e-mail, com a tabela supracitada, ao responsável pelo Serviço de Sistemas de Informação do CHL, além de solicitado ao professor o contato pessoal do mesmo.

Resultados

O gestor do Serviço de Sistemas de Informação disponibilizou uma tabela contendo trinta e uma aplicações em uso no Centro Hospitalar de Leiria nas diversas especialidades. Com a análise de cada software e seu fornecedor, uma breve descrição dos mesmos foi feita nessa secção. Todo o levantamento e compilação dos dados do relatório pode ser observado na tabela presente no Anexo I que contém os atuais software em uso no CHL.

A Administração Central do Serviço de Saúde (ACSS) é um Instituto Público, que tem como uma de suas principais ações o fornecimento ao SNS de sistemas adequados de informação e comunicação. É o fornecedor com o maior número de contratos acerca de aplicações em uso no CHL, totalizando sete software: Sistema de Informação Centralizado de Contabilidade (SICC) que possui o objetivo, segundo o Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), de recolher informações contabilísticas e o reporting da informação; Sistema Recursos Humanos e Vencimentos (RHV) utilizado no SNS para gerir recursos humanos e remunerações; Sistema de Informação de Gestão da Lista de Inscritos para Cirurgia (SIGLIC) que contém dados de todos os utentes inscritos no SNS que aguardam a realização de um procedimento cirúrgico; Faturação Hospitalar às Seguradoras (FHS) que é uma plataforma online com objetivo de permitir uma melhor troca de informações entre os serviços do SNS e as seguradoras de saúde; Sistema Integrado de Informação Hospitalar (SONHO) que tem como objetivo principal gerir os dados administrativos dos utentes; SClínico que foi desenvolvido pela SPMS a fim de obter a uniformização dos registos clínicos; WebGDH, uma aplicação voltada para a recolha, codificação e agrupamento em Grupos de Diagnóstico Homogéneos (GDH).

A dotLOGIC® é uma marca no mercado português com soluções voltadas aos sistemas de informação clínica e possui quatro aplicações contratualizadas com o CHL nas especialidades de Gastrenterologia, Cardiologia, Pneumologia e Urologia. A SISBIT- Software Hospitalar Integrado, Lda.- Automatização de Sistemas de Informação, possui dois contratos com o CHL: Sistema Integrado de Gestão Hospitalar (SIGEHP) que substituí o SONHO no CHL e o Subsistema de Serviços Financeiros Hospitalares (SISCONT).

A General Electric (GE) Healthcare Portugal é a fornecedora dos serviços de manutenção e assistência técnica dos Sistemas de Informação instalados no serviço de Imagiologia: o SI em Radiologia (RIS) e o PACS, Picture Archiving and Communication System.

Os seguintes fornecedores contratualizam apenas um software com o CHL: SiSQUAL é a empresa que desenvolve e fornece o Sisqual maxpro™ que permite aos gestores uma visão holística de suas equipas de trabalho; B-Simple- Sistemas de Informações Lda. é a responsável técnica contratual pela manutenção do seu software B-ICU.CARE que é usado para o registo de informação clínica no Serviço de Medicina Intensiva; Glintt - Global Intelligent Technologies, S.A é uma multinacional de tecnologia e consultoria responsável pelo SIBAS e SISLAB do Serviço de Sangue do CHL; InforTUCANO SI é a empresa que desenvolveu e fornece a aplicação CardioBase usada no serviço de Hemodinâmica que está integrado ao StockScan®, uma base de dados de gestão de material; Mobilwave possui a solução DOCbase que é usada na Otorrinolaringologia do CHL para gestão da base de dados de pacientes; software Ekanban da empresa BIQ Health Solutions, é um Modelo Logístico Hospitalar que permite a racionalização e logística do uso de produtos hospitalares; a monitorização de crianças na Pediatria que é efectuada pelo BabyMatch fornecido pela Novalec, que é um sistema de segurança por meio da colocação de etiquetas na mãe e no recém-nascido; Tensator é o fornecedor de um dispensador de senhas utilizado na gestão virtual de filas de espera para pacientes em consulta externa no CHL; AstriMed - Informática e Tecnologia Médica, Lda. possui o software Astraia que é uma base de dados em Ginecologia e Obstetrícia; a empresa RISI desenvolveu o HER+, Health Events & Risks Management, com o objetivo de auxiliar a Gestão do Risco Hospitalar; a aplicação Estereis+ é um SI de Esterilização desenvolvido pela Adminsaúde que visa o apoio aos diversos profissionais no processo de esterilização; a empresa SPECULUM Artigos Médicos, S.A., fornece sob o contrato ao CHL o Omniview para utilização na Obstetrícia permitindo o monitorazção central com análise da Cardiotocografia (CTG); o gatewayBox da empresa SEAMLINK - SEAMLESS ENTERPRISE LINK LDA. que é um sistema de envio de SMS aos utentes para informar agendamento de exames e consultas; Solução de Healthcare Insight da Novabase faz a Integração, dar suporte e acompanha a informação das várias ferramentas de gestão do hospital; a empresa Werfen- Diagnostic Solutions for Life  fornece o sistema Modulab utilizado no Laboratório de Patologia Clínica para a gestão global do local e com suporte ao diagnóstico; Philips IntelliSpace é uma solução de visualização e análise de imagens utilizado no estudo de exames no Serviço de Cardiologia- Hemodinâmica e a Fundação Portugal Telecom Inovação desenvolveu o produto Medigraf que é uma plataforma de telemedicina destinada a ser integrada em organizações de saúde, sendo utilizada na pediatria e integrada com o Hospital Pediátrico de Coimbra.

