OpenMRS: diferenças entre revisões

Fonte: aprendis
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Sem resumo de edição
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==Conclusões da Avaliação/Certificação==
==Conclusões da Avaliação/Certificação==


Da avaliação do sistema opensource openMRS segundo o “Manual de Certificação para Sistemas de Registo eletrónico em Saúde de 2013” da SBIS. A primeira conclusão retirada reside no facto de o manual utilizado nesta avaliação está adaptado à realidade do seu país de origem (Brasil), pelo que seria de extrema importância avaliar este sistema segundo padrões e necessidades Portuguesas. Concluímos portanto, que seria útil criar uma checklist de requisitos semelhante à que consta neste manual, em Portugal.
Da avaliação do sistema opensource openMRS segundo o “Manual de Certificação para Sistemas de Registo eletrónico em Saúde de 2013” da SBIS, este Este sistema cumpre cerca de 61.3% dos requisitos totais analisados.


Pela análise de resultados descrita no capítulo 4, este sistema cumpre cerca de 61.3% dos requisitos totais analisados. Podemos inferir que cumpre sensivelmente mais de metade dos requisitos impostos pela SBIS, contudo estes resultados não podem/devem ser generalizados para outras realidades, quer isto dizer que para uma realidade diferente, suponha-se um país menos desenvolvido tecnologicamente, uma avaliação semelhante à realizada, mas seguindo um manual mais adequado ao país em causa, poder-se-á obter resultados ainda mais positivos. Concluímos desta forma que para estes países o openMRS constitui uma excelente solução e ponto de partida, saliente-se ainda que este é um software com um potencial de evolução tremendo, também pela análise do capítulo 4, cerca de 65.38% dos requisitos de funcionalidades e 66.7% dos requisitos de GED (Gestão Eletrónica de Documentos) são cumpridas, significando que este é um sistema muito flexível, capaz de ser também implementado em países mais desenvolvidos, como é o nosso caso.  
Podemos inferir que cumpre sensivelmente mais de metade dos requisitos impostos pela SBIS, contudo estes resultados não podem/devem ser generalizados para outras realidades, quer isto dizer que para uma realidade diferente, suponha-se um país menos desenvolvido tecnologicamente, uma avaliação semelhante à realizada, mas seguindo um manual mais adequado ao país em causa, poder-se-á obter resultados ainda mais positivos. Concluímos desta forma que para estes países o openMRS constitui uma excelente solução e ponto de partida, saliente-se ainda que este é um software com um potencial de evolução tremendo, também pela análise do capítulo 4, cerca de 65.38% dos requisitos de funcionalidades e 66.7% dos requisitos de GED (Gestão Eletrónica de Documentos) são cumpridas, significando que este é um sistema muito flexível, capaz de ser também implementado em países mais desenvolvidos, como é o nosso caso.  


Note-se que este é um sistema utilizado nos Estados Unidos da América, um dos países mais desenvolvidos a nível mundial, precisamente porque este sistema tem a capacidade de implementar vários módulos personalizados de uma forma relativamente fácil tornando este sistema ainda mais robusto. Um dos aspetos negativos encontrados pela análise reside na segurança, o valor obtido nesta área foi de 58.62% dos requisitos. O facto de ser uma solução open source é uma das principais razões para o surgimento de problemas a este nível, contudo dada a facilidade de implementação/personalização deste sistema, tal como acabou de ser referido, torna-se possível melhorar o openMRS nos requisitos de segurança.
Note-se que este é um sistema utilizado nos Estados Unidos da América, um dos países mais desenvolvidos a nível mundial, precisamente porque este sistema tem a capacidade de implementar vários módulos personalizados de uma forma relativamente fácil tornando este sistema ainda mais robusto. Um dos aspetos negativos encontrados pela análise reside na segurança, o valor obtido nesta área foi de 58.62% dos requisitos. O facto de ser uma solução open source é uma das principais razões para o surgimento de problemas a este nível, contudo dada a facilidade de implementação/personalização deste sistema, tal como acabou de ser referido, torna-se possível melhorar o openMRS nos requisitos de segurança.

