Computação Ubíqua: diferenças entre revisões
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<p align="justify">A Computação Ubíqua utiliza a rede ''wireless'' com o propósito de interligar os diferentes dispositivos (Figura 1) presentes no nosso ambiente para que a informação e a comunicação sejam acedidas sem qualquer esforço, em qualquer lugar e sem ser necessário um suporte material. Assim, os dispositivos que se encontram interligados estão disponíveis de uma forma constante para que a informação recolhida seja utilizada por qualquer pessoa de forma inata e natural ou seja, quando esta quiser, onde quiser e para o propósito que quiser. <ref name="um" /><ref name="tres" /><ref name="sete">https://www.youtube.com/watch?v=X-GXO_urMow</ref></p> | <p align="justify">A Computação Ubíqua utiliza a rede ''wireless'' com o propósito de interligar os diferentes dispositivos (Figura 1) presentes no nosso ambiente para que a informação e a comunicação sejam acedidas sem qualquer esforço, em qualquer lugar e sem ser necessário um suporte material. Assim, os dispositivos que se encontram interligados estão disponíveis de uma forma constante para que a informação recolhida seja utilizada por qualquer pessoa de forma inata e natural ou seja, quando esta quiser, onde quiser e para o propósito que quiser. <ref name="um" /><ref name="tres" /><ref name="sete">https://www.youtube.com/watch?v=X-GXO_urMow</ref></p> | ||
<p align="justify">Torna-se necessário salientar que para conseguir implementar este tipo de computação de forma correta, os três princípios da Computação Ubíqua devem ser contemplados. O primeiro é a <b>Diversidade</b> que tem como base a seleção dos dispositivos mais específicos para a realização de uma determinada tarefa. No entanto, atualmente os dispositivos possuem uma integração bastante generalizada, não havendo capacidades específicas. Desta forma, o primeiro princípio defende que os sistemas devem ser autónomos na escolha do dispositivo que se adequa melhor à tarefa pretendida. A <b>Descentralização</b> é o segundo principio a ter em conta. Este defende que não existe um servidor central, mas sim vários servidores suficientemente robustos e flexíveis com a capacidade de sincronizar diferentes dispositivos. Assim, os dispositivos comunicam entre si, sincronizando as informações necessárias. Por fim, no terceiro principio, a <b>Conetividade</b>, está expressa a necessidade do usuário se manter conectado de forma constante. Para tal, a comunicação entre os dispositivos deve ser padronizada através da utilização de diferentes redes heterogéneas de curta, média e longa distância. | |||
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Revisão das 14h40min de 26 de maio de 2017
A Computação Ubíqua (também conhecida por Computação Pervasiva [1]) foi primeiramente assim denominada pelo cientista Mark Weiser em 1988. [2]
Como o seu próprio nome indica, consiste na omnipresença da tecnologia no nosso quotidiano, interligando assim o fator humano com as tecnologias e o ambiente. [3]
"(...)A less-traveled path I call the "invisible": its highest ideal is to make a computer so imbedded, so fitting, so natural, that we use it without even thinking about it. (I have also called this notion "ubiquitous computing", (...))" [4]
- Mark Weiser
Definição e Objetivo
A Computação Ubíqua utiliza a rede wireless com o propósito de interligar os diferentes dispositivos (Figura 1) presentes no nosso ambiente para que a informação e a comunicação sejam acedidas sem qualquer esforço, em qualquer lugar e sem ser necessário um suporte material. Assim, os dispositivos que se encontram interligados estão disponíveis de uma forma constante para que a informação recolhida seja utilizada por qualquer pessoa de forma inata e natural ou seja, quando esta quiser, onde quiser e para o propósito que quiser. [1][3][6]
Torna-se necessário salientar que para conseguir implementar este tipo de computação de forma correta, os três princípios da Computação Ubíqua devem ser contemplados. O primeiro é a Diversidade que tem como base a seleção dos dispositivos mais específicos para a realização de uma determinada tarefa. No entanto, atualmente os dispositivos possuem uma integração bastante generalizada, não havendo capacidades específicas. Desta forma, o primeiro princípio defende que os sistemas devem ser autónomos na escolha do dispositivo que se adequa melhor à tarefa pretendida. A Descentralização é o segundo principio a ter em conta. Este defende que não existe um servidor central, mas sim vários servidores suficientemente robustos e flexíveis com a capacidade de sincronizar diferentes dispositivos. Assim, os dispositivos comunicam entre si, sincronizando as informações necessárias. Por fim, no terceiro principio, a Conetividade, está expressa a necessidade do usuário se manter conectado de forma constante. Para tal, a comunicação entre os dispositivos deve ser padronizada através da utilização de diferentes redes heterogéneas de curta, média e longa distância.
Características
Após a definição do conceito, é necessário apresentar as principais características deste tipo de computação: [1][3]
- O fator principal é o humano e não a computação/tecnologia;
- Inserção no meio ambiente;
- Utiliza recursos tanto locais como globais, visíveis e invisíveis assim como sociais e públicos;
- Aquisição e dissipação de informação e comunicação em tempo real;
- Dispositivos eletrónicos globalmente interligados e constantemente disponíveis;
- A relação computação-pessoa não é unipessoal, ou seja, é considerada uma relação entre vários dispositivos e várias pessoas, ao mesmo tempo;
- Tecnologia wireless e grandes avanços tecnológicos.
