Structured Query Language
Structured Query Language | |
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Sigla | SQL |
Aplicações | Armazenar, consultar, alterar informação de uma base de dados |
Conceitos relacionados | Bases de Dados, Manipulação de Dados |
Structured Query Language, usualmente conhecido por SQL, é uma linguagem para criar e manipular bases de dados relacionais. [1] De um modo simples, uma empresa precisa de guardar e consultar informação. Por exemplo, um banco precisa de guardar informação relativamente aos utilizadores, ao valor existente nas contas, às transações efetuadas, etc. Para efetuar essas ações são utilizadas bases de dados que fornecem funcionalidades para adicionar, modificar e consultar de forma a obter resultados através de 'Querys' (pedidos à base de dados) em SQL.
Introdução
A sigla SQL denomina Structured Query Language ou, em português, Linguagem de Consulta Estruturada é uma linguagem para interação com Bases de Dados Relacionais. Não constitui uma linguagem completa para o desenvolvimento de aplicações sendo a sua principal função a de suportar a definição, manipulação e controlo dos dados numa base de dados [1]. É uma linguagem de alto nível pois, apenas se tem que dizer ao sistema o que fazer e não como, nem onde o tem de realizar.
Base de Dados
De uma forma muito simplista, pode-se afirmar que uma base de dados consiste numa coleção de dados estruturados, organizados e armazenados de forma persistente sendo que é necessário que os dados tenham algum tipo de significado e organização [2].
O Sistema Gestor de Bases de Dados (SGBD) é uma aplicação informática que fornece a interface entre os dados que são armazenados fisicamente na base de dados e o utilizador. É o SGBD que vai fornecer o conjunto completo de serviços para acesso à informação da base de dados utilizando, para isso, uma linguagem que permita a realização dessas operações: o SQL [3].
Nem todos os sistemas que gerem as bases de dados usam a linguagem SQL. No entanto, o SQL é usado na grande maioria dos sistemas atualmente disponíveis e naqueles que adotam o modelo relacional [2]. Este modelo, de uma forma resumida, baseia-se no princípio em que todos os dados estão guardados em tabelas tendo em conta as relações entre os atributos. Toda a sua definição é teórica e baseada na lógica de predicados e na teoria dos conjuntos cobrindo os três aspetos que qualquer SGBD deveria cobrir relativamente aos dados: estrutura, integridade e manipulação [1] [2] [3].
Para descrever os dados e as suas estruturas numa base de dados relacional usam-se os seguintes termos/conceitos (Fig. 1) [1] [4]:
- Tabela (ou Relação): Conjunto de linhas do mesmo tipo, onde não existem linhas repetidas nem significado na ordem das linhas da tabela.
- Coluna (ou Atributo): Identificada por um nome e com um único valor por linha sendo que é constituída por um conjunto de dados do mesmo tipo.
- Linha (ou Tuplo): Conjunto de valores válidos, tal que cada linha tem um valor para cada coluna, e onde todas as linhas de uma tabela têm as mesmas colunas.
- Campo: Correspondem a uma informação de uma tabela. Os campos devem ser designados como um determinado tipo de dados, seja texto, data ou hora, número,…
- Chave Primária (PK): É a identificação de uma ou várias colunas de uma tabela. O valor da chave primária identifica unicamente uma linha de uma tabela.
- Chave Estrangeira (FK): É uma ou mais colunas na tabela tal que os seus valores são valores da chave primária de outra.
Após o entendimento dos conceitos principais de uma base de dados, é agora possível a compreensão das operações que podem ser realizadas com recurso a SQL.
De seguida, é possível observar três tabelas que representam uma entidade/pessoa e servem para armazenar informação. A tabela Médico guarda informação como: o código (chave primária), o nome, a idade, a especialidade e a sua cidade. A tabela Paciente tem o número de utente, o nome, a idade, a cidade e a doença pela qual se deslocou ao hospital. Já na tabela Consulta pode-se visualizar a relação existente entre estas duas entidades: o Médico e o Paciente tendo, como chaves estrangeiras o código do médico e o número do paciente. Além disso, contêm ainda a data e hora da consulta, a sala onde se realizou e a doença diagnosticada ao paciente.
Código | Nome | Idade | Especialidade | Cidade |
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12687871 | Alberto Caiero | 36 | Ortopedia | Braga |
14372844 | Bernardo Soares | 36 | Oncologia | Lisboa |
14429875 | Ricardo Reis | 51 | Cardiologia | Porto |
16918243 | Álvaro de Campos | 48 | Pediatria | Lisboa |
Nº de Utente | Nome | Idade | Cidade |
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15567721 | Joana Aguiar | 12 | Maia |
13221376 | Pedro Santos | 79 | Braga |
12851320 | Inês Silva | 53 | Setúbal |
CodMedico | NumPaciente | Data | Hora | Doença | Sala |
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14429875 | 13221376 | 21/03/2017 | 16:30 | Trombose | B1.154 |
12687871 | 12851320 | 30/01/2017 | 09:45 | Joanete | A3.058 |
16918243 | 15567721 | 22/02/2017 | 18:15 | Gripe | L5.133 |
Referências
- ↑ 1,0 1,1 1,2 1,3 Silva, Libório. SQL Avançado. Lisboa : Editorial Presença, 1998. ISBN 972-23-1306-1
- ↑ 2,0 2,1 2,2 Damas, Luís. SQL. Lousã : FCA - Editora de Informática, 2005. ISBN 978-972-722-443-2
- ↑ 3,0 3,1 Date, C. J. SQL e Teoria Relaciona. Brasil : O'REILLY novatec, 2015. ISBN 978-85-7522-433-5.
- ↑ Michael J. Donahoo, Gregory David Speegle. SQL: Practical Guide for Developers. San Francisco : Morgan Kaufmann Publishers, 2005. ISBN 0-12-220531-6