Poderá a telemonitorização domiciliária reduzir os custos da insuficiência cardíaca para o Sistema Nacional de Saúde Português?: diferenças entre revisões

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Edição atual desde as 15h42min de 6 de setembro de 2016

Poderá a telemonitorização domiciliária reduzir os custos da insuficiência cardíaca para o Sistema Nacional de Saúde Português?
Autor Alice Maia da Miranda
Orientador Pedro Miguel Alves Brandão
Co-Orientador Luísa Cunha
Data de Entrega 2012/10
URL http://hdl.handle.net/10216/71869
Palavras-chave Insuficiência cardíaca, Telemonitorização domiciliária, Internamentos, Custos
Resumo

A insuficiência cardíaca (IC) é um grave problema de saúde pública, caraterizado por elevadas taxas de incidência e prevalência a nível mundial, responsáveis pelo aumento das taxas de internamento e de reinternamento bem como da taxa de mortalidade. Com as elevadas taxas de internamento e de reinternamento surgem os elevados custos para os sistemas/subsistemas de saúde. A telemonitorização domiciliária (TMD) poderá ajudar não só o doente com IC mas também os sistemas de saúde a combater as elevadas taxas de internamento/reinternamento e, consequentemente, os elevados custos.


O presente trabalho tem como objetivo principal demonstrar o potencial da TMD na redução de custos para o Sistema Nacional de Saúde (SNS) português com a IC, intervindo na redução das taxas de internamento/reinternamento por descompensação dessa patologia.


O estudo consistirá na comparação dos custos de todos os internamentos ocorridos no ano 2010 no Hospital Pedro Hispano (HPH), pelo motivo principal de IC agudizada, com o preço de implementação e utilização de um sistema de TMD a aplicar a esses mesmos doentes. Utilizar-se-ão os estudos já realizados no âmbito da TMD na IC como fundamentação da sua capacidade para reduzir as elevadas taxas de internamento associadas à IC. Será também apresentado um protocolo de implementação e utilização da TMD na IC que visa mostrar quem beneficiará com a TMD e qual a melhor atuação na prevenção de situações de descompensação da IC. Para além do cálculo do custo de internamento, considera-se interessante analisar o conjunto de comorbilidades que os indivíduos da amostra apresentam e a sua comparação com o que se encontra descrito na literatura de referência.


Os estudos de referência defendem o potencial da TMD para reduzir a taxa de internamento associada à IC crónica entre 1,68% e 68,3%. O custo de cada internamento foi calculado de acordo com o método de faturação aplicado no SNS, ou seja, faturação por Grupo de Diagnóstico Homogéneo. O custo total dos 410 internamentos ocorridos no HPH em 2010 foi de €1.421.084,48. Segundo os orçamentos fornecidos por duas empresas que comercializam este produto em Portugal, o custo anual de implementação e utilização da TMD pelos 322 doentes poderá variar entre €966.386,40 (ISA-Intellicare) e €1.010.420,4 (TCare).


Os custos obtidos para a implementação e utilização da TMD em doentes com IC crónica mostraram ser inferiores ao custo dos internamentos por agudização dessa patologia. Os estudos de referência apontam para a potencial capacidade da TMD em reduzir as taxas de internamento. A aquisição de qualquer produto pressupõe a amortização do seu custo num determinado período de tempo. A amortização do valor despendido com a TMD através do método de quotas constantes seria conseguida com uma redução nas taxas de internamento de 9,41% por ano, durante 3 anos. Atendendo a que o resultado observado com maior frequência nos estudos de referência foi uma redução da taxa de internamento de 21%, isto é superior a 9,41%, acredita-se que o SNS poderá gastar menos com a IC crónica através da TMD.