Distinção entre Realidade Virtual e Computação Ubíqua
Por vezes, a Computação Ubíqua é confundida com a Realidade Virtual. No entanto, a Computação Ubíqua não pressupõe a necessidade de um suporte material para que a informação seja acedida visto que é possível fazê-lo em qualquer lugar e compreende a conexão de todos os dispositivos através de redes wireless.[7]
Por outro lado, a Realidade Virtual é uma simulação de uma realidade não existente, o que contrapõe a Computação Ubíqua visto que esta integra informação e comunicação num mundo físico e quotidiano. [7]
Em suma, a Computação Ubíqua transmite ao seu utilizador a sensação de que é este que efetua o que deseja e não que apenas efetua um comando a um computador, dado que a tecnologia está omnipresente. [7]
Vantagens vs Desvantagens
Vantagens | Desvantagens |
---|---|
Rápido e Eficiente | Elevados custos de implementação e manutenção |
Acesso oportuno a informação relevante à população | Segurança – possíveis ataques informáticos |
Maior facilidade em tarefas do quotidiano | Elevada complexidade – vários dispositivos interligados com tarefas específicas e complexas |
Aplicações da Computação Ubíqua
A Computação Ubíqua é uma área em constante evolução e, como tal, as suas aplicações são inúmeras e abrangem diversas áreas. De seguida, são apresentados alguns exemplos de aplicações deste tipo de computação.
Saúde
A Computação Ubíqua, na área da Saúde, é encarada como um complemento aos Sistemas de Informação em Saúde permitindo o fácil acesso a informação médica através de meios não convencionais ou o apoio à comunicação entre os diferentes agentes envolvidos. Desta forma, este tipo de computação abrange diferentes tipos de serviços e dispositivos com o objetivo de tornar a terapêutica do doente ainda mais personalizada sem a necessidade de este se encontrar inserido num ambiente clínico. [8][9] Assim, torna-se importante destacar as seguintes aplicações da Computação Ubíqua na Saúde:
- Monitorização de dados estatísticos através de computadores remotos; [10]
- Dispositivos implantáveis inteligentes; [10][11]
- Localizar os profissionais de saúde nas diferentes áreas da unidade hospitalar; [12]
- Telemedicina, destacando a Telecirurgia; [9]
- Dispositivos de monitorização dos pacientes com capacidade de coletar e armazenar os dados e enviá-los de forma autónoma ao profissional de saúde; [9]
- Potencializar o acesso aos registos clínicos do paciente em situações de emergência; [9]
- Desenvolvimento de sistemas capazes de processar uma alta gama de telemetria de instrumentos utilizados em contexto cirúrgico com o intuito de melhorar a capacidade humana de detetar padrões que possam requerer uma ação imediata. [9]
Outras áreas
- Mecânica
- Veículos que estacionam sem o auxílio do condutor;
- Veículos inteligentes que encontram estacionamentos livres. [10]
- Têxtil
- Desenvolvimento de roupas inteligentes; [10]
- Possibilidade de experimentar peças de roupa de forma virtual, sem ser necessário que a pessoa o faça fisicamente. [6]
- Imobiliário
- Casas informatizadas - ajuste das diversas variáveis conforme as necessidades dos seus moradores: iluminação automática, monitorização de pessoas dependentes e/ou acamadas, controlo dos produtos alimentares através da sua data de validade, acionar ou desligar os diferentes aparelhos eletrónicos, entre outros. [6][11]
- Militar
- Recolha de informação, de uma forma antecipada, quanto a possíveis ameaças externas; [11]
- Desenvolvimento de novos sistema de armas. [11]
Referências Bibliográficas
- ↑ 1,0 1,1 1,2 https://www.techopedia.com/definition/22702/ubiquitous-computing
- ↑ http://www.ubiq.com/weiser/UbiHome.html
- ↑ 3,0 3,1 3,2 http://www.ics.uci.edu/faculty/area/area_ubi.php
- ↑ http://internetofthingsagenda.techtarget.com/definition/pervasive-computing-ubiquitous-computing
- ↑ http://www.estudopratico.com.br/computacao-ubiqua-a-informatica-no-cotidiano-das-pessoas/
- ↑ 6,0 6,1 6,2 https://www.youtube.com/watch?v=X-GXO_urMow
- ↑ 7,0 7,1 7,2 http://www.ubiq.com/hypertext/weiser/UbiCompHotTopics.html
- ↑ http://www.idi.ntnu.no/research/doctor_theses/yngveda.pdf
- ↑ 9,0 9,1 9,2 9,3 9,4 https://www.computer.org/csdl/mags/pc/2007/01/b1017.pdf
- ↑ 10,0 10,1 10,2 10,3 https://www.slideshare.net/seenoevil47/ubiquitous-computing-presentation-1?next_slideshow=1
- ↑ 11,0 11,1 11,2 11,3 http://www.academia.edu/2579314/Ubiquitous_Computing_Applications_Challenges_and_Future_Trends
- ↑ http://web.cs.wpi.edu/~emmanuel/courses/cs525m/S11/slides/ubiquitous_apps_wk2.pdf