Serão todos os exames radiológicos pedidos posteriormente acedidos pelos médicos? Análise de registos de um Sistema de Informação Radiológico: diferenças entre revisões
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Edição atual desde as 16h26min de 31 de maio de 2016
Serão todos os exames radiológicos pedidos posteriormente acedidos pelos médicos? Análise de registos de um Sistema de Informação Radiológico | |
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Autor | Leila Janina Rodrigues Pereira |
Orientador | Pedro Pereira Rodrigues |
Co-Orientador | Isabel Maria Ramos |
Data de Entrega | 2011/10 |
URL | http://hdl.handle.net/10216/62197 |
Palavras-chave | Exames radiológicos, Imagem médica, Estudo observacional, Logs, Sistema de Informação de Radiologia, PACS |
Ao longo dos anos, diferentes especialidades médicas tornaram-se cada vez mais dependentes das imagens e dos seus relatórios, para auxílio no diagnóstico e terapêuticas dos pacientes. A importância destas técnicas justifica, que quem as utilize, como prescritor, tenha um conhecimento aprofundado das capacidades e limitações de cada uma delas. Só assim poderá potenciar o custo/benefício destas.
O objectivo deste estudo é verificar, no que respeita aos exames radiológicos requisitados, se os médicos consultam os mesmos e quanto tempo o demoram a fazer.
Foi realizado um estudo observacional descritivo num Hospital Universitário, onde foram recolhidos dados e auditorias de “logs” de um Sistema Informático de Radiologia, durante o período de 2 meses. Os dados e os “logs” foram analisados tendo em conta a proveniência hospitalar e a presença ou ausência de relatório. Após todo o processo de recolha e cálculo das variáveis foi possível observar proporções de exames pedidos e visualizados e também tempos medianos de visualização após pedidos, execuções e validações.
Tendo em conta o período de recolha de dados (2 meses) e a ausência de “logs” do Sistema de Arquivo e Comunicação de Imagens (PACS), nos resultados destacaram-se os exames provenientes da consulta com relatório, com apenas 44,4% de exames visualizados. Nos exames de internamento com relatório ocorre a maior quantidade de visualizações (86,7%), cujos tempos de visualização rondam as 3 horas. Os exames urgentes sem relatório possuem tempos de visualização reduzidos (1 hora e 10 minutos) e uma percentagem de visualizações de 53,4%. As diferentes características dos exames, segundo as diversas áreas de proveniência hospitalar são confirmadas pelas curvas de “sobrevivência”.
Numa análise geral, a visualização dos exames por parte dos médicos ocorre em proporções reduzidas, destacando-se os exames de internamento com relatório, onde se verifica uma utilização significativa de recursos desnecessários.
Por outro lado, os tempos das visualizações parecem ser ajustados à realidade hospitalar, obtendo-se intervalos de tempo que se coadunam com as diferentes áreas de proveniência hospitalar.
O conteúdo da amostra de difícil compreensão, associado à inexistência de “logs” do Sistema de Arquivo e Comunicação de Imagens, foram sem dúvida as maiores limitações, podendo constituir um possível viés nos resultados. É preciso combater gastos desnecessários, baseados em más rotinas e práticas médicas diárias. Assim, recomenda-se que, para a utilização plena dos resultados de diagnóstico por imagem, os médicos requisitem os exames estritamente necessários e os visualizem logo de seguida.