Revisão das 22h48min de 7 de julho de 2015

OpenMRS logo
OpenMRS
Sigla OpenMRS
Designação Open Medical Record System
Data de Lançamento 01/02/2006
Entidade Criadora Indiana University School of Medicine and Moi University
Entidade Gestora OpenMRS
Versão Atual 2.2
Requisitos Técnicos 1GHz Processor/ 256MB memória/ 40GB disco rigido
Tipo de Licenciamento OpenSource
Arquitetura Cliente-Servidor
Sistema Operativo Linux, Mac OS X, Windows
Especialidade Médica Registos Clínicos Eletrónicos
Utilizadores Principais Comunidade Clinica
Função Registos Clínicos Eletrónicos


O Open Medical Record System, designado vulgarmente como OpenMRS é um sistema de registos clinicos eletrónicos open-source, de distribuição gratuita, tendo sido desenvolvido essencialmente para apoiar a prestação de cuidados de saúde nos países em desenvolvimento. Este software cresceu a partir da crítica necessidade de ampliar os cuidados/tratamentos do vírus HIV no continente africano, mas desde o inicio que foi concebido como um sistema de registos clínicos eletrónicos de uso geral, podendo suportar toda a gama de tratamentos médicos. Tem por base os princípios de abertura e partilha de ideias, isto é, uma filosofia open source.

O OpenMRS é uma aplicação baseada em Java que incorpora tecnologia web-based. Podendo ser executada a partir de qualquer computador, quer seja com recursos limitados em pequenas clínicas, ou até mesmo em grandes servidores permitindo uma ampla utilização.


História

OpenMRS Developers Team

Pelos anos 90, a Universidade de Medicina em Indiana nos Estados Unidos da América estabeleceu uma parceria com a Universidade Moi Eldoret do Quénia, tendo providenciado aos estudantes de medicina do Quénia um programa de conhecimento com acesso a treino em prestação de cuidados de saúde. Este software cresceu a partir da crítica necessidade de ampliar os cuidados/tratamentos do vírus HIV no continente africano, mas desde o inicio que foi concebido como um sistema de registos clínicos eletrónicos de uso geral, podendo suportar toda a gama de tratamentos médicos. As primeiras ideias e respetivo protótipo do openMRS foram concebidas por Paul Biondich e Burke Mamlin do instituto Regenstrief, Indiana, EUA. A ideia surgiu quando estes dois investigadores visitaram o Quénia em Fevereiro de 2004, no âmbito do projeto AMPATH [9].


Ao mesmo tempo, uma organização sem fins lucrativos baseada em Boston com o nome de Partners in Health(PIH)[1], começava o desenvolvimento de web-based EMR(Eletronic Medical Records) em países em desenvolvimento, chefiada por Hamish Fraser. Em Setembro de 2004, Paul e Burke conheceram Hamish num Congresso Mundial de Informática Médica em S.Francisco. Tornou-se aparente que os três partilhavam as mesmas ideologias e concordaram em trabalhar em conjunto para a realização deste Software clinico.

Através da forte cooperação existente entre a PIH e o instituto Regenstrief e das longas distancias envolvidas, um projeto open-source foi a melhor maneira de suster e fazer crescer a plataforma e assim nasceu o projeto OpenMRS.[3]

Atualmente a solução openMRS é utilizada em diversos países nomeadamente: África do Sul, Quénia, Ruanda, Lesoto, Zimbabwe, Moçambique, Uganda, Tanzânia, Haiti, Índia, China, Estados Unidos, Paquistão, Filipinas, entre outros países em colaboração com organizações não-governamentais (ONG’s).


