DashBoards (Contexto em Saúde): diferenças entre revisões

Fonte: aprendis
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A eficácia de um dashboard depende tanto da qualidade dos dados apresentados como da clareza e usabilidade da interface. O seu design deve permitir uma leitura intuitiva, rápida e orientada à ação.
A eficácia de um dashboard depende tanto da qualidade dos dados apresentados como da clareza e usabilidade da interface. O seu design deve permitir uma leitura intuitiva, rápida e orientada à ação.
== <span id="Importância_no_Contexto_Clínico">Importância no Contexto Clínico</span> ==
Num setor como a saúde, onde as decisões podem ter impacto direto na vida dos doentes, a acessibilidade rápida e clara à informação é fundamental. Os dashboards surgem, neste contexto, como instrumentos que facilitam a leitura e interpretação de dados clínicos e operacionais, apoiando profissionais de saúde, gestores e decisores em todos os níveis do sistema.
A sua usabilidade intuitiva, com gráficos interativos, indicadores visuais e filtros personalizáveis, torna possível transformar conjuntos complexos de dados — muitas vezes dispersos por vários sistemas — em representações compreensíveis e úteis. Ao reduzirem o tempo de acesso à informação relevante, os dashboards contribuem para decisões mais rápidas, fundamentadas e seguras.
No contexto clínico, dashboards bem concebidos possibilitam:
* Acompanhamento em tempo real do estado clínico de um doente (ex.: sinais vitais, resultados laboratoriais, alertas de risco);
* Monitorização de parâmetros de segurança e qualidade, como taxas de infeção hospitalar, tempos de internamento ou eventos adversos;
* Apoio à gestão de doenças crónicas, integrando dados de consultas, exames e dispositivos móveis ou wearables.
No plano institucional, são utilizados para:
* Gerir fluxos assistenciais, otimizar recursos humanos e materiais;
* Analisar indicadores de desempenho assistencial e financeiro;
* Planear estratégias com base em dados reais, promovendo a transparência e a accountability.
Nas Unidades Locais de Saúde (ULS) em Portugal, os dashboards são cada vez mais comuns e integrados em sistemas como o BI-CSP (Business Intelligence – Cuidados de Saúde Primários) ou nos painéis de controlo internos de hospitais, centros de saúde e agrupamentos. Estas plataformas permitem a monitorização diária de indicadores assistenciais e operacionais, promovendo uma cultura de gestão baseada em dados.
Durante a pandemia de COVID-19, o papel dos dashboards foi amplamente reforçado. Foram desenvolvidas plataformas públicas e institucionais que permitiram acompanhar:
* Número de casos confirmados, internamentos e óbitos;
* Ocupação de camas em enfermaria e cuidados intensivos;
* Consumo de equipamentos de proteção individual e testes;
* Evolução da vacinação por faixa etária e região.
Um exemplo marcante foi o dashboard de transparência da SPMS, que ofereceu dados abertos em tempo real sobre a resposta do SNS, contribuindo para a coordenação nacional da pandemia e aumentando a confiança pública.
Este tipo de ferramentas é hoje reconhecido como essencial para uma governação clínica moderna, apoiando a eficiência, a segurança do doente e a melhoria contínua da qualidade dos cuidados de saúde.

Revisão das 14h20min de 30 de junho de 2025

Os dashboards em saúde são ferramentas visuais interativas concebidas para apresentar dados clínicos, administrativos ou operacionais de forma integrada e acessível. Utilizados por profissionais de saúde, gestores hospitalares e autoridades de saúde pública, estes sistemas permitem identificar tendências, antecipar riscos e tomar decisões fundamentadas em tempo útil, ao condensarem grandes volumes de informação em representações gráficas intuitivas. Estes painéis são especialmente úteis em contextos onde a rapidez na análise e interpretação dos dados pode impactar diretamente a qualidade dos cuidados prestados, como na monitorização de surtos epidemiológicos, no acompanhamento de doentes crónicos ou na gestão de recursos hospitalares. Com a crescente digitalização dos sistemas de informação em saúde, os dashboards assumem um papel cada vez mais central na promoção de eficiência, transparência e segurança, tanto a nível clínico como institucional.

O que são Dashboards?

Um dashboard, ou painel de controlo, é uma interface gráfica que permite visualizar e acompanhar, de forma rápida e interativa, um conjunto de dados relevantes para a monitorização de processos, atividades ou sistemas.

