Grupo de Diagnóstico Homogéneo: diferenças entre revisões

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Os '''Grupos de Diagnósticos Homogéneos''' permitem a classificação de doentes internados em hospitais de agudos, agrupando-os de acordo com o consumo de recursos. Para que possam pertencer ao mesmo grupo, os doentes devem ter consumos clinicamente coerentes e similares. Isto permite, também, definir operacionalmente os produtos de um hospital, isto é, o conjunto de bens e serviços prestados a cada doente em função das suas necessidades e da sua patologia.
 
 
Cada GDH é classificado com um peso relativo - coeficiente de ponderação que reflete o custo esperado no tratamento de um doente típico desse GDH, expresso em termos relativos face ao custo médio de um doente típico a nível nacional.
 
 
Para fazer o agrupamento são levados em consideração o diagnóstico principal (aquele que se revela ser o responsável pela admissão do doente no hospital), os diagnósticos secundários (todos os restantes diagnósticos associados à condição clínica do doente que podem gerar complicações ou cormobilidades), os procedimentos realizados, a idade e o sexo do doente, o destino após alta (''transferido'', ''saído contra parecer médico'', ''falecido'') e, no caso de o doente ser um recém-nascido, o peso à nascença.
 
 
<!-- A principal característica que distingue os GDH dos demais sistemas de classificação de doentes agudos é o facto de ter sido o primeiro sistema de classificação de doentes a permitir a medição e definição do casemix de um hospital a ser utilizado para a gestão clínica e hospitalar e como base do financiamento hospitalar. Embora criado originalmente nos E.U.A., os conceitos base foram adaptados e desenvolvidos em inúmeros outros países, constituindo-se como suporte quer do financiamento quer da análise da produção hospitalar. Países como a Alemanha, França, Reino Unido, Países Escandinavos, Austrália ou Canadá desenvolveram sistemas de classificação de doentes cuja génese deriva dos GDH criados originalmente em 1983 nos EUA, criando para o efeito algoritmos e agrupadores de episódios próprios.
 
Portugal optou sempre pela adopção do agrupador existente nos E.U.A. O agrupador actualmente em vigor é o All Patient DRG, versão 21 (AP-DRG), introduzido através da publicação da Portaria nº 567/2006 de 12 de Junho. Faz parte da família de agrupadores de GDH, tendo sido utilizado originalmente em 1988 no estado de Nova Iorque. Foi desenvolvido na sequência do alargamento naquele estado do pagamento prospectivo por GDH a todos os pacientes dos hospitais de agudos (e não só aos beneficiários do Medicare, ie, doentes com 65 anos ou mais), e da necessidade de existir um agrupador que reflectisse as características deste tipo de doentes. Desenvolvido a partir do agrupador original da Medicare, o AP DRG veio introduzir alterações significativas ao nível da obstetrícia, recém-nascidos, transplantes, queimaduras e doentes com VIH. Por esta razão, conclui-se que seria mais adequado ao espectro de doentes internados nos hospitais do SNS.
 
Existem outros tipos de agrupadores de GDH, nomeadamente o All Patient Refined DRG (APR-DRG), que possibilita o agrupamento de doentes tendo em conta 4 graus de severidade da doença e 4 graus de risco de mortalidade.
 
Paralelamente, existem outros sistemas de classificação e agrupamento de doentes internados em hospitais de agudos. São exemplo disso o Disease Staging, os MedisGroups ou o Acute Physiology and Chronic Health Evaluation (APACHE), entre outros.
 
Fonte: http://www.acss.min-saude.pt/%C3%81reaseUnidades/DepartamentoGest%C3%A3oeFinanciamentoPrestSa%C3%BAde/SClassifica%C3%A7%C3%A3oDoentes/GruposdeDiagn%C3%B3sticosHomog%C3%A9neos/tabid/460/language/pt-PT/Default.aspx -->
 
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Revisão das 16h57min de 28 de abril de 2016

Grupo de Diagnóstico Homogéneo
Sigla GDH
Aplicações Classificação de doentes, Classificação operacional de recursos hospitalares, Orçamentação, Financiamento
Conceitos relacionados

Os Grupos de Diagnósticos Homogéneos permitem a classificação de doentes internados em hospitais de agudos, agrupando-os de acordo com o consumo de recursos. Para que possam pertencer ao mesmo grupo, os doentes devem ter consumos clinicamente coerentes e similares. Isto permite, também, definir operacionalmente os produtos de um hospital, isto é, o conjunto de bens e serviços prestados a cada doente em função das suas necessidades e da sua patologia.


Cada GDH é classificado com um peso relativo - coeficiente de ponderação que reflete o custo esperado no tratamento de um doente típico desse GDH, expresso em termos relativos face ao custo médio de um doente típico a nível nacional.


Para fazer o agrupamento são levados em consideração o diagnóstico principal (aquele que se revela ser o responsável pela admissão do doente no hospital), os diagnósticos secundários (todos os restantes diagnósticos associados à condição clínica do doente que podem gerar complicações ou cormobilidades), os procedimentos realizados, a idade e o sexo do doente, o destino após alta (transferido, saído contra parecer médico, falecido) e, no caso de o doente ser um recém-nascido, o peso à nascença.