Discussão

A realização do presente artigo gera diversas discussões e reflexões acerca da dificuldade em aceder às informações necessárias e as divergências encontradas, que podem ser resultado de falta de interoperabilidade, interesses políticos, desactualização nos sites, falta de competência técnica com conhecimento e/ou definições para essa perceção. Em relação a quantidade de software utilizados no CHL discutiu-se a possível dificuldade em formação e RH, qualidade das informações, custo dos aplicativos, disponibilidade da informação, fiabilidade dos dados registrados, usabilidade das aplicações, segurança dos registros, satisfação dos utilizadores, feedback das opiniões e oportunidades [8]. Houve dificuldades em qualificar e quantificar dados de informações de base sobre a instituição pesquisada a partir dos sites BASE, MS, ACSS, SNS e CHL, nos gerando dúvidas sobre as informações contidas. Encontramos inconsistências de dados no site do SNS com os das instituições supra citadas para a pesquisa, como: definições do que é serviço e do que é especialidade, com classificação de especialidade ou subespecialidade não reconhecida dentro da ordem dos médicos de Portugal, especialidade de prestação de cuidados no portal do CHL e não contido no portal SNS; ausência de contratos anexados no site Base, o que dificulta identificar o tipo de serviço contratualizado; falta de padrão do "objeto do contrato" no site Base, o que nos dificulta a compreensão linear de enquadramento da escolha e justificativa para a selecção dos software. Conforme o organograma e fluxograma do CHL, não conseguimos ratificar e/ou retificar informações dos software utilizados em cada departamento com suas funcionalidades nos setores e especialidades. A gestão de contratos, com a complexidade na área de saúde, de novas tecnologias, de novas diretrizes e leis, deixa a reflexão sobre a eficiência e eficácia que influenciam nos processos institucionais. Embora adquirido o conhecimento em sala de aula sobre os sistemas de informação tecnológicos em saúde, a classificação dos tipos de sistemas foi um grande desafio, não requer somente dados e sim conhecimento técnico-científico para a identificação dos mesmos.

Bibliografia

  1. PORTUGAL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, Decreto-Lei n.º 30/2011 de 2 de março. Disponível em: https://dre.pt/application/file/278792, acedido em março 2018.
  2. PORTUGAL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, Decreto-Lei n.º 157/2013 de 12 de novembro. Disponível em: https://dre.pt/application/file/504621, acedido em março 2018.
  3. Portal online do Centro Hospitalar Leiria, SNS. Disponível em: http://www.chleiria.pt/o-hospital/conheca-nos-1/apresentacao-e-historia-4/#, acedido em março 2018.
  4. Portal do Serviço Nacional de Saúde. Disponível em: https://www.sns.gov.pt/entidades-de-saude/centro-hospitalar-leiria-epe/, acedido em março 2018.
  5. PORTUGAL, Ministério da Saúde. Contrato-Programa 2017-2019. Disponível em: http://www.acss.min-saude.pt/wp-content/uploads/2016/10/Contrato-Programa_CH-de-Leiria.pdf, acedido em março 2018.
  6. Ordem dos médicos. Disponível em: https://ordemdosmedicos.pt/especialidades/, acedido em abril de 2018.
  7. Ordem dos médicos. Disponível em: https://ordemdosmedicos.pt/subespecialidades/, acedido em abril de 2018.
  8. MARTO, Vitor. A Gestão da Mudança em Sistemas de Informação: a migração do sistema de gestão de doentes para a aplicação SONHO V2 no Centro Hospitalar de Leiria, EPE. Disponível em: https://iconline.ipleiria.pt/bitstream/10400.8/2698/1/Disserta%C3%A7%C3%A3o%20-%20MGSIM%20-%20Vitor%20Marto.pdf, acedido em abril de 2018.

Anexos

Anexo I

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