FHIR

Fonte: aprendis
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FHIR
Designação Fast Healthcare Interoperability Resources
Sigla
Ano de Criação
Entidade Criadora Health Level Seven (HL7)
Entidade Gestora Health Level Seven (HL7)
Versão Atual 1.0
Área(s) de Aplicação Interoperabilidade


Fast Healthcare Interoperability Resources

Fast Healthcare Interoperability Resources (FHIR, pronunciado como "Fire"), é um standard para a troca de informações electrónica na prestação dos cuidados de saúde. Apresenta-se como a próxima geração de standards criada pela Health Level Seven (HL7). Combina as melhores aptidões do HL7 v2.x, v3 e CDA, agrupando estas caraterísticas com as novidades de web standards e aplicando um foco maioritário na sua implementação. Esta facilidade de implementação deve-se principalmente ao fato do FHIR utilizar uma tecnologia API(Application programming interface[1]) baseada na web, que inclui serviços de protocolos RESTful[2] baseados em HTTP, na interface de integração usa HTML e CSS, permite a escolha entre JSON e XML para a representação dos dados, e o uso do OAuth[3] para a autorização.

Background

Os Registos Clínicos Eletrónicos (Registo de Saúde Electrónico), cada vez mais são a realidade das instituições prestadoras de cuidados de saúde, com a facilidade e necessidade de movimentação dos pacientes dentro das instituições de saúde, o seu processo clínico, também tem de estar disponível e compreensível em qualquer instância. Mas também, para suporte das decisões clínicas automatizadas e processos automáticos de aprendizagem (machine-learning), por isso estes dados devem ser estruturados e estandardizados. A Health Level Seven (HL7) tem vindo a trabalhar nesta temática nos últimos 20 anos, através da produção de troca de informação na área da Saúde como na modelação da informação em standards. FHIR é uma nova especificação baseada na indústria emergente (smartphones, tablets, etc), mas mais informada através dos anos de experiência e lições em volta dos requerimentos e dos desafios ganhos pela definição e implementação das metodologias já existentes, como o HL7 v2, v3 e CDA, tendo assim um vasto conhecimento já nesta temática que agora se acopla com o surgir do FHIR.

Desenho do FHIR

O FHIR pode não resolver os desafios mais árduos da interoperabilidade na saúde, como políticas diferentes entre instituições, variabilidade nos dados capturados e o contexto em que estes são descobertos. No entanto, aponta como objetivo principal fazer da implementação da troca de dados o mais simples possível, para abrir caminho para a resolução destes árduos desafios da interoperabilidade.

  • Foco na Implementação - Fácil de entender para quem desenvolve, muita variada de ferramentas disponíveis(API's).
  • Tecnologia web transversal a muitas industrias - é o exemplo da utilização de XML, JSON, HTTP.
  • Requer interpretação humana como base da interoperabilidade - Quando as aplicações são incapazes de interpretar dados estruturados, lição aprendida do CDA.
  • Conteúdo disponível - FHIR possui licença open source v1.0
  • Suporta múltiplas arquitecturas.

Estrutura

As principais estruturas do FHIR são os Resources, References e Profiles.

Resources

São pequenas unidades lógicas de trocas com um comportamento e significado definido. São a mais pequena unidade de transação. Os 150 diferentes tipos de resources cobrem a área da Saúde por inteiro. Exemplos : Paciente; Historial Familiar; Alergias; etc..

Consiste em 3 partes:

  1. Dados estruturados - Regra dos 80/20, Só incluem elementos que sejam utilizados nas implementações na sua maioria - “We only include data elements if we are confident that 80% of implementations maintaining that resource will make use of the element.” Outros conteúdos vão para as extensões.
  2. Narrativa - Texto Sumário do conteúdo do resource.
  3. Extensões - Atributos que suportam os casos não-comuns.


Exemplo.jpg

References

São Ligações de um resource para outro. Usando as references, os resources combinam-se de modo a criar uma rede de informação que representa um registo de saúde, os sistemas podem assim navegar nestas ligações e decidir quais os resources que precisam para uma determinada tarefa.

Exemplo.jpg

Profiles

Os resources não tem regras em como devem ser usados, esta tarefa recai nos Profiles. Quando existe a troca de dados, ambos os parceiros que a executam é que definem como querem usar os resources e quais as suas relações através do uso dos Profiles. Exemplo: Num determinado hospital pediátrico podem existir regras quanto á requisição de uma cirurgia, que pode pedir informação como, nome dos pais, idade da criança, género, etc. Se alguma dessa informação não está presente, não é considerada uma referencia válida para esse hospital. Os Profiles definem assim perguntas como: Quais os elementos que são requeridos, que códigos de terminologia são utilizados neste sistema e adicionais extensões

Vantagens

As vantagens do FHIR sobre standards já existentes:

  • Foco forte na implementação, rápida e fácil de implementar.
  • Múltiplas libraries de implementação.
  • Não existe restrições para quem usar, free-to-use até ao momento.
  • Desenvolvimento evolucionário do caminho do HL7 Versão 2 e CDA - standards podem coexistir.
  • Forte fundação em web standards - XML, JSON, HTTP, OAuth, etc.
  • Suporte para uma arquitectura RESTful.
  • Para facilidade dos developers, um formato facilmente legível é garantido.
  • Flexibilidade causada pelos diversos processos dos cuidados de saúde.


Ligações úteis

Para mais informações sobre o tema, recomenda-se as seguintes ligações: