SINUS
SINUS | |
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Sigla | |
Designação | Sistema de Informação para Unidades de Saúde |
Data de Lançamento | 1996 |
Entidade Criadora | IGIF |
Entidade Gestora | IGIF/ACSS |
Versão Atual | |
Requisitos Técnicos | |
Tipo de Licenciamento | |
Arquitetura | |
Sistema Operativo | |
Especialidade Médica | |
Utilizadores Principais | |
Função | Administração Hospitalar |
Descrição
O SINUS surge como um sistema de informação está orientado para o controlo administrativo nas áreas de consultas, urgências, vacinação gestão/requisição/emissão do cartão de utente e o respetivo registo de contacto dos utentes, identifica cada utente por um número único e é o primeiro sistema a ser utilizado no atendimento do utente. Este sistema foi desenvolvido pelo IGIF, tendo este sido extinto pelo Decreto-Lei n.º 212/2006 de 27 de Outubro que aprovou a Lei Orgânica do Ministério da Saúde, substituído pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS). (1)
Em termos de registo clínico, o SINUS é utilizado nas unidades de cuidados primários e o SONHO utilizado nas unidades Hospitalares, foram implementados com a finalidade de garantir a interligação dos dados e processos clínicos dos pacientes, visando o desenvolvimento de um sistema único, comum a todas unidades hospitalares. Um sistema que permitisse a comunicação entre os centros de saúde e as unidades Hospitalares a partir da rede RIS.
Objectivos
- Melhorar a qualidade da assistência ao doente;
- Eliminar a divisão tradicional entre informática médica e administrativa, através de um sistema comu;
- Acesso rápido ao historial do paciente, com exatidão e atualidade;
Em 2002 o sistema de informação utilizado no SNS, era bastante limitado, logo surgiu a necessidade de desenvolver software com tecnologia web. Este tipo de tecnologia tem vindo a evoluir permitindo aos profissionais de saúde registar dados clínicos, prescrições e outros dados, esta evolução resultou na implementação de sistemas como o SAM (Sistema de apoio ao Médico), SAPE (Sistema de Apoio à Pratica de Enfermagem), bem como o desenvolvimento de outros módulos de apoio. (2)
De acordo com a Direção Geral da Saúde (2010) no sector da saúde existe uma multiplicidade de sistemas de informação formais e informais que recolhem dados. O Registo Nacional de Utentes (RNU), um dos sistemas de informação mais importantes no SNS, contem informação de identificação dos utentes e a caracterização da sua inscrição no SNS, esta informação é atualizada com base na informação registrada nos Centros de Saúde (SINUS).
Módulos presentes no SINUS
- Módulo integrador: garante eficientemente a integração dos diferentes módulos.
- Módulo de registo administrativo de contato (RAC), responsável pelo registo de todos os contatos do utente com o centro de saúde.
- Registam-se todos os atos praticados, durante a intervenção do médico ou enfermeiro no paciente.
- Módulo de consulta: registo de informação sobre consultas evocado a partir do RAC.
- Módulo de vacinação: registo do plano de vacinas e alertas médicas.
- Módulo de urgência/ SAP: registo de todas as consultas urgentes e dados decorrentes da urgência evocado a partir do RAC.
- Modulo do cartão de identificação do utente do SNS, responsável pela requisição e emissão de cartões e controlo do número nacional único atribuído a cada utente.(Antonio & Sandi, 2015)
Ligação na rede RIS
Sistemas de Informação estão interligados a partir da Rede de Informação da Saúde (RIS). A RIS é uma rede privada do Ministério da Saúde que interliga as redes locais dos seus organismos e serviços, gerida pela SPMS. A RIS surgiu a partir da crescente necessidade de troca de informação e tem como objetivo assegurar a interligação, com qualidade, fiabilidade e segurança das instituições de saúde que o pretendam.