Missão

Implementar Sistemas de Informação em Saúde de modo a diminuir custos, aumentar a capacidade e aproximar a diferença entre ambientes ricos e ambientes pobres em recursos[2]. O seguimento de Normas e Terminologias permite ás pessoas usar os Sistemas de Informação para partilhar informação coerente e aumentar a interoperabilidade, sendo que conceitos e processos permitam aos profissionais de saúde e pacientes trabalharem em equipa efetivamente.

Melhorar a qualidade de prestação de cuidados de saúde num ambiente escasso em recursos para tal, criando através de uma coordenação global uma estrutura robusta, dirigida ao utilizador de Registo de Saúde Electrónico.

          Centrada no Utilizador
  • Decisões de design são definidas por necessidades reais.
  • Software que funciona em ambientes desafiantes da prestação de cuidados de saúde.
  • Plataforma adaptável ás necessidades dos utilizadores por todo o mundo.
          Open-Source 
  • Comunidade aberta, honesta e transparente nos processos e software.
  • O software serve de plataforma que potencia tanto os utilizadores como desenvolvedores.
  • Documentos são publicados que partilham o conhecimento, skills, experiências e fracassos.
          Dirigido para a Comunidade
  • Crença que as melhores ideias provém de diferentes pessoas com diferentes competências e experiências, sendo possível inovar e construir.
  • Colher a sabedoria que provém da comunidade de desenvolvedores , através da discussão de ideais, problemas e resolução destes.

Funcionalidades

Convém referir que existem diversas funcionalidades associadas ao openMRS que fazem com que este sistema seja um sistema robusto e flexível, sendo de destacar:

Visão Geral Paciente
  • Segurança por autenticação e tipo de perfil.
  • Suporte aos pincipais standarts HL7, LOINC.
  • Arquitetura cliente-servidor modular.
  • Suporte para a investigação cientifica.
  • Suporte para dados complexos: Imagiologia, Sons, Videos.
  • Permite integração com sistemas de mensagem SMS (Short Message Service).
  • Workflow de pacientes.




Instalação/Configuração

Tutorial Video Instalação Parte 1: [2] Parte2: [3]

Conclusões da Avaliação/Certificação

Da avaliação do sistema opensource openMRS segundo o “Manual de Certificação para Sistemas de Registo eletrónico em Saúde de 2013” da SBIS, este Este sistema cumpre cerca de 61.3% dos requisitos totais analisados.

Podemos inferir que cumpre sensivelmente mais de metade dos requisitos impostos pela SBIS, contudo estes resultados não podem/devem ser generalizados para outras realidades, quer isto dizer que para uma realidade diferente, suponha-se um país menos desenvolvido tecnologicamente, uma avaliação semelhante à realizada, mas seguindo um manual mais adequado ao país em causa, poder-se-á obter resultados ainda mais positivos. Concluímos desta forma que para estes países o openMRS constitui uma excelente solução e ponto de partida, saliente-se ainda que este é um software com um potencial de evolução tremendo, também pela análise do capítulo 4, cerca de 65.38% dos requisitos de funcionalidades e 66.7% dos requisitos de GED (Gestão Eletrónica de Documentos) são cumpridas, significando que este é um sistema muito flexível, capaz de ser também implementado em países mais desenvolvidos, como é o nosso caso. 

Note-se que este é um sistema utilizado nos Estados Unidos da América, um dos países mais desenvolvidos a nível mundial, precisamente porque este sistema tem a capacidade de implementar vários módulos personalizados de uma forma relativamente fácil tornando este sistema ainda mais robusto. Um dos aspetos negativos encontrados pela análise reside na segurança, o valor obtido nesta área foi de 58.62% dos requisitos. O facto de ser uma solução open source é uma das principais razões para o surgimento de problemas a este nível, contudo dada a facilidade de implementação/personalização deste sistema, tal como acabou de ser referido, torna-se possível melhorar o openMRS nos requisitos de segurança.

Para terminar concluímos que este é um excelente sistema de registos clínicos eletrónicos open source, superando as nossas expectativas.

Ligações úteis

OpenMRS official website[4]

OpenMRS Wiki[5]

OpenMRS Developers Team[6]