IVCF-20
IVCF-20 | |
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Área(s) de Atuação | Medição da respiração, Exame respiratório, Diagnóstico de distúrbios respiratórios, Avaliação de prognósticos, Monitorização de tratamento de doenças respiratórias |
Entidade(s) Criadora(s) | |
Entidade(s) Gestora(s) | |
Data de Lançamento |
Notas
Classificação Clínico- Funcional do Idoso
A Classificação Clínico- Funcional do Idoso A heterogeneidade entre os indivíduos idosos é marcante e progressiva ao longo do processo de envelhecimento. Envelhecer sem nenhuma doença crônica é mais uma exceção do que a regra (VERAS, 2012). Deste modo, esta é uma informação que não agrega possibilidades de mudança e é por este motivo que foi introduzido um novo indicador de saúde, a capacidade funcional ou funcionalidade global. Saúde no idoso pode ser definida como a capacidade individual de realização das aspirações e da satisfação das necessidades, independentemente da idade e da presença ou não de doenças.Assim, idosos com o mesmo diagnóstico clínico podem ter a capacidade funcional absolutamente distinta um do outro, o que faz com que essa população seja extremamente heterogênea.
O termo FRAGILIDADE é utilizado para representar a presença de redução da reserva homeostática e/ou da capacidade de adaptação às agressões
biopsicossociais e, consequentemente, maior vulnerabilidade ao declínio funcional.
Todavia, o termo fragilidade apresenta várias definições, dificultando sua aplicação na prática clínica.
Para fins de Saúde Pública, utilizamos a definição de fragilidade no idoso e a classificação clínico-funcional sugerida por Moraes (2014).
Quadro: Classificação clínico-funcional dos idosos
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Escala Visual de Fragilidade
Como realizar o exame
- O exame é realizado respirando-se pela boca através de um tubo conectado a um aparelho chamado espirômetro que é capaz de registrar o volume e a velocidade do ar respirado;
- O espirômetro é integrado a um computador que realiza duas tarefas básicas:
- entrada de uma série de dados do aparelho para a memória do computador e,
- processamento numérico como cálculo dos índices espirométricos,
- determinação dos valores previstos a partir de equações de regressão e,
- relatório final de acordo com formato determinado pelo programa.
A qualidade mais importante de um sistema de função pulmonar computadorizado é sua capacidade de realizar medidas exatas, o que implica acurácia dos transdutores e aquisição e leituras corretas pelo software e hardware.
O paciente fica sentado e respira através desse tubo. Como não pode desperdiçar o ar que o paciente está respirando, coloca-se uma presilha de borracha no nariz enquanto o paciente respira pela boca. As etapas são, sendo repetidas no mínimo por 3 vezes:
- Respirar normalmente por algum tempo;
- Encher o peito de ar completamente;
- Assoprar com o máximo de força e rapidez possível até o final;
- Quando o ar acabar, encher o peito novamente;
- Repete as manobras assoprando lentamente;
Após término dessa primeira parte, usa medicamento spray broncodilatador e o teste será repetido novamente após 15-20 minutos.
Essas etapas são aplicadas por pessoal especialmente treinado.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia, a responsabilidade para a realização e interpretação da espirometria é prerrogativa dos pneumologistas.
A garantia da qualidade do exame engloba:
- Treinamento do técnico e avaliação de competências;
- Manutenção preventiva e corretiva do equipamento;
- Manual de procedimentos no laboratório que inclui a indicação e contraindicação do teste, ficha clínica do paciente para avaliação médica, calibração do equipamento antes do teste, preparação do paciente, precauções de segurança, diretrizes para controle de qualidade;
- Diretrizes para realização dos testes;
- Avaliação específica de qualidade, através de precisão e acurácia para evitar erros casuais e sistemáticos. Para isso, é muito importante a calibração diária antes da realização do exame, que envolve a medida do débito do espirômetro, a sensibilidade do aparelho de registro ou a geração de um fator de correção do software - conecta-se uma seringa de 3 litros de volume a porta de entrada do espirômetro e coloca-se a temperatura ambiente do local do exame para realizar corretamente a calibração do aparelho;
- Análise e manutenção dos registros de dados.
Interpretação
A espirometria, então, mede os volumes e os fluxos aéreos derivados de manobras inspiratórias e expiratórias máximas forçadas ou lentas. Vários parâmetros podem ser derivados, sendo os mais utilizados na prática clínica os seguintes:
- Capacidade vital (CV): representa o maior volume de ar mobilizado, podendo ser medido tanto na inspiração quanto na expiração;
- Capacidade vital forçada (CVF): representa o volume máximo de ar exalado com esforço máximo, a partir do ponto de máxima inspiração;
- Volume expiratório forçado de primeiro segundo (VEF1): representa o volume de ar exalado no primeiro segundo durante a manobra de CVF;
- Fluxo expiratório forçado médio (FEF25-75%): representa o fluxo expiratório forçado na faixa intermediária da CVF, isto é, entre 25 e 75% da curva de CVF;
- Relação VEF1/CV ou relação VEF1/CVF: razão entre o volume expiratório forçado de primeiro segundo (VEF1) e capacidade vital - muito importante para distinguir distúrbio ventilatório obstrutivo do restritivo;
- Pico de fluxo expiratório (PFE): representa o fluxo máximo de ar durante manobra de CVF.
É útil a análise dos dados derivados da manobra expiratória forçada e lenta.
Os resultados espirométricos são expressos em gráficos de volume-tempo e fluxo-volume. É essencial que um registro gráfico acompanhe os valores numéricos obtidos no teste. A morfologia da curva permite identificar o tipo de distúrbio ventilatório, amputações de fluxos expiratório ou inspiratório e resposta ao broncodilatador.
Existem vários critérios para aceitação dessas curvas:
- Início do teste abrupto;
- Volume retroextrapolado menor que 5% da CVF ou 150ml (considera a medida de maior valor);
- Variabilidade entre os PFE das manobras menor que 10% ou 0,5L (considera a medida de maior valor);
- Duração da expiração forçada de pelo menos 6 segundos, a menos que um platô evidente seja observado na curva volume-tempo.
Além disso, para aceitação final do exame, o seguinte critério de reprodutibilidade deve ser preenchido:
- Dois maiores valores de VEF1 e CVF devem diferir menos de 0,15L.
Finalmente, para interpretar um teste, deve-se ter uma boa qualidade, graduado como A, que representa pelo menos duas manobras aceitáveis e duas reprodutíveis. Os valores obtidos são comparados a valores previstos adequados para a população avaliada.
A interpretação da espirometria deve ser feita correlacionando dados clínicos, epidemiológicos e radiológicos.
A mesma pode ser classificada em:
- Índices espirométricos dentro dos limites de normalidade;
- Distúrbio ventilatório obstrutivo;
- Distúrbio ventilatório restritivo;
- Distúrbio ventilatório combinado (obstrutivo-restritivo);
- Distúrbio ventilatório inespecífico.
Além disso, acrescentar se houve variação significativa de fluxo e volume (VEF1 e/ou CVF/CV lenta) após broncodilatador no momento do teste.
Referências Bibliográficas
- Pereira CAC, Neder JA. Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT). Diretrizes para Testes de Função Pulmonar. J Pneumol. 2002; 28(Supl. 3): 1-82.
- Pellegrino R, Viegi G, Brusasco V, et al. Interpretative strategies for lung function tests. Eur Respir J. 2005; 26(5): 948-6.