Dentro dos principais SI que estão presentes são o SINUS, o Sistema de Gestão de Doentes Hospitalares (SONHO), o RNU, SAM, todos eles sistemas centrais. A definição da estrutura dos Sistemas locais é bastante complicada, já que existem muitos SI, que servem para diferentes atividades e tendo sido alguns destes criados por empresas privadas (tais como o MedicineOne ou o ALERT). Apesar da diversidade de sistemas, estes necessitam de estarem interligados para garantir a sua operacionalidade a 100%, contudo não é o que acontece, pois cada sistema tem diferentes formas de lidar e de comunicar os mesmos processos, dai de toda esta oferta resultar um problema acrescido.
Problemas
O conceito do SINUS aparentemente parece sólido, no sentido que pretende reunir informação sobre os utentes registados nas unidades de saúde, contudo este sistema apresenta um conjunto de fragilidades que têm vindo a tornar-se mais complicadas de solucionar com o passar do tempo.
- Do ponto de vista tecnológico e funcional está obsoleto; (3)
- Inexistência de um data-center que central de toda a informação reunida;
- Dificuldade na implementação de regras que visam a normalização dos dados inseridos e a sua respetiva estruturação;
- Duplicação de dados;
Apesar do SINUS estar ligado na rede RIS, não existe comunicação entres as aplicações do SINUS dos diferentes centros de saúde, ou seja o sistema SINUS apenas reconhece os utentes que estão registados localmente em cada centro de saúde, o que leva a redundância de informação nuns casos e em outros casos a falta da respetiva informação detalhada sobre o processo de um utente. Esta falha afeta não só os dados de registo do utente mas também as restantes informações registadas no SAPE e no SAM.
Ponto de Situação
Para cobrir as necessidades administrativas relativas aos cuidados de Saúde Primários foi desenvolvido o SONHO-CSP, este pretende reunir a informação presente no SAM e SAPE em apenas uma aplicação comum e interligada em todos os prestadores de cuidados de saúde (4). “A obsolescência tecnológica do sistema SINUS, a necessidade de reengenharia de processos e a redução das variadas aplicações administrativas existentes representam três dos principais fatores que levaram à criação de uma nova aplicação.” (5)
No plano estratégico e Operacional para 2016 “Relançamento da reforma Cuidados de Saúde Primários”, o SNS dentro do Registo Nacional de Utentes (RNU) pretende extinguir o SINUS (6).
No conjunto de informação pesquisada sobre o SINUS, é possível denotar a forte utilização deste sistema nas unidades de saúde e a dependência de outros sistemas no SINUS, daí resultando uma questão:
Será assim tão simples extinguir o SINUS? Se sim, porque ainda não foi feito? Se não, por mais quanto tempo vamos ter informação médica a ser perdida graças a um sistema obsoleto, mas presente nos sistemas de informação.
Referências
- [Online] http://portalcodgdh.min-saude.pt/index.php/Instituto_de_Gest%C3%A3o_Inform%C3%A1tica_e_Financeira_do_Minist%C3%A9rio_da_Sa%C3%BAde_(IGIF).
- [Online] http://im.med.up.pt/epr/historia.html.
- [Online] Março de 2016. http://www.algebrica.pt/i_s/bo2/data/upimages/Castanheira-Jornadas.pdf.
- [Online] 3 de 2016. http://www.apdsi.pt/uploads/news/id746/01%20-%20Henrique%20Martins_Presidente%20do%20Conselho%20de%20Administracao%20SPMS%20EPE%20(2).pdf.
- 5. [Online] http://spms.min-saude.pt/product/sonho-csp/.
- [Online] Março de 2016. (https://www.sns.gov.pt/wp-content/uploads/2016/02/Evento_24_Fev_Plano_Operacional_Versao_Portal-01MAR2016.pdf ).
- Antonio, A., & Sandi, A. (2015). A importância dos Sistemas de Informação em Saúde – Estudo de caso na USF CelaSaúde A importância dos Sistemas de Informação em Saúde – Estudo de caso na USF CelaSaúde.