No contexto da informática médica, os dashboards desempenham um papel central ao reunir dados clínicos, operacionais e administrativos de múltiplas fontes — como Registos de Saúde Eletrónicos (RSE), sistemas de gestão hospitalar, bases de dados epidemiológicas ou plataformas de recursos humanos. Estes dados são transformados em informação acionável, apresentada de forma clara, com o objetivo de facilitar a tomada de decisões em tempo real por profissionais de saúde, gestores e decisores políticos.

Os principais componentes de um dashboard incluem:

  • Gráficos (de linhas, barras, setores, dispersão, etc.)
  • Tabelas dinâmicas
  • KPIs (Key Performance Indicators) – Indicadores-chave de desempenho
  • Filtros interativos (por data, unidade, patologia, etc.)


Os dashboards podem ser classificados de acordo com o seu objetivo e nível de análise em:

  • Dashboards operacionais – Focados na monitorização em tempo real de atividades diárias, como o número de camas disponíveis, tempos de espera ou fluxo de doentes num serviço de urgência.
  • Dashboards analíticos – Destinados à análise de tendências ou correlações ao longo do tempo, como a evolução de indicadores de desempenho clínico, taxas de infeção hospitalar ou adesão a programas de rastreio.
  • Dashboards estratégicos – Utilizados por gestores e decisores para avaliar o desempenho global da instituição, definir prioridades e apoiar o planeamento a longo prazo.

A eficácia de um dashboard depende tanto da qualidade dos dados apresentados como da clareza e usabilidade da interface. O seu design deve permitir uma leitura intuitiva, rápida e orientada à ação.

Importância no Contexto Clínico

Num setor como a saúde, onde as decisões podem ter impacto direto na vida dos doentes, a acessibilidade rápida e clara à informação é fundamental. Os dashboards surgem, neste contexto, como instrumentos que facilitam a leitura e interpretação de dados clínicos e operacionais, apoiando profissionais de saúde, gestores e decisores em todos os níveis do sistema.

A sua usabilidade intuitiva, com gráficos interativos, indicadores visuais e filtros personalizáveis, torna possível transformar conjuntos complexos de dados — muitas vezes dispersos por vários sistemas — em representações compreensíveis e úteis. Ao reduzirem o tempo de acesso à informação relevante, os dashboards contribuem para decisões mais rápidas, fundamentadas e seguras.

No contexto clínico, dashboards bem concebidos possibilitam:

  • Acompanhamento em tempo real do estado clínico de um doente (ex.: sinais vitais, resultados laboratoriais, alertas de risco);
  • Monitorização de parâmetros de segurança e qualidade, como taxas de infeção hospitalar, tempos de internamento ou eventos adversos;
  • Apoio à gestão de doenças crónicas, integrando dados de consultas, exames e dispositivos móveis ou wearables.

No plano institucional, são utilizados para:

  • Gerir fluxos assistenciais, otimizar recursos humanos e materiais;
  • Analisar indicadores de desempenho assistencial e financeiro;
  • Planear estratégias com base em dados reais, promovendo a transparência e a accountability.

Nas Unidades Locais de Saúde (ULS) em Portugal, os dashboards são cada vez mais comuns e integrados em sistemas como o BI-CSP (Business Intelligence – Cuidados de Saúde Primários) ou nos painéis de controlo internos de hospitais, centros de saúde e agrupamentos. Estas plataformas permitem a monitorização diária de indicadores assistenciais e operacionais, promovendo uma cultura de gestão baseada em dados. Durante a pandemia de COVID-19, o papel dos dashboards foi amplamente reforçado. Foram desenvolvidas plataformas públicas e institucionais que permitiram acompanhar:

  • Número de casos confirmados, internamentos e óbitos;
  • Ocupação de camas em enfermaria e cuidados intensivos;
  • Consumo de equipamentos de proteção individual e testes;
  • Evolução da vacinação por faixa etária e região.

Um exemplo marcante foi o dashboard de transparência da SPMS, que ofereceu dados abertos em tempo real sobre a resposta do SNS, contribuindo para a coordenação nacional da pandemia e aumentando a confiança pública. Este tipo de ferramentas é hoje reconhecido como essencial para uma governação clínica moderna, apoiando a eficiência, a segurança do doente e a melhoria contínua da qualidade dos cuidados de saúde.